quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Capitulo 15

Aquela noite tudo foi tão bom, após sairmos da fazenda Bernardo e eu comemos e eu bebi aquela bebida horrível , e depois minha tia me ligou e eu tive que ir para casa, mais então tive um visita mais a noite, lá estava ele na minha janela e eu tinha certeza que o amava e não importava o passado e nem o futuro e sim o agora, e neste exato momento que ele se aproxima da minha cama eu sentia que era ele o que eu mais queria.
-- tem certeza que ninguém vai entrar?
-- a porta está trancada, e provavelmente meu primo foi em alguma festa, minha tia está dormindo e se ela acordar ela vai bater na porta.
-- bom, muito bom.
Meu corpo estava quente, e isso não porque sou filha da feiticeira do fogo mais sim porque eu me sentia quente como um vulcão pronto para explodir e queimar tudo o que vir na minha frente, o fogo estava dentro de mim, só precisava controlar para não queimar literalmente o Bernardo.
-- te trouxe mais Amrita.
-- porque não deixamos para depois?
Ele entendeu o recado e sorriu, subindo em minha cama e me beijando, naquele momento eu esqueci de tudo, e pude sentir como ele me fazia bem, como eu precisava daquele momento com ele, deslizei minhas mãos pelas costas dele e arrisquei levantar sua camisa, ele sorriu e então eu continuei e subi mais até tira-lá, era tão bom deslizar minhas mãos sobre ele sobre aquela corpo definido que me pertencia naquele instante, ele fez o mesmo comigo tirando minha camiseta e me deitando na cama, eu o puxei para cima de mim e nos beijamos mais e mais, ele desceu sua mão até o botão do meu shorts jeans, e cuidadosamente ele desabotoou e com a minha ajuda nós o tiramos, eu fiz o mesmo desabotoando a bermuda dele, subi em cima dele e ele desabotoou meu sutiã, eu o sentia tão perto...
-- PRIMAA!! preciso de você.
Ah não, só pode estar de brincadeira comigo o que esse menino quer, ele batia na porta varias vezes.
Me levantei e joguei as roupas de Bernardo para ele que entrou no meu guarda-roupas e coloquei meu shorts e arrumei meu sutiã abri a porta.
-- o que aconteceu?
Ele entrou e se sentou na minha cama.
-- bebi demais.
-- percebe-se, já está tarde Caio é bom você ir dormir.
-- não, por favor me deixe ficar aqui com você...
-- que? Mais tenho aula amanhã.
-- eu sei, ai meu chegaram uns caras muito estranho na festa e me seguiram até aqui.
-- que caras?
-- não conheço, eles começaram a fazer perguntas...
Olhei para Bernardo no guarda-roupas e depois me virei para Caio.
-- que tipo de perguntas?
-- ai minha cabeça dói, ai Anny perguntas do tipo onde está a garota, e a pedra e não sei o que.
-- como era esses caras?
-- eles estavam todos de preto e andavam em grupo, bem esquisitos.
-- O.k, já esta na hora de você ir dormir.
-- que? Você não está acreditando?
-- sim, estou, mais você está bêbado..
ele foi até a porta e parou.
-- UAU, nem tinha reparado que você estava sem camiseta.
-- pois é, eu acabei de tomar banho e você começo a gritar nem deu tempo.
Ele se aproximou de mim.
-- saudade dos seus beijos priminha.
Ai, não ele vai começar a lembrar do passado e meu namorado está no guarda-roupas eu não mereço.
-- acho melhor você ir dormir, por favor.
-- que tal eu dormir aqui com você.
-- NÃO, por favor saia.
-- não estou muito afim de sair...
-- to te pedindo por favor saia.
-- qual é Anny, eu sei que você me deseja.
-- o que? Você está louco, eu tenho namorado esqueceu?
-- ele não precisa saber.
Ah que irônia, Bernardo está no meu guarda-roupas neste exato momento.
-- Caio, me conte sobre os caras...
