quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Capitulo 4

Abro meus olhos e me deparo com Bernardo me observando.
-- o que está fazendo? Digo levantando e sentando na cama.
-- só te observando.
-- porque?
-- ah sei lá Anny. Ele disse se levantando e saindo pela porta.
-- ah o café está na mesa, e a Lara e o Gustavo já estão lá.
-- Bernardo espera.! Disse dando um pulo para fora da cama e correndo atrás dele.
Ele se vira me olhando dos pés a cabeça.
-- acho melhor você se trocar.
OPS! Ah ok que eu só estou com um camisetão dele mas, ele não precisava falar assim.
-- ok, já desço.
Ele virou as costas e saiu. Porque que ele estava me tratando assim? Tá, isso não importa vou me trocar e descer e ir embora logo.
Coloquei de volta o vestido da noite passada, e dei uma arrumada em mim e desci as escadas de salto alto e vestido de festa em pleno domingo de manhã.
-- Bom dia!
-- Bom dia mocinha.
-- Bom dia Anny.
Olhei para Bernardo, que nem olhou para minha cara e então para provocar sentei do lado dele, ele continuou sem falar nada, e então eu puxo assunto..
-- então Bêh, posso te chamar de Bêh não é?
Lara e Gustavo olha um para cara do outro e cai na risada.
-- chama como quiser.
Ai que saco, o que aconteceu com ele hein?
-- então, como eu ia dizendo... ontem você falou uma coisa para mim e eu disse que conversamos hoje , então...
-- ah nem lembro mais.

-- eu refresco sua memória...você estava dizendo para o Gustavo que eu sou a garota lembra?
-- não, é sempre assim você não para de falar ?
-- ah cansei.
Eu me levanto da mesa e jogo o guardanapo de papel em cima da mesa e vou andando para fora da casa, ele vem atrás de mim e me segura pelo braço.
-- Anny o que foi?
-- não interessa, só quero ir embora.
-- não, fica mais.
-- ah qual é a sua?
-- porque diz isso ?
-- ah porque? Porque você está estranho, me ignorando.
-- tem razão, eu vou te levar para casa ok?
-- prefiro ir andando.
-- andando? É longe Anny, e está frio.
-- não me importo.
-- pelo menos aceita uma blusa minha?
-- não. Manda tchau para o Gustavo e para a Lara.
Ele realmente é doido, deve ser bipolar porque ninguém merece uma hora está tudo bem , outra hora não. Fui andando e não olhei para trás.
Eu realmente não entendia qual era a dele e durante todo caminho  fiquei pensando nisso, mais para minha sorte eu vejo alguém que não gostaria de ver de novo, passo para o outro lado da calçada mais ele percebeu e vem atrás de mim eu tento andar mais rápido , mais ele me para.

-- ta fugindo Anny?
-- não, só estou com pressa.
-- ah , mais você tem um minutinho para mim não é?
-- o que você quer Marcello?
-- você de volta!
-- sinto muito, tarde demais.
-- eu acho que não.
Continuo andando , mais novamente ele vem atrás de mim.
-- Anny, pare .
-- por favor Marcello, me deixe em paz.
-- acho que não vai ser possível.
-- O QUE VOCÊ QUER?
-- uau, ficou brava?
-- por favor Marcello.
-- ah já sei, você fica com medo de mim porque você se lembra de fogo? É isso?
-- para, eu não quero falar sobre isso.
-- ah, mas porque? Foi tão divertido.
-- para mim não foi nada divertido.
-- claro que foi Anny, as paredes queimando, a fumaça tomando conta de tudo...
-- CHEGA!! eu não quero mais saber de você e não quero lembrar disso.
-- mais você vai.
Ele segurou meu braço com força.
-- você está me machucando.

-- não quero saber.
Ele apertou com mais força ainda.
-- me solta por favor.
-- não, e você vem comigo.
-- me larga por favor!
Ele foi me arrastando para dentro de um carro, eu me debatia mais ele é bem mais forte que eu não conseguia me soltar dele,comecei a ficar desesperada mais ele não se importava.
-- solta ela agora!!
olhei para trás e vi Bernardo se aproximando da gente, não sei da onde ele surgiu mais nunca fiquei tão feliz em vê-lo.
-- ah claro, o namoradinho dela, some daqui meu esse é assunto nosso.
-- Já mandei soltá-la.
-- você não manda nada.
Ele me jogou no carro, Bernardo se aproximou e deu um soco no rosto de Marcello, eu sai correndo e fui atrás de Bernardo, Marcello se levantou e foi devolver o soco , mais eu o impedi e Marcello entrou no carro.
-- isso não vai ficar assim!!. Ele disse saindo com o carro.
Eu abracei Bernardo.
-- obrigada!
-- imagina.
-- mais da onde você surgiu?
-- ah eu fiquei pensando que não seria uma boa idéia largar você sozinha, e pelo jeito acertei.
-- e como acertou.
Fui com ele até o carro, e ele me levou para casa, estacionou no jardim.
-- bom, está entregue.
-- você não quer entrar?
-- tem certeza?
-- tenho, não quero ficar sozinha.
-- está bem.

Descemos do carro e fomos para casa, subi as escadas e fui tomar banho enquanto ele esperava na sala, quando eu desci ele não estava mais lá.
-- Bernardo?
Ele surgiu da cozinha.
-- ah oi, estava na cozinha.
-- a ta.
-- então que tal um filme?
-- pode ser , mais qual?
-- ouvi dizer que no cinema está passando um filme legal.
-- mais agora?
-- o que que tem? É diferente ninguém nunca vai no cinema de manhã.
-- isso é engraçado.
-- bom, você que sabe... é legal fazer coisas diferentes.
-- você tem razão, vamos!!!
Ir ao cinema de manhã era realmente engraçado, ninguém vai ao cinema de manhã, mais eu me sinto bem com ele, então eu fui.

