sábado, 5 de fevereiro de 2011

Capitulo 14

O.k a escola após uma noite de bebedeira não é o melhor remédio, mais vou fazer o que? Alguém precisa estudar, minha cabeça doía e eu estava um pouco zonza mais lá vamos nós.
Depois de um banho e um bom café da manhã tudo fica melhor, pois foi bem isso que eu fiz, após o banho fui até a cozinha e bom lá estava minha tia com aquele sorriso que me deva enjôo.
-- bom dia querida.
-- bom dia.
-- ah bom dia familia.
Me virei, uau, é provocação não? Caio estava com uma bermuda azul e sem camisa com o cabelo todo bagunçado e caracas o que era aquela barriga dele? Focaliza e não perde a noção ele é meu primo e eu tenho namorado.
Me sentei , e ele se sentou de frente para mim.
-- dormiu bem priminha?
-- aham...e você?
-- ótimo.
-- me leva para a escola?
-- claro, é só eu por uma camisa e escovar os dentes já está pronta?
-- só falta escovar os dentes também.
***
No colégio.
-- hey me conta como está sendo morar com sua tia e seu primo?
-- nada bem
-- porque?
-- Lara, você se lembra quando eu contava daquelas histórias minhas e do Caio?
-- claro, vocês deram o primeiro beijo juntos e tudo mais.
-- é então...
-- o que? Qual é Anny vocês eram crianças.
-- eu sei, mais meu ele está muito gato.
-- mais e o Bê?
-- ai nem me lembre, eu sai ontem com o Caio e bebi, e o Bernardo me ligou e a gente acabou discutindo.
-- ah liga para ele, para vocês sair hoje e resolve tudo.
-- boa idéia.
Peguei meu telefone e liguei, chamou, chamou e ninguém atendeu.
-- ué ninguém atende, tenta ligar do seu.
Lara tentou e nada.
-- ah, vamos para a sala depois eu tento de novo.
Entrei na sala, e havia um aluno novo, um pouco quanto estranho estava todo de preto e com a cabeça abaixada eu olhei bem no colar dele que tinha as iniciais G.F eu já tinha visto isto antes não me era estranho ele levantou a cabeça e olhou em meus olhos, e os olhos dele eram vermelhos não que estavam vermelhos realmente eram vermelhos eu dei um passo para trás então ele sorriu, aquele sorriso me arrepiou dos pés a cabeça, apenas desviei o olhar e me sentei ele continuava me olhando depois ele virou o olhar e ficou sério novamente.
A aula toda, ele me olhava na hora que bateu o sinal para o intervalo eu sai mais que depressa para ligar para o Bernardo.
Atente, atende por favor. Oh não ele está vindo em minha direção, guardei o celular na mesma hora.
-- Oi.
-- oi.
-- então... eu sou aluno novo e o professor pediu para eu pegar a matéria com alguém, você poderia me emprestar?
-- ah, é que eu não tenho tudo completo sabe, andei faltando esses dias, desculpe.
-- tudo bem, a proposito meu nome é Erick.
-- Anny.
-- bom Anny, vou te deixar em paz e vou ler um pouco.
-- ah magina, nem está atrapalhando.
Ele sorriu, e foi andando até o banco se sentou e tirou um livro da bolsa, disfarçadamente tentei ler e... o nome estava em italiano, não consegui ver o que era.
Meu celular toca.
-- heey.
-- você me ligou?
-- sim , sim e... nossa oi para você também Bernardo.
-- aconteceu alguma coisa?
-- sim, eu queria perguntar se você quer sair hoje.
-- nem vai dar, tenho umas coisas para resolver, mais alguma coisa?
-- sim, entrou um aluno novo na minha sala e ...
-- o que eu tenho haver com isso ?
-- meu eu sei que você está chateado comigo mais apenas escute.
-- o.k
-- então, ele me pareceu estranho e ele usa um colar com as inciais G.F e esse colar não é estranho você sabe alguma coisa?
-- G.F? Tem certeza?
-- logico que tenho porque?
-- não pode ser... mais eles...
-- o que Bernardo me fala.
-- ele foi falar com você?
-- veio porque?
-- ele é um Fúria.
-- o que?
-- tome muito cuidado Anny, G.F de Genaro Francisquini, ele é um seguidor de Genaro.
-- não acredito um Fú...
-- não fale, não pronuncia isso perto dele.
-- o.k.
-- eu te busco na saída.
-- você não tinha que fazer coisas?
-- isso é mais importante.