-- eu podia passar a noite toda contando.
-- não, só me fala o que eles queriam com você, quer dizer você arrumou briga com alguém.
-- não, ah que saber eu vou dormir, cansei de você priminha.
Ele saiu, e eu tranquei a porta.
-- saudade dos seus beijos em.
-- ah por favor Bê, ele é doido, mas estou preocupada e se for os Fúrias?
-- pensei isso, eles estão de volta Anny.
-- e o que faremos?
-- lutaremos.
-- o que? Não, eu não estou pronta.
-- eu sei, mais logo ficará , fique tranquila esses são apenas os seguidores os mais fracos, os Fúrias mais velhos e mais poderosos não iam ficar dando mole por ai, então iremos treinar todas as tardes e você precisa tomar muito Amrita, começando por agora.
Ele tirou um pequeno frasco preto do bolso e me entregou, o líquido era vermelho que nem sangue e o gosto era de tequila e confesso que eu ficava um pouco zonza quando tomava aquilo.
-- Amrita contém álcool?
Ele sorriu.
-- Não exatamente.
-- como assim?
-- ah os ingredientes são meio fortes...
Eu sorri, e virei o frasco tomando tudo o que havia nele.
-- porque tem gosto de tequila.
-- não tem gosto de tequila.
-- tem sim.
Nós dois rimos.
-- tenho que ir, você precisar descansar, amanhã será um longo dia.
-- já?
-- não me olhe assim, você sabe que você precisa descansar.
-- está bem.
Ele me deu um beijo e pulou a janela, e foi embora.
Fiquei pensando na nossa cena na minha cama, e o que teria acontecido se Caio não tivesse chego, bom mais agora já foi.

* * *
Abri os olhos e vi um pequeno frasco preto em cima da mesinha perto da janela, levantei e tinha um bilhete em baixo.
Bom dia Anny, como você é linda dormindo.
E espero que tome tudo, você precisa. “
Me senti um pouco envergonhada, quer dizer ele me viu dormindo? Bom tanto faz peguei o frasco e bebi tudo, uau estava bêbada desde cedo.
Desci as escadas e Caio estava me esperando.
-- eu te levo para a escola.
-- está bem.
No carro.
-- queria pedir desculpas por ontem, eu bebi além da conta.
-- percebi.
-- pois é, eu falei muita besteira.
-- mais ou menos, mais em você disse que havia uns caras atrás de você ontem, é bom tomar cuidado.
-- ah fique tranquila, você volta para o almoço?
-- não. Na verdade avisa sua mãe que vou passar a tarde na casa da Lara temos deveres.
-- ok.
Ele estacionou na frente do colégio.
-- obrigada pela carona.
-- imagina. Boa aula.
-- Valeu.
Fui em direção a Lara.
-- Bom dia.
-- Bom dia, hey preciso de um favor seu.
-- o que ?
-- eu preciso sair com o Bê hoje mais minha tia fica enchendo então falei para o Caio que ia passar a tarde na sua casa, se alguém pergunta confirme.
-- ah sim, sem problemas.
Entramos na sala e aquele menino estava lá exatamente no mesmo lugar e vestido do mesmo jeito, quando eu entrei na sala ele começou a me encarar e o olhar dele estava mais frio e serio, aquilo fez eu arrepiar, apenas desviei o olhar e me sentei.
A aula toda ele me encarou sem se importar se eu estava vendo ou qualquer outra pessoa, eu torcia para ele não tentar nada aqui no colégio, as horas pareciam demorar uma eternidade e eu estava me sentindo péssima por ser vigiada assim na cara dura, e foi tão automático que coloquei a mão em meu colar que estava dentro da blusa, ele arregalou os olhos e eu tremi.
-- Professora posso ir no banheiro?
-- claro Anny.
Me levantei mais que depressa com meu celular dentro do bolso da blusa e sai, fui até o banheiro e encostei na pia, peguei meu celular e chamei o número do Bernardo.