O shopping estava vazio, e o cinema também, ele comprou pipoca, refrigerantes, chocolates e balas, não era necessário mais ele insistiu. Entramos e o filme começou, e ele fazia piada com tudo que acontecia no filme, e eu entrei na dele e ficava rindo também e fazendo piadas e claro me empanturrando de doces e pipocas, acho que engordei uns cinco quilos comendo tudo isso, e o engraçado era que ele não comia e eu não sabia porque, acho que nunca vi ele comendo nada.
Saímos do cinema e demos de cara com um grupo de meninos vestidos todos de preto, e os olhares sérios eles davam medo, quando Bernardo os viu ficou nervoso e me puxou para o outro lado mais alguém o chamou.
-- Bernardo.
Ele continuou andando.
-- tem alguém te chamando Bêh.
-- eu sei, mais nem conheço esses caras.
E então o cara o puxou pelo braço.
-- qual é Bernardo, não conhece mais os amigos?
E o resto dos caras se aproximaram.
-- e quem é a menina cara?
-- uma amiga.
O homem era alto com o cabelo preto e olhos preto e usava roupas igual as que Bernardo estava quando eu o conheci.
-- bem bonita sua amiga. Ele olhou para o resto dos caras e começou a rir.
-- que tal uma festinha hein Bernardo? Leva sua amiguinha.
-- não obrigado, nós precisamos ir.
-- ah, se você quiser ir pode ir mas... deixa sua garota com a gente.
Ele e os caras riram mais ainda, eu dei um passo para trás.
-- ah qual é Bernardo, se ela é só sua amiguinha deixa seus amigos aproveitar um pouquinho ela.

-- já disse que eu e ela precisamos ir.
Ele pegou minha mãe e deu as costas, mais os caras nos fecharam.
-- porque está nervoso hein?
-- não estou nervoso, mais eu e ela precisamos ir.
-- e a gatinha não fala?
Ele se aproximou de mim, muito, e eu tentei manter o controle eu percebi que o Bernardo estava nervoso.
-- Olha eu e o Bernardo realmente precisamos ir.
-- Olha só, ela fala... e vocês vão onde?
Bernardo ia responder, mais o cara fez um sinal dizendo que queria que eu respondesse.
-- prometemos a um amigo que nós passaríamos na casa dele na hora do almoço.
-- e onde esse amigo mora? Nós podemos ir também, fazer uma surpresa.
-- Já chega Dan!
-- uau, ele fico bravo.
Tentamos passar de novo, mais eles não deixaram, eu queria saber qual era a desse cara eu odiei ele , realmente odiei.
-- está bem, vamos deixar vocês irem, mas... antes.
Ele veio em minha direção e tentou um beijo, mais Bernardo segurou ele.
-- se fosse você Daniel, não tentaria isso de novo.
Eu apenas me afastei.

-- me solta Bernardo!
-- então nos deixe em paz.
Eles abriram caminho e eu e Bernardo saímos, fomos para o carro , dentro do carro eu perguntei:
-- quem era aqueles caras?
-- ninguém de importante. Ele respondeu rápido.
Resolvi não perguntar mais, ele estacionou em casa e nós entramos.
-- Anny, desculpe pelo Daniel ele é louco.
-- eu percebi... ele parecia perigoso.
-- ele é perigoso.
-- da onde você conhece esses caras?
-- olha Anny, eu não fico te perguntando o que houve com você e o Marcello lá, então sem mais perguntas sobre isso.
Minha garganta ficou seca, abaixei a cabeça.
-- tem razão, desculpe.
-- fica tranquila, agora eu preciso ir.
-- onde você vai?
-- sem mais perguntas ok?
-- ok.
Ele veio em minha direção e me deu um beijo na testa.
-- se cuida, qual quer coisa me liga.

Ele pegou uma caneta e anotou no meu pulso o número do seu telefone e saiu.
Subi as escadas e anotei o número dele em meu celular, e deitei em minha cama, fechei os olhos e tentei dormir mais não conseguia só ficava a imagem daqueles caras de preto do shopping e de como Bernardo ficou quando os viu.
Escuto umas vozes fora de casa, olho pela janela e não vejo ninguém, alguem bate na porta desço as escadas e abro.
-- ah não de novo você.
Tento fechar a porta em sua cara, mais ele impede.
-- Nem tente, nossa conversa ainda não terminou.
-- terminou sim.
Ele entra.
-- me fala o que você quer logo.
-- você!!
-- isso não tem graça.
Ele se aproxima de mim.
-- Marcello chega disso, cansei de você.
-- essa é a Anny que eu conheço... eu preciso de você meu.
-- que papo é esse? Para de ser ridículo nós não temos mais nada.
-- vai dizer que não sentiu minha falta.
-- eu achei que você estava morto , você me fez sentir culpada.
-- ah perdão amor, mais era o único jeito de eu não ser incriminado.
Ele deu um passo a frente.
-- você me deixou lá sozinha e forjou morrer.
-- desculpa Anny.
-- DESCULPAS NADA!..
-- Por favor, vamos esquecer isso.

-- não dá .Eu chorei em um túmulo que achei que era você.
-- eu sei, mais foi preciso.
-- não, não foi...
Meus olhos encheram de lagrimas só de lembrar daquela noite.
-- não precisa ser assim.
-- para você é fácil falar, não foi você que ficou no meio do fogo gritando seu nome e achando que você tivesse morrido, não foi você que chorou meses, que foi em um túmulo que não era da pessoa que você achava.
-- eu não sabia que tinha sido difícil assim para você.
-- ah não sabia? Você era meu namorado esqueceu?
-- nós podemos voltar a ser.
-- não, muita coisa mudou.
-- mais eu ainda gosto de você.
-- você mentiu para mim.
Ele colocou sua mão em meu rosto e eu me afastei.
-- queria que você fosse embora...por favor.
-- está bem, mais não se esqueça eu gosto de você.
-- tchau Marcello.
-- Tchau.