Guardei o celular na bolsa e honestamente fiquei desesperada, como pode um Fúria na minha sala de aula? Viro palhaçada já, ah se eu soubesse usar bem meus poderes eu colocaria fogo nele LITERALMENTE, bom agora só preciso tomar cuidado e ficar de olho nele, espere que ele não tente nada aqui.
Na saída Bernardo estava lá, me esperando com os braços cruzados, meu telefone toca bem na hora que eu me aproximo dele.
-- Oi.
-- priminha, ta afim de almoçar comigo hoje?
-- ah, não vai dar, tenho planos com o Bernardo.
-- o namorado?
-- é.
-- ah então deixa para uma próxima.
Guardei o celular no bolso.
-- pelo jeito a noite foi boa.
-- na verdade, nem tanto...
-- olha Anny, na boa eu só tenho que te proteger só isso, então vamos sair daqui.
Ele entrou no carro e eu simplesmente gelei, entrei logo após.
-- meu, como assim você ainda meu namorado não é?
-- não sei, me diga você.
-- lógico que é.
-- presta atenção Anny, meu dever é apenas te proteger eu não escolhi me apaixonar por você , e você não é obrigada a ficar comigo por isso, eu sempre ficarei ao seu lado.
-- para, você fala isso como se fosse obrigação, não meu eu gosto de você e muito, eu sei que errei ontem e tudo mais é só que...
-- eu sei que você quer ser uma garota normal, mais se conforme Anny, você não é, e se você quer que ninguém se machuque das pessoas que você gosta inclusive seu priminho, então é bom ter cuidado.
-- eu não quero que ninguém se machuque meu...
-- pois bem, os Fúrias estão de volta e agora mais que nunca você precisa aprender a controlar seus poderes, tentei adiar isso ao máximo, mais uma hora você vai ter que voltar a Itália e enfrentar todos, e eu não poderei te salvar toda vez.
Meu corpo gelou, Bernardo estava frio comigo, e tudo isso porque eu o tratei mal no telefone? Pensei em perguntar e me desculpar mais eu não sei se era um bom momento, mais ele tinha razão eu precisava me conformar em ser diferente e me cuidar, esses caras não estão de brincadeira.
Ele me levou para um lugar afastado de tudo, tipo uma fazenda mais abandonada, aquele lugar me dava arrepios o gramado era escuro e queimado, as casas abandonadas e mal cuidadas e tinha uma imenso campo negro, o gramado do campo era seco e escuro.
Descemos do carro, e ele foi andando até o campo.
-- o que estamos fazendo aqui?
-- você precisa aprender um pouco sobre seus poderes.
-- como?
-- na prática.
-- Bom, já sabemos que você tem o dom com o fogo, então vamos começar com ele, ok?
-- tá.
-- estenda a mão e a observe.
Isso parecia idiotice, mais eu fiz.
-- agora, pense em fogo, e se concentre.
Pensei em fogo e fixei os olhos em minha mão, mais nada aconteceu.
-- Anny, pensa com força em fogo.
Me concentrei mais e pensei em fogo, e meu Deus, uma pequena chama de fogo cresceu em minhas mãos, parecia coisa de filme e eu fiquei eufórica e o fogo cresceu então estendi a outra mão e joguei uma chama para a outra mão e como em um passe de mágica minhas duas mãos pegava fogo.
-- muito bom, agora juntas as mãos e pensa em algo maior.
Eu o fiz, fechei as mãos e pensei em muito fogo e cresceu uma bola enorme de fogo em minhas mãos.
-- queime algo.
Eu não sabia o que ele queria dizer com isso, mais então lancei a bola de fogo em um arbusto seco que estava a uns metros de mim, e o fogo dominou ele o queimando.
-- você é boa, mais agora precisa apagar.
-- porque?
-- porque precisa, você precisa dominar ele, você o acendeu você o apague.
-- ok, mas como faço isso?
-- você pensou em fogo para fazê-lo aparecer, da mesma forma deseje que ele suma.
Olhei o arbusto queimado e pensei com força que o fogo sumisse e ele sumiu.
Eu estava orgulhosa de mim mesma.
-- você está indo muito bem , pelo seu primeiro dia, mais tome cuidado não faça esses testes em casa e em nenhum outro lugar.
-- pode deixar.
-- serio, os Fúrias mais antigos podem te detectar se você usar seus poderes.
-- mais e aqui? Agora eles sabem onde eu estou?
-- não, aqui é o único lugar que eles não podem entrar, é nosso território.
-- como assim?
-- tipo um refúgio entende? Os Fúrias não podem chegar até aqui.
-- ah sim, entendi.
