Se sua vida anda parada demais, tipo uma vida normal a escuridão apenas não vá para a luz, nunca, porque você pode encontrar o cara dos seus sonhos e descobrir que sua vida foi uma mentira e ainda por cima terá que enfrentar pessoas má para assumir um trono que você nem faz questão de tê-lo, é assim que eu me sinto não é que eu me arrependa de encontrar Bernardo pelo ao contrário ele é meu porto-seguro, meu namorado e eu acho que eu o amo, mais não sei como dizer isso a ele tudo bem três palavras oito letras não é tão complicado eu sei que não é, mais quando estou perto dele eu sinto vontade de chamá-lo de meu amor, mais algo me trava eu apenas não consigo talvez seja porque definitivamente não somos um casal normal, como poderíamos? Somos feiticeiros, eu já tentei matá-lo , e ele é tipo muito mais muito mais velho que eu, mas eu só queria ter um momento normal com ele sem falar de trono, poderes, Fúrias,nem nada disso, apenas um casal normal.
Desci as escadas e lá estava ele sentado na mesa junto com os outros, sorrindo e aquele sorriso me lembrava de quando eu o conheci, e eu vendo senti saudades de quando não tínhamos preocupações.
-- Bom dia Anny, dormiu bem?
-- sim.
-- senta aqui comigo.
Me sentei ao seu lado, e o olhei, ele olhou também.
-- o que?
-- nada, eu só acho que eu queria sair hoje.
-- festa?
-- não, tipo só nós dois.
-- acho uma ótima idéia, onde quer ir?
-- me surpreenda.
Ele se levanto e me levantou da cadeira me puxando para bem perto dele me abraço e falou no meu ouvido.
-- como quiser.
Eu sorri, e ele me beijou.
Eu senti novamente o calor, e vi que ele ainda me deixava balançada.
Meu telefone tocou.
-- oi.
-- Anny querida.
-- quem é?
-- sua tia Valéria, acho que estou um pouco atrasada é que seu primo ia ter que terminar o colégio para se muda comigo, mais eu cheguei aqui em gramado e onde você está?
Droga, eu havia me esquecido desse detalhe minha tia, e agora?
-- eu estou na casa do meu namorado.
-- namorado? Não isso não pode, você tem que voltar para cá eu e seu primo estamos esperando.
-- mas tia, não sei se precisa, você pode voltar.
-- nunca, querida venha para cá agora.
Ela desligou o telefone na minha cara, e eu não estou acreditando nisso, ela e meu primo irritante estão na minha casa eu odiava ele, além de hiperativo e atentado era mal educado, e minha noite com o Bernardo foi por água a baixo, eu odiava isso.
-- que cara é essa ?
-- havia me esquecido, eu tenho uma tutora até eu completar dezoito anos, e eu só tenho dezesseis , completo dezessete daqui três meses ainda e agora?
-- sua tia , aquela da carta?
-- é, ah eu não estou acreditando e ela me mandou ir para lá agora.
-- fique calma, eu vou te ver todos os dias.
-- duvido que ela permita, eu não quero ir embora.
-- te visito todas as noites minha linda.
Eu sorri, ele me deixava melhor com tanta confiança, então eu subi e arrumei minhas coisas e depois ele me levou até lá.
-- pelo jeito nossa noite romântica vai ter que esperar.
-- pois é, sinto muito.
-- imagina, eu te vejo hoje a noite?
-- é melhor amanhã, vem e me pega para levar á escola?
-- claro.
Eu ia saindo do carro, mais ele me puxou e me beijo, aquele beijo. Sai do carro até meio zonza peguei minha mochila e entrei.
-- Já estava preocupada, porque demorou?
O.k ela não mudou nada, continua com os cabelos compridos e negros amarrado para trás, de vestido até debaixo dos joelhos, com aqueles sapatos horrorosos, ela estava com aparência bem mais velha, tudo bem que faz seis anos que eu não a vejo, mais ela parecia bem mais velha.
-- desculpa, eu estava arrumando minhas coisas.
-- tudo bem querida, venha cá e me de um abraço.
Eu coloquei minha mochila no chão e a abracei, tentei parecer simpática mais a verdade era que eu não gostava daquela situação.
-- leve suas coisas lá para cima que eu fiz bolinhos de chocolates exatamente como você gostava quando era criança.
-- Mãe esqueça isso de crianças, a Anny já está bem grandinha.
Me virei e meu Deus não podia ser o mesmo, eu fiquei paralisada olhei de baixo para cima, tênis de marca, calça jeans mais justa, camisa pôlo azul marinho e nossa, que boca, que corpo, que olhos verdes lindos, e os cabelo negros, ele sorriu.
-- como vai priminha.
-- Caio? Caramba como você está...
-- diferente? É eu sei.
-- pois é.
Me senti um pouco sem graça por babar tanto.
-- você também esta diferente, mais em de quem era aquela BMW preta que te deixou?
-- ah meu namorado.
Ele sorriu, entro e fechou a porta, minha tia nessas horas já estava na cozinha eu peguei minha mochila super pesada e fui em direção a escada, ele correu até mim.
-- espera, eu te ajudo.
-- obrigada.
Disse entregando a mochila a ele, subimos a escada e fomos até meu quarto.
-- hei Anny, sinto muito pelo seus pais.
-- ah obrigada.
Ele sorriu simpático.
-- e então o que tem de bom nessa cidade?
-- festas!
-- gatas?
-- ah qual é Caio, toma vergonha na cara você não era assim.
-- você também não era gostosa assim.