Quando ele saiu, eu desabei a chorar, lembrar daquela noite era muito difícil, minha vida mudou muito depois daquela noite e com a volta de Marcello tudo vem a tona de novo, pensar que eu achei que ele estivesse morto, pensar que eu me culpei por meses, e que eu desejei morrer no lugar dele e era tudo uma farsa ? Eu não conseguia perdoar ele por isso, eu o amava e com o tempo eu o esqueci e quando ele reapareceu meu mundo desabou, tudo aquilo que eu achava era mentira, e eu não sentia mais nada por ele a única sensação era de agonia eu fechava os olhos e via fogo me via gritando chamando pelo nome dele, um filme ia passando na minha cabeça...
***

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Capitulo 3

Mamãe mandou um recado eles não voltariam para casa esse final de semana, isso acontecia várias vezes. Claro. O trabalho em primeiro lugar, eu amava meus pais, mais há um ano eles só trabalham nunca tem tempo para nada, e mais uma vez vou passar o final de semana sozinha. Ou não. Acabo de ver nas atualizações:
Primeira Festa de Inverno de 2010.
No salão do Resort Serrano..
Obrigatório estar acompanhada.
DROGA!!! acompanhada? E agora? Vou com quem ? É estou vendo que vou perder a primeira festa de inverno. Preciso pensar em alguém, mais quem ?.
Mais eu queria ir, não queria passar o sábado a noite sozinha em casa, eu pensaria em alguém e rápido a festa é amanhã.
Alguém está batendo na porta, desço as escadas e a abro...
-- CARAMBA!, é serio virou perseguição isso não é?
Ele apenas sorri.
-- o que você está fazendo aqui ?
-- oi para você também.
-- oi , e o que faz aqui? 
-- então, meu irmão disse que hoje já podia tirar o gesso, então eu disse a ele que eu te buscava!
-- que? Ah não você e seu irmão estão de brincadeira.
-- ah e você não quer tirar o gesso ? Está bem fique assim.
-- não Bernardo, espera!
Isso estava muito confuso, depois do dia da livraria eu encontro os dois irmãos todos os dias, eu mal os conhecia, mais eu estava doida para tirar esse gesso então fui com ele.
O bom é que chegava rapidinho na casa deles, porque ele corria muito com o carro tipo muito mesmo, ele abriu a porta para eu descer, quem vê pensa que ele é cavalheiro, pela segunda vez na mesma semana eu estava nessa casa.
-- oi mocinha!
Ah é só faltava Gustavo, INCRÍVEL , como eles sempre estão com sorrisos no rosto quer dizer no dia da livraria o Bernardo estava bem sério.
-- oi Gustavo, e meu nome é Anny ok?
-- A-N-N-Y . Disse Bernardo tirando sarro.
-- engraçadinho, vai quero tirar logo isso.
Entrei naquela mesma sala onde ele me engessou, e ele foi tirando com cuidado o gesso.
-- prontinho senhorita!
-- Obrigada Gustavo.
-- ah, e me desculpa de novo por te atropelar, posso fazer alguma coisa por você?
-- ah imagina, esta tudo bem, mais... na verdade tem sim.
-- ok, o que?
-- então... amanhã tem uma festa e eu estava afim de ir, mais tem que ir acompanhada e eu não tenho ninguém em mente...
-- você quer que eu seja seu par é isso?
-- é.
É eu só posso estar bem desesperada mesmo, o que eu estou fazendo? Convidando o garoto que me atropelou para ir na festa comigo? Eu estou ficando doida.
-- amanhã?
-- é.
-- Caramba Anny, é que amanhã eu já tenho um programa, mais...
-- ah tudo bem , imagina.
-- eu posso ir com você !!
Olho para porta, lá estava ele calça jeans preta , botas de combate preta, camisa preta , jaqueta de couro preta, e os cabelos loiros perfeitamente bagunçado.
-- ah imagina não precisa Bernardo.
Ele veio em minha direção.
-- seria um prazer!
-- bom, então está bem.
-- passo na sua casa ás 8:00 ok?
-- perfeito.
-- ah propósito, bonito colar!
Segurei meu colar firme.
-- Obrigada!
-- Bom, então Bernardo te leva amanhã por mim e agora eu preciso ir. Tchau Anny.
-- Tchau Gustavo
Ele saiu rapidamente pela porta , e logo escutei o barulho do motor do carro saindo, eu estava sozinha com Bernardo, e o olhar dele me assustava um pouco, e o fato de eu estar sozinha com ele , na casa dele me deixava nervosa , minhas mãos começaram a suar.
-- você poderia me levar para casa?
-- mais já?. Disse ele com um sorriso malicioso no rosto.
-- sim. Por favor.
-- está bem.
Me levantei da cadeira, era tão bom andar sem aquele gesso do pé, fiquei pouco tempo mais incomodou muito, fomos até o carro e ele me levou para casa.
Mensagem da Lara :
Festa amanhã?? Claro.
Já arrumei um par ,e você vai com quem?
Beijinhos . Lara.
Quem será que era o par de Lara? Bom vou responder a mensagem.
Sim Festa amanhã.
Quem é seu par? Ah o meu amanhã você vê.
Beijinhos . Anny.
Minutos depois ela respondeu.
Hum mistérios? Está bem, o meu você vê amanhã também.
Já estava ficando tarde, tomei um banho e fiquei lendo por horas, escuto um barulho na porta, um grande estrondo eu desço as escadas a o barulho está cada vez mais forte, abro a porta e vejo uma pessoa correr em direção a floresta eu saio correndo atrás dela está tudo escuro não consigo ver muita coisa continuo correndo e a pessoa á minha frente vai se enfiando mata á dentro, de repente o som dos passos para e eu paro , quando eu olho me vejo entre a mata perdida,minha respiração estava forte eu olhava para os lados e via um vulto negro, sinto alguém atrás de mim, quando me viro “ aaaaaaa meu Deus “ . Dou um pulo da cama, caramba foi um sonho, na verdade um pesadelo, fiquei lendo e nem vi que acabei adormecendo olho pela janela o céu está estrelado, tudo está calmo, então fecho a janela e deito novamente em minha cama.