-- oi.
-- ah oi, meu aquele menino.
No mesmo instante Erick entrou no banheiro que nem um louco.
Fiquei segurando o telefone sem reação.
-- que menino?
Eu abaixei o volume.
-- Erick? Este é o banheiro feminino.
-- não me diga.
Ele se aproximou.
-- o que você quer?
-- que você seja uma boa garota e me entregue o colar.
-- do que você está falando?
-- não me faça perder a paciência.
Comecei a lembrar dos ensinamentos de Bernardo ontem, e vi que a pia estava toda molhada, comecei a me concentrar.
-- o que você está fazendo garota?
Eu não dei ouvidos, e continuei olhando fixamente para a água e tentando conectá-la comigo e então eu o fiz cresceu uma bola de água enorme atrás dele, mais aquilo não era o suficiente a única coisa que eu poderia fazer era dar um banho nele, ele estava tão focalizado em mim que não percebeu a agua atrás dele, eu precisava de mais alguma coisa, me lembrei que Bernardo havia dito que eu tinha os quatro elementos, e eu poderia usar minha mente mais como? Então tentei me concentrar na mente dele, tentei me conectar com ela e por mais estranho que parecesse eu a via eu conseguia ver dentro da cabeça dele e desejei paralisar ele, fazendo algo doer em seguida ele colocou a mão na cabeça.
-- o que é isto? Porque está doendo, o que você está fazendo?
Pensei com mais força, e acabei desconcentrando a água que caiu toda em cima dele, ele estava encharcado e agonizando de dor.
-- agora Erick, vá embora e não volte mais.
-- faça parar, por favor.
Eu comecei a ficar com raiva de tudo o que tinha acontecido e lembrei da morte dos meus pais, e fui fazendo ficar cada vez pior a dor dele, e ele gritava e eu gostava de ver aquela cena, eu não estava em sã consciência, mais eu desejava aquilo,eu queria que ele sofresse.
-- pare, por favor.
Ele estava deitado no chão, com as mãos na cabeça.
Eu olhei para a porta e ordenei que ela fechasse e foi como um vendaval a empurrasse com força fazendo o trinco quebrar com impacto.
-- Eu quero que você me deixe em Paz, e vá embora.
-- ok, eu vou só faça parar.
Eu deveria ter feito parar, mais algo dentro de mim não deixava, minha cabeça começou a doer e meu nariz a sangrar e eu não parava e ele gritava mais e mais de dor.
Bernardo entrou correndo no banheiro.
-- Anny pare.
Eu não dei ouvidos, ele gritou.
-- PARE AGORA.
E eu desviei o olhar da mente de Erick e fiz parar, minha cabeça doía e eu me senti extremamente fraca e cai de joelhos no chão, então me sentei no chão e encostei na pia, Bernardo correu até mim.
-- como você veio parar aqui Bê?
-- quando você me ligou, eu escutei ele chegando e falando com você e depois você desligou o telefone resolvi vir até aqui, e pelo jeito fiz uma boa.
Erick estava desmaiado no chão e estava todo molhado.
-- como eu fiz isso ?
-- eu te disse, que você é muito poderosa, mais tente se controlar você pode acabar se machucando.
Eu não conseguia me levantar estava me sentindo doente.
-- tome, seu nariz esta sangrando.
Peguei o pedaço de papel que ele me ofereceu e limpei o sangue.
-- Obrigada, mais e agora o que faremos com ele?
-- ele logo acordará e é bom você não estar aqui venha vamos sair daqui.
Ele me ajudou a levantar e sair do banheiro que estava todo molhado.
-- preciso voltar para a sala.
-- não, você precisar sair daqui está fraca e provavelmente quando Erick acordar ele irá chamar reforço e você está muito fraca para lutar.
Bernardo foi comigo até a sala e falou com a professora que viu meu estado me liberou, peguei minhas coisas e sai com ele, fomos até o carro e ele dirigiu para longe.