-- mais vamos lá, você precisa aprender mais.
Eu prestei atenção em tudo o que ele me ensinava, achei importante aprender a controlar assim eu poderia me defender sozinha.
-- Anny, você tem noção que tu é muito poderosa certo?
-- sim, mais poderosa quanto?
-- você possui poderes sobre os elementos água, fogo, terra e ar, fora o que você consegue fazer com a mente.
-- me explica isso direito.
-- sim sim, aos poucos você vai entender, eu vou te dar uns livros e eu passo a noite na sua casa, escondido é claro para te ensinar mais pode ser?
-- claro, mais em, quero praticar mais, já acendi e apaguei o fogo e agora? Quero fazer isso com a água e o ar e a terra.
-- calma, tipo o fogo vem de você dentro de você por isso fica mais fácil lidar com ele pois sua mãe Diana era uma feiticeira do fogo, então isso está com você, por isso a habilidade de fazer aparecer e sumir... mais já com os outros três elementos é um pouco diferente você precisa de uma fonte.
-- como assim fonte? Não é só pensar em água que ela aparece?
-- tecnicamente sim, mais você precisa de água por perto.
-- tipo um rio ?
--- não tanto, apenas algumas gotas de água é o suficiente, quer tentar?
-- claro.
Bernardo ligo uma mangueira de água e fez uma poça na grama.
-- agora você se concentre na água , apenas nela e ache o ponto na sua mente que faça você se conectar a poça.
Parecia fácil, mais não era, essa coisa de achar o ponto me deixava zonza, mais eu o fiz pensei só em água mais não estava funcionando.
-- eu estou concentrada mais não funciona.
-- eu sei, é um pouco complicado, Anny tipo tente ver além da água...
-- tipo as particulas?
-- isso, mais ou menos isso, tente conectar sua mente com a água.
E foi exatamente o que eu fiz, parecia loucura mais é como se eu comandasse as gotas de água daquela poça, e aos poucos elas foram subindo como se a água voasse mais melhor eu as controlava e eu fiz crescer até virar uma grande bola de água no ar.
-- consegui!! que máximo.
È no mesmo momento eu levei um banho de água, Bernardo caiu na risada.
-- hey o que houve?
-- bom, você conseguiu mais se desconcentrou.
-- uau, isso é realmente difícil.
-- eu sei, está cansada?
-- um pouco.
-- é isso vai te cansar no começo, mais depois fica melhor, está com fome?
-- sim.
-- ok, vamos comer alguma coisa , ah e a propósito você tem que começar a beber Amrita para te deixar mais forte.
-- Amrita ? O que é isso?
-- Uma bebida.
-- já entendi que é uma bebida, mais que bebida?
-- Amrita, conhecida como o exilir da imortalidade.
-- me conte sobre isso...
-- há muitos mais muitos anos atrás um cara chamado Shiva criou essa bebida, e foi passada de geração a geração essa bebida para os mortais é um pouco perigosa pode trazer alguns probleminhas na saúde, mais para os imortais é muito importante para manter sua força, mais nem todos tem acesso a essa bebida é outra coisa que está no livro de sua mãe Anny.
-- mais se é passada de geração em geração como você tem acesso a essa bebida?
-- Shiva era o bisavô de Diana sua mãe, no caso seu tataravô, ele ensinou tudo isso a sua bisavó no caso avó de sua mãe, mais como sua avó mãe de Diana não queria se envolver nessa coisa de família ela ensinou Diana que era muito interessada sobre os feitiços da família que aprendeu tudo direitinho, e por isso se tornou tão poderosa pois ela bebia diariamente essa bebida, e quando conheceu seu pai ela o servia de Amrita também e também ao seu irmão Vinicius que aprendeu a prepará-la e ela me ensinou também, nós dois aprendemos juntos.
-- você e meu irmão era muito amigos não é?
-- como irmãos, seus pais me consideravam da família.
-- e o Gustavo? Ele também era próximo assim do eu irmão ?
-- Não, Gustavo conheceu bem pouco dos Nosferat ele vivia em Londres depois que descobriu as vantagens de ser imortal viajou o mundo todo, e quando ele voltou a guerra toda já tinha acabado e eu já estava vindo para o Brasil.
-- ah sim, entendi.
-- Bom, mais então vamos comer e arrumar um pouco de Amrita para ti.
-- sim, mais antes ...
fiquei vermelha.
-- o que?
-- não nos beijamos o dia todo...
ele sorriu, e me puxou para mais perto colocou a mão em minha nuca e me beijou.

 

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