Abro meus olhos lentamente, com o barulho do meu celular tocando.
-- oi
-- ah Anny até que enfim, temos que escolher nossos vestidos cadê você?
-- que horas são?
-- como que horas são? O que você estava dormindo?
-- lógico , Lara que horas são?
-- MEU DEUS!! são três da tarde, temos que escolher vestido, ir no salão e você dormindo?
-- Nossa!!! ai Lara, desculpe perdi a hora, onde você está?
-- shopping é claro!
-- ok, me espere aí daqui meia hora estou aí.
-- está bem , vou te esperar no café.
Dou um pulo da cama, corro para o banheiro tomo uma ducha me troco e corro para o shopping.
-- ah oi Lara, desculpe.
-- nossa Anny, você nunca dormiu até essa hora, aconteceu alguma coisa?
-- não, agora vamos precisamos de vestidos certo?
-- certo, vamos ás compras.
Normalmente não sou muito de compras, mais hoje , por alguma razão eu queria comprar o vestido perfeito, nada muito chamativo, simples mais significante.
Entramos em muitas lojas, experimentamos muitos vestidos, Lara encontrou o dela rosa, estampando até o joelho, e junto uma sandália prata linda, andamos mais um pouco, eu estava quase desistindo quando então olhei um vestido dentro da loja perfeito.
Pronto, já comprei o sapato e o vestido e Lara também agora é só nos arrumar, ei espera OH MEU DEUS.
-- Lara!! , você já olhou as horas?
-- sim, são 16:40.
-- ah claro isso há uma hora atrás.
-- Oh meu Deus, são quase 18:00 e nós ainda estamos aqui.
-- Lara, tenho que correr, tenho salão exatamente agora, e ainda tenho que me arrumar,
-- eu também , então tá, nos vemos na festa.
Chamo um taxi e vou até o salão, dou um jeito em meu cabelo e volto para casa , tomo banho e me troco.
20:01 alguém bate na minha porta, pontual como sempre.
-- Boa noite Bernardo.
-- uau, você está...
-- estou?
-- você está linda!!
-- Obrigada, e você está muito elegante.
Nunca pensei em vê-lo assim, de terno , gravata, sapato social, só o cabelo que estava sempre bagunçado e eu adorava, e eu ? Bom eu estava com um vestido preto tubinho, com strass, e scarpin preto, os acessórios me ajudaram muito.
-- então vamos?. Ele me disse oferecendo o braço.
-- sim.
Me sentia bem com ele, apesar de muitas vezes ele me dar medo hoje eu me sentia de alguma forma protegida.
Lá estou eu, de braço dado com Bernardo entrando pela porta do salão do Resort Serrano, Lara vem em minha direção.
-- uau, então esse é seu par?
-- é o que parece não é?
-- Bernardo Rommero prazer.
Ah legal, nem eu sabia o sobrenome dele, bom mais uma coisa que eu sei dele isso é ótimo.
-- Lara Meireles.
-- bom Lara, e seu par? Onde ele está?
-- ah bem ali.
-- olá Bruno Esteves.
-- Anny Venturelli
-- Anny, esse é o Bruno lembra?
-- ah o Bruno, aquele Bruno?
-- sim.
-- ah claro, hum, bom Bernardo me acompanha em uma bebida?
-- claro senhorita.
-- com licença.
Eu o puxo até o bar.
-- não entendi Anny, porque quis sair de lá?
-- ah a Lara está se iludindo com esse cara, mais ela não me escuta.
As luzes se apagam, e começa a tocar uma música lenta e romântica os casais começam a dançar.
-- me concede essa dança senhorita?
-- claro.
Vamos até a pista de dança,e ele me diz no ouvido
-- estou feliz em estar aqui com você.
-- estou feliz por ter se convidado para vir comigo.
Ele sorri, passamos a música inteira sem dizer mais nenhum palavra, só dançando juntos.
Até eu ver quem eu não gostaria de ver nunca mais, e quem eu nunca esperaria encontrar aqui.
-- ah não o Marcello.
-- o que você disse Anny?
-- nada, eu só ... eu só preciso...
Meu estômago começou a dar voltas, minhas mãos suarem, minhas pernas ficaram bambas, me deu falta de ar quer dizer ver Marcello de novo me fazia lembrar daquela noite dia 23 de outubro de 2008.
-- você está bem ?
-- Não, Bernardo eu ... não estou muito bem.
Lara vem correndo
-- Anny, você já viu quem apareceu?
-- infelizmente sim.
-- da para alguém me explicar o que está havendo ?
-- em outro lugar ok? Vamos sair daqui.
-- Anny para!! você precisa enfrentar ele.
-- não Lara, não hoje.
-- tarde demais.
Ai não, Marcello estava caminhando em minha direção. RESPIRA. RESPIRA, tentei me acalmar aos poucos ele chegou e sorriu.
-- Anny Venturelli, quanto tempo não?
Eu não disse uma palavra, e ele continuou.
-- até parece que não ficou feliz em me ver, vai dizer que não sentiu minha falta?. Ele sorriu irônico.
-- dá o fora daqui Marcello.
-- uau, sempre bravinha não é?
Eu segurei a mão de Bernardo.
-- qual é Anny, ah não vai me dizer que você ainda tem ressentimentos daquela noite?mais já faz tanto tempo. E a propósito senti sua falta.
-- você é ridículo.
Bernardo me puxou para mais perto dele.
-- qual é o problema cara? Não viu que ela não quer você por perto?
-- ah e quem é você ? Novo namoradinho de Anny?
-- Não interessa Marcello o que ele é meu, se você não sai eu saio.
Peguei na mão de Bernardo e me virei, mais Marcello me segurou pelo braço.
-- nossa conversa ainda não terminou querida.
Bernardo se virou para enfrentá-lo mais eu o impedi.
-- Não, por favor. Não vale a pena.
Fomos até a saída do salão, me despedi de Lara e Bruno e fui até o carro com Bernardo.