-- porque eu fiquei tão fraca?
-- porque você não desbloqueou totalmente seus poderes, e você precisa de muito mais Amrita e ir treinando aos poucos.
-- eu não sei como eu consegui fazer aquilo, eu ia usar só a água, mais não ia adiantar muito, então lembrei que você disse que eu precisa me conectar com aquilo que eu queria usar e foi o que eu fiz era como se eu pudesse ver o cérebro dele por dentro. 
-- e você pode Anny, é o seu maior dom, você pode fazer coisas incríveis usando a mente, mais também é muito perigoso não usando de forma correta você pode se machucar.
-- achei que meu maior dom era o fogo.
-- Na verdade é porque você é filha da feiticeira do fogo por isso há fogo em você, literalmente, mais sua mente é muito poderosa e você pode entrar na mente das pessoas e fazer o que quiser.
-- interessante.
-- muito, mais mesmo assim Anny você se arriscou muito hoje, se eu não chegasse lá a tempo você teria o matado e assim se machucado muito.
-- não era minha intenção.
-- eu sei, agora tome isso suas forças precisam voltar.
Eu já estava enjoada de tomar Amrita, mais eu estava tão fraca e acabei tomando o frasco inteiro, chegamos até o campo de treinamento e eu me deitei no gramado, de alguma forma aquele lugar me dava forças mas eu ainda não estava completamente bem.
-- é bom a senhorita se recuperar, temos que treinar hoje.
-- eu sei, só mais uns instantes.
Ele sorriu, e sentou-se ao meu lado.
-- nunca imaginei que se tornaria tão linda.
Eu sorri.
-- porque diz isso?
-- eu te vi quando era uma bebê de colo, te vigiei todos esses anos, te protegendo dos perigos...
-- Bê... aquela noite do acidente com o Marcello, você estava lá?
-- sim, havia muita fumaça e você acabou desmaiando então eu a carreguei para fora da casa, eu vi Marcello saindo e depois que todos acharam que ele havia morrido eu pensei em te contar mais você não iria acreditar em um estranho.
-- tem razão... foi a pior época da minha vida.
-- eu sei, vi seu sofrimento.
Ele passou a mão em meus cabelos, aquilo me dava sono.
-- é tão bom.
Ele sorriu.
Fechei os olhos e viajei para longe dali e acabei adormecendo.
-- filha!
Olhei bem.
-- Mãe? Mãe é você? Mais como?
-- estou em seus sonhos filha.
-- ah eu dormi.
-- sim, ai filha como eu queria poder estar com você nesses momentos...
-- Mãe, por favor não tem como vocês voltarem?
-- infelizmente não, mais você está se saindo muito bem, treine bastante pois você irá enfrentar uma grande jornada daqui para frente.
-- tenho medo só de pensar, não sei se vou conseguir.
-- não tenha medo , você é muito poderosa minha querida e sim você irá.
-- como pode ter tanta certeza?
-- eu sei filha apenas acredite, preciso ir...
-- não, fique mais.
-- não posso, se cuide minha querida. Tchau.
-- não mãe volte!!
-- hey Anny, acorde.
Dei um pulo.
-- Bernardo...
-- é, quem mais seria? Você estava gritando pela sua mãe? Pesadelos?
-- na verdade um bom sonho, sabe eu posso conversar com ela nos sonhos.
-- eu sei.
-- você sabe tudo também né?
Ele sorriu.
-- quase tudo, mais só tenho uma certeza...
eu me aproximei dele.
-- é qual?
-- que eu te amo.
Meu coração acelerou, foi tipo tão lindo ouvir isso.
-- eu também te amo.
Ele me puxou e me beijou.
Passamos a tarde toda treinando, confesso que eu cansei mais cada vez mais eu conseguia controlar meus poderes, a noite ele me levou para casa.
-- onde você estava mocinha?
-- Na casa da minha amiga.
-- mais você não pode simplesmente passar o dia todo fora sem me avisar.