Ele saiu, e eu simplesmente fiquei parada sem saber o que dizer, tipo meu primo gato acabou de me chamar de gostosa? o.k focaliza Anny você tem namorado e você ama ele, mais que meu primo é gato ah isso é.
Desci, e minha tia estava com uma bandeja cheia de bolinhos de chocolates e cheirava muito bom, sentamos na mesa e Caio se sentou ao meu lado.
-- então, como você está?
-- bem.
Fui e peguei um bolinho estava o levando a boca...
-- quero dizer, depois da morte do seus pais...
-- ah sim, bom foi meio difícil mais eu tive o apoio dos meus amigos.
-- que bom, fiquei preocupada com você, quer dizer ficar sozinha aqui não é.
-- mais eu não estava sozinha, estava na casa do meu namorado.
-- mais mocinhas decentes não moram com o namorado.
Comi o bolinho, e fiquei calada não estava afim de discutir por isso.
-- vai fazer o que hoje?
-- nada.
-- vi uns cartazes que vai ter uma festa hoje, que tal me apresenta a cidade priminha?
-- pode ser.
Nos levantamos mais que depressa antes que minha tia fale alguma coisa.
-- hei meninos!!
Nos viramos.
-- cuidado, e muito juízo e...
-- claro mãe, fica tranquila.
Entrei no quarto tirei a blusa para ir tomar banho.
-- hei prima.
-- aaa, aprende a bater na porta?
-- aprende a fechar ela?
-- ok. O que você quer?
-- só te encher.
Ele piscou e saiu, e eu estava lá sem blusa, qual é a desse menino? Bom tanto faz eu preciso me arrumar logo, tomei banho e me arrumei, mais eu estava esquecendo de algo... meu Deus o Bernardo, precisava ligar para ele mas onde estava meu celular.
- -- hei prima, vamos logo.
Droga, eu não achava meu celular mais eu precisava ligar para o Bê, bom eu podia ligar para ele de lá é pode ser..
***
A festa estava lotada havia bebidas muitas bebidas e muita gente dançando eu e Caio nos sentamos em uma mesa perto da piscina, ele pediu uma garrafa de cerveja.
-- então, porque você veio morar aqui?
-- como assim?
Ele tomou um grande gole.
-- quer dizer, você é maior de idade não precisava vir com sua mãe para cá.
Ele riu.
-- tem razão, na verdade fui meio forçado.
-- como assim forçado?
Ele tomou outro gole e outro.
-- quer?
Eu aceitei e enchi um copo de cerveja.
-- ah prima tipo assim, eu já estava um pouco queimando naquela cidade então eu vim para cá para começar de novo sabe.
-- queimando como?
Tomei quase metade to copo em um gole só.
-- brigas, desacertos e essas coisas.
Eu só sorri, ele se levantou e me deu a mão.
-- vem dançar.
-- mais é que...
-- mais nada.
Ele me puxou para a pista de dança e começamos a dançar o bom era que a musica era agitada e eu comecei a beber e ele também, bebemos além da conta quando já estávamos bêbados me sentei no banco que tinha lá, meu telefone tocou mais ... nossa ele estava no bolso do meu casaco o tempo todo, atendi.
-- oi.
-- onde você está?
-- Bernardo?
-- é Anny.
Eu cai na risada, poxa eu estava bêbada.
-- e-eu estou em uma festa.
-- com quem?
-- meu primo.
Ele ficou mudo por uns instantes.
-- você parece bêbada.
-- impressão sua... ou não.
Cai na risada.
-- você quer que eu vá te buscar?
-- ah magina eu vou ficar bem.
-- Anny amanhã você tem que ir a escola.
-- qual é Bernardo? Eu sei muito bem disso, fique tranquilo ok?
-- tomara que você saiba o que está fazendo.
-- porque isso ?
-- porque você sabe que tem Fúrias atrás de ti e com você bêbada vai ficar mais fácil...
-- tá vendo, por isso que eu bebi e estou me divertindo com o Caio porque não tem nada de Fúrias e nem nada, eu só quero ser normal.
-- mais você não é normal, encare a verdade como um adulta.
-- porque não me deixa em paz essa noite?
-- você que sabe, e a propósito peça para teu priminho te levar a escola amanhã.
-- se eu for a escola eu peço.
Ele desligou o telefone na minha cara, e eu não conseguia nem digitar os números para ligar de volta e chingar ele.
-- o que houve?
-- meu namorado me ligo e eu nem consigo ligar de volta.
Ele parou e começou a rir e eu também, eu sabia que estava errada mais naquele momento eu sentia necessidade de fazer isso, ser apenas... normal.
Nós voltamos para casa, eu estava mais bêbada que ele FATO, chegamos de fininho para minha tia não acordar fomos até meu quarto ele sento da minha cama e eu deitei.
-- tu curte mesmo teu namorado não é?
-- sim.
Ele se aproximou.
-- lembra de quando nós eramos crianças?
-- sim o que tem?
-- sinto falta daquele tempo...
-- ah eu também Caio.
-- digo, eu e você.
Eu sorri e ele continuou.
-- pensar que nós perdemos o BV juntos...
-- é, bom está tarde e amanhã eu tenho escola e você vai me levar.
-- sim senhora. Boa noite.
-- Boa noite.
Eu fechei a porta, e deitei na cama, e agora? Não essas lembranças não, eu sei que quando a gente era criança juramos amor eterno e tudo mais, só o que? Eu tinha dez anos e ele treze agora o que? Ele vai ficar lembrando, eu ainda guardo o anel que ele me deu, mais eu estou com o Bernardo e eu o amo, mais o Caio ainda meche comigo.