-- me desculpe, por te fazer sair da festa.. mais é que...
-- tranquilo, não precisa se desculpar de nada.
Eu sorri.
-- vamos sair daqui ok? Para onde você quer ir?
-- qualquer lugar.
Ele ligou o motor do carro e me levou até o lago negro, descemos do carro e fomos caminhando na beira do lago.
-- então Anny, o que houve entre você e aquele cara?
-- ah... desculpe, mais é que eu não quero falar sobre isso.
Ele segurou minha mão.
-- como quiser.
Caminhamos mais um pouco, e depois nos sentamos em uma mesa que tem perto do lago, estava esfriando e ele percebeu isso , tanto que me deu o seu terno. Eu conhecia tão pouco dele e mesmo assim eu confiava nele. Meu celular tocou era Lara.
-- oi Lara.
-- Anny, você está bem ?
-- agora sim.
-- amiga, se você quiser eu posso ir dormir na sua casa com você pode ser?
-- ah seria ótimo, mas não precisa se incomodar.
-- que isso, aqui está um saco mesmo, daqui meia hora vou para sua casa ok?
-- está bem.
Desligo o telefone e o coloco na bolsa.
-- bom, preciso ir, daqui a pouco Lara vai lá para casa.
-- ok, eu te levo.
No carro dele, estacionado no jardim de casa.
-- Obrigada pela companhia Bernardo.
-- imagina, foi um prazer.
Fui em direção para dar um beijo em seu rosto , mais travei no meio do caminho e ele sorriu vindo em minha direção e me dando um beijo suave no rosto, com seu toque eu gelei e então vi o carro de Bruno trazendo Lara, ela desceu do carro e Bruno também vieram em nossa direção,abri a porta do carro e Bernardo também desceu.
-- Anny, você está bem? Disse Lara me abraçando.
-- Sim.
-- depois que você saiu, ele veio perguntar quem era o cara que estava com você.
-- eu não acredito , o que ele está querendo dessa vez.
-- Por isso que eu falei que iria dormir aqui com você, vai que ele resolve aparecer aqui.
-- droga, você tem razão. E agora?
-- Bom, se vocês quiserem dormir lá em casa, ou eu durmo aqui.
-- Mais e seus pais Bernardo?
-- ah fica tranquila, mora só eu e meu irmão e nem sei se ele vai estar lá também.
Lara me olha eu a olho, bom até que não seria tão mal assim não corria o risco do Marcello aparecer em casa.
-- pode ser eu aceito.
-- é eu também.
-- bom gente, eu não vou poder.
-- porque Bruno?
-- ah prometi para minha irmã que voltaria.
-- ah tudo bem.
-- então vamos?
-- vamos sim Bernardo.
Entramos de volta no carro do Bernardo, o Bruno foi embora e eu e Lara fomos para casa do Bernardo, no jardim estava o carro do Gustavo.
Entramos na casa e Lara ficou impressionada igual eu quando entrei lá pela primeira vez, Gustavo estava na porta.
-- ué já voltaram?
-- é o que parece não é Gustavo.
-- engraçadinha, mais me fala o que você veio fazer aqui ?
-- longa história, hei deixa eu apresenta minha amiga, essa daqui é a Lara..
-- ah prazer Lara.
-- o prazer é todo meu Gustavo.
-- a ta, já estão apresentados não é Anny então vamos subir nós dois.
-- pois é, Bernardo.
-- ah engraçadinhos eu vou com vocês.
-- eu também vou.
-- então vamos pro quatro.
Subimos as escadas e no andar de cima era ainda maior, havia um corredor enorme com muitas portas.
-- vocês duas vão dormir separadas, ou preferem juntas?
-- Juntas!
-- Juntas!
-- ok
-- Por aqui.
Entramos em um quarto enorme com um guarda-roupas enorme marrom, e uma cama com detalhes dourados.
-- vocês querem alguma coisa para dormir? Tipo roupas?
-- pode ser, porque tipo nossos vestidos são um pouco apertados.
-- é percebi, bom eu posso pegar umas camisetas ok?
-- pode ser Bernardo.
Ele nos dá camisetas e sai do quarto.
-- Nossa Anny, gato o irmão dele hein.
-- é, foi ele que me atropelou.
-- ele podia me atropelar também
Nós duas caímos na risada, depois que trocamos de roupa eu sai do quarto para dar boa noite, mais acabei escutando sem querer o Gustavo falando com Bernardo:
-- vai me dizer que a Anny é a garota?
-- xii, fala baixo Gustavo, sim é ela.
-- não acredito meu. E agora?
-- agora nada.
Eu os interrompo.
-- que garota Bernardo?
Eles ficam surpresos em me ver.
-- ah você está aí?
-- é estou e do que vocês estão falando?
Gustavo, passa a mão na cabeça e eles não me respondem minha pergunta.
-- eu estou esperando, que garota que eu sou?
Bernardo se aproxima.
-- ah, é que eu disse para o Gustavo que eu estava afim de uma garota, e é você.
Isso não convenceu, nenhum um pouco eles ficaram nervosos demais e eu não sou boba que nem eles pensam.
-- ah, ok... bom só vim dizer boa noite.
-- eu te falo que eu estou afim de você , e você me diz boa noite?
-- ah Bernardo, desculpa mais eu não estou com cabeça para pensar nisso, amanhã nós nos falamos ok?
-- como quiser, boa noite.
-- Boa noite Gustavo.
-- Boa noite Anny.
Isso estava muito estranho, era óbvio que não era disso que eles falavam estavam nervosos demais para ser só isso, mais eu estava cansada demais para descobrir isso hoje, entrei no quarto Lara já estava dormindo me deitei, mexi em meu colar até adormecer.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Capitulo 2

-- Anny acorde.
Abro os olhos lentamente
-- Lara, hoje não temos aula.
Me viro para o outro canto da cama.
-- eu sei, mais é que já está tarde e venha ver como o dia está sinistro.
“só podia ser brincadeira, eu ter que levantar para ver o dia? “
-- está bem.