-- ah claro, desculpa eu vou para me quarto.
Subi as escadas e havia um bilhete em cima da minha cama...
Me encontre no jardim “
Ah que lindo, meu namorado mais me deixou em casa e já quer me encontrar.
Desci as escadas sem minha tia perceber e fui até o jardim.
-- hei Bê to aqui.
Ninguém me respondeu, vi ele de costas e me aproximei.
-- porque não me respondeu?
Ele se virou e eu levei um susto.
-- quem é você?
Eu disse dando um passo para trás. 
-- BU.
Dei mais um passo para trás, e ele sorriu.
-- enfim nos encontramos.
Me virei e corri, o mais rápido que pude em direção ao bosque e eu escutava os passos atrás de mim , meu coração estava quase saltando pela boca , ele me dava medo mais espera eu sou uma feiticeira, eu parei de correr no mesmo instante e me virei ele está de frente a mim.
-- o que você quer?
-- conversar.
-- isso não vai ser possível.
Eu sorri, pois senti meu sangue ferver me sentia mais poderosa que nunca.
-- você se parece com a sua mãe...
-- você nem imagina o quanto.
Se ele desse um passo eu o fritava vivo.
-- você não faz idéia de quem eu sou não é mesmo ?
Eu não fazia mesmo, mais ele era lindo, alto , forte , o sorriso dele era maravilhoso, o cabelo preto e os olhos verdes que nem esmeralda, por mais que tivesse a noite os olhos dele brilhava.
-- não, eu não sei, então se apresente.
-- como você cresceu irmãzinha.
-- como assim irmãzinha?
-- sou seu irmão, Vinicius.
-- não é possível, meu irmão morreu.
-- é pelo jeito você já conheceu Bernardo.
-- Bernardo é meu namorado.
-- o que? Não acredito.
-- você não pode ser meu irmão, não mesmo.
Ele colocou a mão no bolso e tirou um celular e me entregou.
-- ligue para ele.
Eu o fiz, mais fiquei prestando atenção em casa movimento dele.
-- ele disse que está vindo para cá.
-- bom.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Capitulo 14

O.k a escola após uma noite de bebedeira não é o melhor remédio, mais vou fazer o que? Alguém precisa estudar, minha cabeça doía e eu estava um pouco zonza mais lá vamos nós.
Depois de um banho e um bom café da manhã tudo fica melhor, pois foi bem isso que eu fiz, após o banho fui até a cozinha e bom lá estava minha tia com aquele sorriso que me deva enjôo.
-- bom dia querida.
-- bom dia.
-- ah bom dia familia.
Me virei, uau, é provocação não? Caio estava com uma bermuda azul e sem camisa com o cabelo todo bagunçado e caracas o que era aquela barriga dele? Focaliza e não perde a noção ele é meu primo e eu tenho namorado.
Me sentei , e ele se sentou de frente para mim.
-- dormiu bem priminha?
-- aham...e você?
-- ótimo.
-- me leva para a escola?
-- claro, é só eu por uma camisa e escovar os dentes já está pronta?
-- só falta escovar os dentes também.
***
No colégio.
-- hey me conta como está sendo morar com sua tia e seu primo?
-- nada bem
-- porque?
-- Lara, você se lembra quando eu contava daquelas histórias minhas e do Caio?
-- claro, vocês deram o primeiro beijo juntos e tudo mais.
-- é então...
-- o que? Qual é Anny vocês eram crianças.
-- eu sei, mais meu ele está muito gato.
-- mais e o Bê?
-- ai nem me lembre, eu sai ontem com o Caio e bebi, e o Bernardo me ligou e a gente acabou discutindo.
-- ah liga para ele, para vocês sair hoje e resolve tudo.
-- boa idéia.
Peguei meu telefone e liguei, chamou, chamou e ninguém atendeu.
-- ué ninguém atende, tenta ligar do seu.
Lara tentou e nada.
-- ah, vamos para a sala depois eu tento de novo.
Entrei na sala, e havia um aluno novo, um pouco quanto estranho estava todo de preto e com a cabeça abaixada eu olhei bem no colar dele que tinha as iniciais G.F eu já tinha visto isto antes não me era estranho ele levantou a cabeça e olhou em meus olhos, e os olhos dele eram vermelhos não que estavam vermelhos realmente eram vermelhos eu dei um passo para trás então ele sorriu, aquele sorriso me arrepiou dos pés a cabeça, apenas desviei o olhar e me sentei ele continuava me olhando depois ele virou o olhar e ficou sério novamente.
A aula toda, ele me olhava na hora que bateu o sinal para o intervalo eu sai mais que depressa para ligar para o Bernardo.
Atente, atende por favor. Oh não ele está vindo em minha direção, guardei o celular na mesma hora.
-- Oi.
-- oi.
-- então... eu sou aluno novo e o professor pediu para eu pegar a matéria com alguém, você poderia me emprestar?
-- ah, é que eu não tenho tudo completo sabe, andei faltando esses dias, desculpe.
-- tudo bem, a proposito meu nome é Erick.
-- Anny.
-- bom Anny, vou te deixar em paz e vou ler um pouco.
-- ah magina, nem está atrapalhando.
Ele sorriu, e foi andando até o banco se sentou e tirou um livro da bolsa, disfarçadamente tentei ler e... o nome estava em italiano, não consegui ver o que era.
Meu celular toca.
-- heey.
-- você me ligou?
-- sim , sim e... nossa oi para você também Bernardo.
-- aconteceu alguma coisa?
-- sim, eu queria perguntar se você quer sair hoje.
-- nem vai dar, tenho umas coisas para resolver, mais alguma coisa?
-- sim, entrou um aluno novo na minha sala e ...
-- o que eu tenho haver com isso ?
-- meu eu sei que você está chateado comigo mais apenas escute.
-- o.k
-- então, ele me pareceu estranho e ele usa um colar com as inciais G.F e esse colar não é estranho você sabe alguma coisa?
-- G.F? Tem certeza?
-- logico que tenho porque?
-- não pode ser... mais eles...
-- o que Bernardo me fala.
-- ele foi falar com você?
-- veio porque?
-- ele é um Fúria.
-- o que?
-- tome muito cuidado Anny, G.F de Genaro Francisquini, ele é um seguidor de Genaro.
-- não acredito um Fú...
-- não fale, não pronuncia isso perto dele.
-- o.k.
-- eu te busco na saída.
-- você não tinha que fazer coisas?
-- isso é mais importante.
Guardei o celular na bolsa e honestamente fiquei desesperada, como pode um Fúria na minha sala de aula? Viro palhaçada já, ah se eu soubesse usar bem meus poderes eu colocaria fogo nele LITERALMENTE, bom agora só preciso tomar cuidado e ficar de olho nele, espere que ele não tente nada aqui.
Na saída Bernardo estava lá, me esperando com os braços cruzados, meu telefone toca bem na hora que eu me aproximo dele.
-- Oi.
-- priminha, ta afim de almoçar comigo hoje?
-- ah, não vai dar, tenho planos com o Bernardo.
-- o namorado?
-- é.
-- ah então deixa para uma próxima.
Guardei o celular no bolso.
-- pelo jeito a noite foi boa.
-- na verdade, nem tanto...
-- olha Anny, na boa eu só tenho que te proteger só isso, então vamos sair daqui.
Ele entrou no carro e eu simplesmente gelei, entrei logo após.
-- meu, como assim você ainda meu namorado não é?
-- não sei, me diga você.
-- lógico que é.
-- presta atenção Anny, meu dever é apenas te proteger eu não escolhi me apaixonar por você , e você não é obrigada a ficar comigo por isso, eu sempre ficarei ao seu lado.