Me levanto lentamente e vou até a janela .”Oh meu Deus”
-- o que está acontecendo Lara?
-- boa pergunta, acordei e o céu estava assim.
Olhei rapidamente no relógio 11:11 pm.
-- como é possível Anny?o céu está todo preto no outono e essas cinzas voando por toda cidade?
-- você pergunta para mim?
Lara e eu ficamos olhando pela janela, o céu preto com cinzas voando por toda parte e não havia um ser vivo nas ruas era outono em Gramado, será que algum edifico pegou fogo? Por isso o das cinzas? Mais e o céu preto? Vendo o dia assim me dava arrepios.
-- sinistro não é ?
-- demais Lara.
-- vem , minha mãe fez algo para nós comermos.
Fomos até a cozinha e havia bolos, sucos e tortas em cima da mesa, nos sentamos.
-- onde está sua mãe ?
-- boa pergunta!... MÃE!!!!
-- MÃE!!
-- pare de gritar Lara.
-- ué cadê ela?
-- eu é que sei.
-- vou atrás dela espera ai.
Fiquei na mesa comendo. Alguém bate na porta, olho em direção ao corredor e não vejo Lara, vou até a porta e continuam batendo.
-- Lola? Cris? Ué que fazem aqui?
-- Oi Anny, eu e a Cris saímos para fazer compras e o céu ficou preto e essas cinzas está nos dando falta de ar, então viemos aqui.
Lara volta com um papel na mão
-- minha mãe saiu, ah oi meninas..
-- vem comer com a gente, onde sua mãe foi Lara?
-- sei lá, ela não disse.
O tempo fechou ainda mais, não sabia se era possível então uma forte chuva começou a cair, ficamos as quatro sozinhas na casa de Lara, sem fazer muita coisa de útil, só engordando. As horas se passavam e o tédio aumentava, tudo bem que estava nós quatro as quatro melhores amigas, mais tudo o que tinha para fazer nós já tínhamos feito, depois de algum tempo a chuva passou, resolvi ir para casa.
O caminho era longo para ir apé da casa de Lara até a minha, mais não me importei era bom andar um pouco depois de tanto brigadeiro que comi hoje.
Eu andava tão distraída que não escutava nada a minha volta, as ruas estavam tão vazias que nem me importei em andar no meio dela,como havia chovido muito o céu estava escuro e ventava um pouco, esqueci de pegar uma blusa com Lara, mais agora não importa mais daqui alguns minutos estou em casa a salvo. ou não. Estava tão distraída que não pude notar o carro vindo em minha direção e que se o motorista não freasse a tempo talvez o estranho seria maior. Estava eu no chão caída com uma dor na perna terrível, meus olhos lacrimejaram pela dor.
-- Oh meu Deus! Me desculpe, você está bem?
Como eu poderia estar bem ? Acabo de ser atropelada.
-- não, minha perna está doendo.
-- ok, espera eu sou médico.
-- que?
-- vem eu vou te ajudar.
Em vez do garoto que estava dirigindo o carro chamar uma ambulância, ele me levanta com calma e me leva até o carro dele.
-- espera, eu nem te conheço, não posso simplesmente entrar no seu carro.
-- ah não, por favor mocinha é serio eu preciso te levar a minha casa lá tem primeiros socorros.
-- que? Não vou até sua casa, liga para um médico que já está bom.
-- eu sou um médico ok? Agora venha.
-- você não tem cara de médico.
-- não teima.
É não adiantou eu protestar, ele me colocou em seu carro e fui com ele até onde ele disse que era a casa dele.
A casa era bonita, e grande realmente grande, talvez fosse a maior casa que eu já teria entrado até hoje, a sala toda decorada com móveis escuros, passamos por um corredor que deu até um sala menor com equipamentos de médico, é eu não estava acreditando que ele era médico até agora. Me sentei em uma cadeira branca, e ele ergueu a barra da minha calça de vagar porque ele via minha cara de que doía.
-- você só torceu o pé na hora que caiu, e só tem um hematoma na sua coxa por causa da pancada com o carro, do resto está tudo bem.
-- ah muito obrigada pelo presente viu.
Soou irônico, mais era para ser irônica, como ele não me vê na rua? Tudo bem que eu estava errada, mais agora não me ver já é demais.
-- vai ter que engessar.
-- o que? Ah você está brincando não é?
-- não, eu não estou, espere aí que eu vou pegar umas coisas para engessar isso.
Como se eu pudesse sair daqui, não consigo nem mexer minha perna direito. Escuto um motor de carro, espera eu não acredito que ele está saindo e me deixando aqui plantada esperando, ou talvez esteja alguém chegando. Alguém entra pela porta da frente escuto ela bater logo depois que o motor do carro foi desligado, os passos vem em direção a sala que eu estou, a porta se abre e ...
-- Gustavo, já votei... ops com certeza você não é meu irmão.
-- é com certeza não sou.
Aquele rosto era familiar, aquele garoto da onde eu conhecia. ESPERA é o ...
-- ah oi Bernardo, fui pegar umas coisas para engessar a perna dessa garota.
-- o que houve com ela?
-- seu irmão me atropelou.
Ele soltou uma gargalhada
-- ela estava andando no meio da rua, não consegui vê-la a tempo de parar.
-- posso saber qual é a graça ?
-- é típico dele , atropelar as pessoas.
-- que? Ele já atropelou pessoas antes.
-- ah esquece.
-- ah Bernardo já que você não está fazendo nada, me ajuda aqui vai.
O menino que me atropelou foi pegar mais coisas fora da sala, acho que o nome dele era Gustavo pelo o que o outro disse, então pude perguntar.
-- você é o garoto da livraria não é?
-- que?
-- você trombou comigo na livraria ontem, não foi ?
-- a é , você a menina desastrada do livro meloso.
-- livro meloso?
-- esquece.
-- é perseguição isso ?
-- do que está falando mocinha?