-- para, você fala isso como se fosse obrigação, não meu eu gosto de você e muito, eu sei que errei ontem e tudo mais é só que...
-- eu sei que você quer ser uma garota normal, mais se conforme Anny, você não é, e se você quer que ninguém se machuque das pessoas que você gosta inclusive seu priminho, então é bom ter cuidado.
-- eu não quero que ninguém se machuque meu...
-- pois bem, os Fúrias estão de volta e agora mais que nunca você precisa aprender a controlar seus poderes, tentei adiar isso ao máximo, mais uma hora você vai ter que voltar a Itália e enfrentar todos, e eu não poderei te salvar toda vez.
Meu corpo gelou, Bernardo estava frio comigo, e tudo isso porque eu o tratei mal no telefone? Pensei em perguntar e me desculpar mais eu não sei se era um bom momento, mais ele tinha razão eu precisava me conformar em ser diferente e me cuidar, esses caras não estão de brincadeira.
Ele me levou para um lugar afastado de tudo, tipo uma fazenda mais abandonada, aquele lugar me dava arrepios o gramado era escuro e queimado, as casas abandonadas e mal cuidadas e tinha uma imenso campo negro, o gramado do campo era seco e escuro.
Descemos do carro, e ele foi andando até o campo.
-- o que estamos fazendo aqui?
-- você precisa aprender um pouco sobre seus poderes.
-- como?
-- na prática.
-- Bom, já sabemos que você tem o dom com o fogo, então vamos começar com ele, ok?
-- tá.
-- estenda a mão e a observe.
Isso parecia idiotice, mais eu fiz.
-- agora, pense em fogo, e se concentre.
Pensei em fogo e fixei os olhos em minha mão, mais nada aconteceu.
-- Anny, pensa com força em fogo.
Me concentrei mais e pensei em fogo, e meu Deus, uma pequena chama de fogo cresceu em minhas mãos, parecia coisa de filme e eu fiquei eufórica e o fogo cresceu então estendi a outra mão e joguei uma chama para a outra mão e como em um passe de mágica minhas duas mãos pegava fogo.
-- muito bom, agora juntas as mãos e pensa em algo maior.
Eu o fiz, fechei as mãos e pensei em muito fogo e cresceu uma bola enorme de fogo em minhas mãos.
-- queime algo.
Eu não sabia o que ele queria dizer com isso, mais então lancei a bola de fogo em um arbusto seco que estava a uns metros de mim, e o fogo dominou ele o queimando.
-- você é boa, mais agora precisa apagar.
-- porque?
-- porque precisa, você precisa dominar ele, você o acendeu você o apague.
-- ok, mas como faço isso?
-- você pensou em fogo para fazê-lo aparecer, da mesma forma deseje que ele suma.
Olhei o arbusto queimado e pensei com força que o fogo sumisse e ele sumiu.
Eu estava orgulhosa de mim mesma.
-- você está indo muito bem , pelo seu primeiro dia, mais tome cuidado não faça esses testes em casa e em nenhum outro lugar.
-- pode deixar.
-- serio, os Fúrias mais antigos podem te detectar se você usar seus poderes.
-- mais e aqui? Agora eles sabem onde eu estou?
-- não, aqui é o único lugar que eles não podem entrar, é nosso território.
-- como assim?
-- tipo um refúgio entende? Os Fúrias não podem chegar até aqui.
-- ah sim, entendi.
-- mais vamos lá, você precisa aprender mais.
Eu prestei atenção em tudo o que ele me ensinava, achei importante aprender a controlar assim eu poderia me defender sozinha.
-- Anny, você tem noção que tu é muito poderosa certo?
-- sim, mais poderosa quanto?
-- você possui poderes sobre os elementos água, fogo, terra e ar, fora o que você consegue fazer com a mente.
-- me explica isso direito.
-- sim sim, aos poucos você vai entender, eu vou te dar uns livros e eu passo a noite na sua casa, escondido é claro para te ensinar mais pode ser?