-- para de me chamar de mocinha meu nome é Anny, e sim só pode ontem você tromba comigo, e hoje teu irmão me atropela ? Só pode ser perseguição.
Ele sorri, e aquele sorriso, bom acho que foi o sorriso mais bonito que já vi.
-- bom, senhorita desastrada, primeiro foi você que trombou comigo ontem, e segundo quem mandou andar no meio da rua.
Já começou a virar provocação isso.
-- meu nome é Anny, A-N-N-Y.
-- serio? Anny de que ?
-- Anny de Anny ué.
-- está bem
Ele caiu na risada. Vejo Gustavo voltando com a mão cheia de coisas.
-- pronto, vou engessar.
Com cuidado ele rasgou a barra da minha calça que por sinal eu adorava, e engesso minha perna, do pé ao joelho. Agora estava perfeito, eu teria que voltar para casa com um gesso na perna e ir para o colégio andando eu ia demora horas.
-- muito obrigada, por me atropelar agora se vocês dois me dão licença preciso ir para casa.
-- espera, nós nem nos apresentamos.
-- ah não precisa, já sei Gustavo e Bernardo.
Me levantei ,e fui mancando até a sala, e os dois engraçadinhos rindo atrás de mim. ÓTIMO.
-- hei , espera eu te levo para casa ok?
Eu não estava podendo recusar, já estava tarde e ir mancando daqui em casa seria péssimo.
-- está bem, eu aceito.
-- vem comigo.
Eu segui Bernardo, até a garagem onde estava estacionado sua BMW preta, pouco humilde ele. Entrei no carro e fui guiando ele até minha casa. O caminho todo ele ria de mi, eu não via a graça nisso, ele já estava começando a me irritar com aquele sorrisinho.
Bom pelo menos , ele era gentil abriu a porta do carro para mim, e me ajudou a descer e me levou até a porta de casa.
-- hei Anny, me desculpe pelo meu irmão ok?
-- ah tudo bem já passou.
-- que tal um jantar?
-- que?
-- amanhã as oito?
-- você está me chamando para sair?
-- está combinado, amanhã as oito. Boa noite.
-- hei espera.
Ah legal, ele me ignorou e foi embora, isso só pode ser gozação eu não vou sair com ele, tá tudo bem que ele é lindo mas eu nem o conheço sei o que dele o nome? E que ele tem um irmão barbeiro que sai atropelando os outros? É isso só pode ser algum tipo de brincadeira bem idiota.
**
Quarta-feira, 6:40 am.
Droga, escola. Como que eu vou para escola com o pé engessado? Porque essas coisas só acontecem comigo? Está bem lá vou eu.
O caminho de casa até a escola foi um pouco mais demorado pelo probleminha na perna, mais aos poucos eu me acostumo.
Logo na entrada eu já vejo a cara das meninas ao me verem mancando com o pé engessado.
-- bom dia meninas!
-- Anny, o que você aprontou?
-- eu não aprontei nada, só fui atropelada por um garoto.
E como esperado, elas queriam saber de toda a história, fui explicando enquanto nós entramos no colégio. O primeiro sinal tocou, e continuamos lá conversando até o segundo sino tocar e fomos obrigadas a ir para as salas.
Entramos na sala do segundo andar e fomos e caminhando para nossa carteiras infelizmente a nossa insuportável professora de Geografia , resolveu aplicar um teste surpresa é bem a cara dela fazer isso na primeira aula.
As aulas passaram a mesma chatice de sempre, e depois eu mancando fui para casa, olhei a casa do meu primo que fica a alguns metros de casa resolvi parar , eu e ele nos dávamos muito bem apesar de ele ser seis anos mais velho que eu , nós realmente nos dávamos bem, ultimamente ele andou saindo muito e como eu moro mais na casa da Lara do que na minha própria casa então nós dois não nos vimos.
andei até o portão e apertei a campainha ele apareceu
-- achei que você havia se mudado daqui, e o que você fez na perna?
Obvio que ele estava sendo irônico como sempre
-- ah pois é vim fazer uma visitinha, e depois eu explico o da perna.
-- entra ai.
abri o portão e entrei, e ele já foi me convidando para jogar vídeo game , tipo já passei dessa faze de jogar vídeo game com ele, mais hoje me deu uma incrível vontade de desafiá-lo na corrida de carros e então aceitei.
Ficamos lá rindo e jogando vídeo game por umas três horas, antigamente eu passava umas seis horas lá com ele , eramos viciados mais isso era antes de Lara voltar a morar em Gramado , depois disso eu não ficava mais tando com Kayque, na verdade eu não ficava nunca lá com ele.
Depois de jogar de novo fui para minha casa, as vezes eu sinto falta dos meus pais, tipo sei que eles estão a trabalho, eu os vejo só duas vezes por semana no sábado e no domingo, meu pai viaja segunda depois do almoço e só volta sexta á noite bem a noite e ,minha mãe viaja terça de manhã ou as vezes segunda á noite e só volta sexta de tarde.
Minha mãe vai para Porto Alegre no seu escritório ,e meu Pai para Soledade. Então na segunda de manhã minha mãe me leva para escola depois eu volto ou vou para casa da Lara , eu moro mais lá do que aqui, mais as vezes depois do colégio eu gosto de voltar para dormir porque na Lara nós duas definitivamente não dormimos talvez seja
porque queremos passar o maior tempo possível juntas, porque eu e ela ficamos 2 anos separadas ela foi morar em Londres na Inglaterra, nós conversamos todos os dias no Msn, então é como se o tempo não tivesse passado.
Cheguei comi algo e dormi , acordei já era tarde, tudo bem que eu fiquei metade da tarde na casa do Kayque, mais dormir até as sete da noite
Sentada na cama fico pensando, será que o Bernardo vai vir mesmo ? Não acho que não, bom mais em todo caso vou colocar uma roupa descente, o que? Eu pensei mesmo nisso? Bom acho que sim. Deito no sofá e olho o relógio 19:59 pm.
Alguém bate na porta, me levanto e a abro.
-- então você veio mesmo.
-- eu disse que viria.
-- entre.
-- você já está pronta?
--só um minuto já estou quase pronta
subi as escadas, com cuidado por causa do gesso e mudei de roupa rapidamente, passei um pouco de maquiagem e fui descendo as escadas e eu comecei a ficar nervosa , porque afinal o que eu estava fazendo.
Bernardo e eu , fomos para um lugar incrivelmente bonito , eu nunca havia visto esse lugar aqui em Gramado, era como um restaurante particular cheio de luzes com um campo em volta e uma mesa só para dois, parecia até que ele tinha planejado tudo.
eu me sentei e ele se sentou em seguida e disse
-- quer comer algo ? beber?.
Mais não havia garçons , só havia eu e ele o que começou a me preocupar um pouco. Então esqueci dos comes e bebes e fiz perguntas
" porque me chamou para sair ? " ele sorriu , um sorriso misterioso
-- na verdade não sei ao certo , mais queria uma companhia para hoje a noite e como pedido de desculpas por ontem, chamei você.
Não parecia muito sincero , mais eu engoli.
Eu não sabia mais o que estava fazendo, o realmente eu estava fazendo o que eu fazia ali sentada num lugar totalmente isolado com um cara totalmente misterioso que eu conheci ontem.
Então eu estalo os dedos e como num toque de magica um garçom do nada apareceu, fiquei me perguntando de onde ele surgiu e então Bernardo pede uma bebida para ele e me pergunta
-- vai querer algo?
eu não sabia o que dizer então
-- quero um refrigerante
ele fez os pedidos e o garçom foi andando até sumir, era realmente muito sinistro isso. Logo depois o garçom volta com meu refrigerante e com a bebida de Bernardo , era uma taça de cristal que contia um liquido vermelho, mais não era vinho
era bem vermelho, então eu perguntei
-- o que é ?
ele olha para sua taça e diz
--ah uma bebida que eu experimentei na Itália e gostei.
ele não respondeu minha pergunta
-- posso provar?
ele me olhou nos olhos
-- ah você não vai gostar , e ainda mais contém álcool, melhor não.
Mais eu insisti
-- prometo que é só um gole
ele viu que eu não desistiria
-- está bem , mais eu disse que você não vai gostar.
ele me deu a taça e eu cheirei tinha cheiro de pimenta e então eu bebi, aquilo era horrível, minha cara já mostrou que eu não havia gostado , e ele sorriu
-- eu te disse que não gostaria.
depois de engolir com dificuldades
-- como você consegue beber isso ?
-- já acostumei.
e sorriu novamente, mais o que eu não entendi é o porque que ele precisaria se acostumar a beber aquilo , quer dizer porque alguem tem que se acostumar a beber se não gostou , é como obrigatório? e isso me encheu de perguntas , mais não tive coragem de questionar ele.
Depois ele pediu o jantar comida italiana , parecia que ele gostava mesmo da Itália, tudo bem que eu também gostava , mais me lembrar da Itália me lembrava de Marcelo minha antiga paixão, que durou cinco anos.
Após jantarmos,
-- ta afim de dar uma volta pela cidade?.
Eu não fazia a minima idéia o porque ele estava me chamando para andar em uma cidade que eu nasci lá, que conhecia Gramado há 16 anos,
-- pode ser
é a única coisa que eu conseguir dizer.
Levantamos da mesa e saímos , e o mais sinistro ele não pagou a conta o que me deixou com uma péssima sensação , porque que tipo de restaurante você come e não paga, mais de novo não questionei.
Fomos para a BMW dele preta , e ele acelerou e fomos andando pela cidade , mais parecia que eu estava em outra cidade , passamos por lugares que eu nunca havia visto, depois de uma hora ele me deixou em casa, atravessei o jardim entrei e tranquei todas as portas subi as escadas, coloquei minha roupa de dormir e deitei , mais eu não conseguia dormir e tentava entender o porque da bebida, da conta e de como a cidade parecia outra e como ele não respondia minhas perguntas direito, passei a noite toda tentando achar respostas para minhas proprias perguntas, e olhando pela janela do meu quarto o céu preto e remexendo meu colar mais era melhor eu ir dormir e parar de desconfiar um pouco da vida não tão cedo meu celular estava tocando.
-- oi Lara!
-- hei Anny onde você estava?
-- como assim?
-- liguei na sua casa e você não atendeu.
-- amanhã te conto ok?
-- ok.
Ai, sabia que Lara ficaria atrás de mim e agora será que eu conto a ela que sai com um estranho? É melhor eu dormir de vez.
Mal cheguei na escola ja encontro lara sorridente querendo saber de tudo
-- me conta tudo , e não esconda nenhum detalhe, quem é o gatinho?
Era típico dela, e então comecei e explicar, a ara dela não era muito boa já sabia o que ela pensava “ que não era certo, e que eu nem conhecia ele entre outras coisas” mais afinal nem eu sabia o porque que eu sai com ele.
Após as aulas,saindo do colégio quando eu olho para o portão de fora , avisto uma pessoa familiar , quando me dou conta era Gustavo isso já estava ficando extremamente esquisito afinal o que esses dois irmãos tanto querem comigo eu fui até ele e comecei a me perguntar O que ele esta fazendo aqui? Será que ele sabe que eu sai com Bernardo ontem a noite?.
-- oi , o que faz aqui?
ele sorri
--Olá Anny , bom eu estava passando por aqui e lembrei que você havia falado que estudava aqui , então resolvi dar uma passadinha.
Eu simplesmente não havia entendido , não me lembrava de ter dito que estudava aqui
-- você está melhor da perna?
-- estou na medida do possível.
-- ah que bom!
-- é sim, então eu vou precisar ir embora, mais a gente conversa.
-- você quer que eu te leve?
-- não obrigada.
Virei as costas e fui andando, nem me despedi das meninas, estava esfriando e muito, o inverno estava chegando e então com ele trazia as festas de inverno as melhores festas realizadas por jovens, onde tudo é organizado nos mínimos detalhes.