-- claro, mais em, quero praticar mais, já acendi e apaguei o fogo e agora? Quero fazer isso com a água e o ar e a terra.
-- calma, tipo o fogo vem de você dentro de você por isso fica mais fácil lidar com ele pois sua mãe Diana era uma feiticeira do fogo, então isso está com você, por isso a habilidade de fazer aparecer e sumir... mais já com os outros três elementos é um pouco diferente você precisa de uma fonte.
-- como assim fonte? Não é só pensar em água que ela aparece?
-- tecnicamente sim, mais você precisa de água por perto.
-- tipo um rio ?
--- não tanto, apenas algumas gotas de água é o suficiente, quer tentar?
-- claro.
Bernardo ligo uma mangueira de água e fez uma poça na grama.
-- agora você se concentre na água , apenas nela e ache o ponto na sua mente que faça você se conectar a poça.
Parecia fácil, mais não era, essa coisa de achar o ponto me deixava zonza, mais eu o fiz pensei só em água mais não estava funcionando.
-- eu estou concentrada mais não funciona.
-- eu sei, é um pouco complicado, Anny tipo tente ver além da água...
-- tipo as particulas?
-- isso, mais ou menos isso, tente conectar sua mente com a água.
E foi exatamente o que eu fiz, parecia loucura mais é como se eu comandasse as gotas de água daquela poça, e aos poucos elas foram subindo como se a água voasse mais melhor eu as controlava e eu fiz crescer até virar uma grande bola de água no ar.
-- consegui!! que máximo.
È no mesmo momento eu levei um banho de água, Bernardo caiu na risada.
-- hey o que houve?
-- bom, você conseguiu mais se desconcentrou.
-- uau, isso é realmente difícil.
-- eu sei, está cansada?
-- um pouco.
-- é isso vai te cansar no começo, mais depois fica melhor, está com fome?
-- sim.
-- ok, vamos comer alguma coisa , ah e a propósito você tem que começar a beber Amrita para te deixar mais forte.
-- Amrita ? O que é isso?
-- Uma bebida.
-- já entendi que é uma bebida, mais que bebida?
-- Amrita, conhecida como o exilir da imortalidade.
-- me conte sobre isso...
-- há muitos mais muitos anos atrás um cara chamado Shiva criou essa bebida, e foi passada de geração a geração essa bebida para os mortais é um pouco perigosa pode trazer alguns probleminhas na saúde, mais para os imortais é muito importante para manter sua força, mais nem todos tem acesso a essa bebida é outra coisa que está no livro de sua mãe Anny.
-- mais se é passada de geração em geração como você tem acesso a essa bebida?
-- Shiva era o bisavô de Diana sua mãe, no caso seu tataravô, ele ensinou tudo isso a sua bisavó no caso avó de sua mãe, mais como sua avó mãe de Diana não queria se envolver nessa coisa de família ela ensinou Diana que era muito interessada sobre os feitiços da família que aprendeu tudo direitinho, e por isso se tornou tão poderosa pois ela bebia diariamente essa bebida, e quando conheceu seu pai ela o servia de Amrita também e também ao seu irmão Vinicius que aprendeu a prepará-la e ela me ensinou também, nós dois aprendemos juntos.
-- você e meu irmão era muito amigos não é?
-- como irmãos, seus pais me consideravam da família.
-- e o Gustavo? Ele também era próximo assim do eu irmão ?
-- Não, Gustavo conheceu bem pouco dos Nosferat ele vivia em Londres depois que descobriu as vantagens de ser imortal viajou o mundo todo, e quando ele voltou a guerra toda já tinha acabado e eu já estava vindo para o Brasil.
-- ah sim, entendi.
-- Bom, mais então vamos comer e arrumar um pouco de Amrita para ti.
-- sim, mais antes ...
fiquei vermelha.
-- o que?
-- não nos beijamos o dia todo...
ele sorriu, e me puxou para mais perto colocou a mão em minha nuca e me beijou.