segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Capitulo 11

-- Ok? Se você não quer me ajudar tudo bem, mais agora você não pode me impedir de salvar minha melhor amiga.
-- Anny, não seja boba é uma armadilha... quando você aparecer lá eles vão te pegar.
-- eu não me importo!! Bernardo não é qualquer uma é a Lara e você disse que eles são maus, podem machucar ela.
Eu já estava em pânico eu tinha que ir salvar Lara, eu ouvi a voz dela não posso deixar que a machuquem por minha causa.
-- olha, eu vou até lá e você me espera aqui pode ser?
-- o que? Está louco? Não vou ficar de braços cruzados.
-- Anny é você que eles querem, não vão fazer nada comigo e nem com a Lara.
-- mais...
-- mais nada, ou é isso ou nada.
-- tudo bem, mais não demore qualquer coisa me liga.
Ele colocou seu casaco e saiu eu fiquei vendo o carro sumir naquela escuridão era terrível simplesmente não poder fazer nada, minha melhor amiga estava em perigo e agora meu namorado estava indo até lá tudo isso por minha culpa só minha...
Fiquei sentada no sofá com o celular na mão esperando noticias.
-- BUUM!!
O que foi isto? O barulho vinha do meu quarto eu estava assustada lembrei daquele cara que entrou pela janela não sabia se eu ia ver o que era ou apenas deixava para lá, então continuei parada no mesmo lugar e ouvi o barulho de novo mas dessa vez bem mais alto, dei um pulo meu coração acelerou e eu comecei a suar frio.
Um passo de cada vez, fui subindo as escadas lentamente minhas mãos estavam molhadas, minhas pernas bambas fui subindo até chegar ao ultimo degrau andei em direção ao meu quarto a porta estava aberta e eu entrei não havia nada só as cortinas da janela balançando fui até lá e fechei a janela e quando me virei.
-- Olá garota!
Aquele sorriso malicioso, aquele homem eu estava em pânico não conseguia gritar não conseguia me mover e então não fiz absolutamente nada, ele se aproximou meu coração já estava saltando para fora.
-- onde está seu namoradinho dessa vez?
Meus olhos começaram a lacrimejar e fiquei lembrando das coisas que o Bernardo disse “ é você que eles querem”...” não seja boba é uma armadilha”, era uma armadilha e nós caímos talvez Lara nem estava em perigo e agora não importava mais.
-- O que você quer?
Finalmente consegui falar.
-- Venha comigo tem alguém que quer te ver.
Ele se moveu tão rápido até mim, que eu não conseguir nem dizer nada quando eu reparei já estava desmaiando.
**
Meus olhos ardem, eu os abro lentamente não consigo ver muito e espera... estou amarrada ... em uma cadeira. Dois homens de preto se aproxima.
-- então você é a garota?
-- que garota?
Ele olhou para o outro cara sem paciência.
-- que sabe do segredo, então seja boazinha e nos diga onde está?
-- onde está o que?
Eu realmente não sabia do que eles estavam falando, que segredo? O que eles querem? Eu já estava ficando cheia de tantos mistérios.
-- não me irrite garota, fale logo onde está?
-- não sei do que você está falando...onde está o que?
Ele veio rapidamente até mim igual o outro cara no meu quarto que estava logo atrás dele sorrindo, aquele sorriso me dava arrepios.
-- o.k vou falar só mais uma vez, onde é que está a chave?
Agora ele endoido de vez, caramba que chave? Eu não estou entendendo mais eu vi que ele estava sem paciência comigo e se eu não desse o que ele queria sua raiva poderia me matar, mais essa é a parte ruim, eu não faço a minima idéia do que dizer eu não sei do que ele estava falando e eu estava com medo.
-- estou falando sério não sei do que você está falando.
Ele gritou.
-- HEMERT!! VOCÊ DISSE QUE ESSA ERA A GAROTA.
O cara que estava atrás dele, que foi o que me capturou e que pelo jeito se chamava Hemert ficou assutado e deu um passo a frente.
-- tenho certeza que é ela senhor.
-- então porque ela não sabe do que estamos falando?
-- ela está mentindo só pode.
-- Não estou mentindo!! não sei do que vocês estão falando.
-- essa não é a garota seu idiota.
-- tem que ser ela.
-- não está vendo? Ela não faz a minima idéia do que estamos falando você me trouxe a garota errada.
Não fazia a minima idéia mesmo, mais eu estava com medo da fúria daquele cara parecia que ele ia matar o tal do Hemert.
Enfim eu olhei para trás e vi o lugar que eu estava, era uma casa enorme e eu estava amarrada em uma cadeira no topo da escadaria em baixo havia uma grande janela de vidro que dava para ver o outro lado, havia uma sala abandonada.
-- você é um tremendo de um idiota!!
Olhei rapidamente para os dois e então o cara segurou Hemert pelo pescoço e o levantou, agora eu estava apavorada.
-- Não senhor por favor me dê outra chance.
-- Há dezesseis anos estamos atrás dessa garota e você não a encontra.
-- eu a achei, é ela, procurei por pistas e então achei os pais dela e eu os matei para eles sairem do caminho.
O que? Ele matou meus pais... eu fiquei com muita raiva e desejei que o tal “senhor” o matasse e ele o fez.
-- você é um idiota Hemert.
Ele simplesmente apertou com tanta força o pescoço dele que quebrou e o cara caiu morto no chão e então ele me olhou.
-- e quanto a você...
eu estava com medo do que ele ia dizer.
-- bom, você não me serve de nada.
Com uma pancada na cadeira eu voei longe rolando pela escada rapidamente e batendo contra a grande janela de vidro a fazendo quebrar.
A Cadeira havia quebrado e eu me soltei, olhei para cima e ele havia sumido então veio a dor minhas mão estavam sangrando, minha perna havia enfiado cacos de vidro nela e também sangrava meu braço esquerdo acho que o quebrei na hora que bati com força contra a janela de vidro, mais havia um grande pedaço de vidro enfiado do lado direito da minha barriga perto do quadril eu olhei apavorada e vi o sangue sair tentei tirar com calma mais doía demais, lá estava eu toda machucada, sangrando deitada no chão de um lugar que eu nem sabia onde era.
Phanton Of The Opera começou a tocar... espera era meu celular e estava caído a um metro de distância de onde eu estava, não sei como não quebrou então me arrastei até ele e atendi.
-- Oi.. - minha voz parecia mais como um gemido de dor.
-- onde você está ??
-- B-bernardo... eu, não sei.
-- como não sabe?
-- a Lara está bem?
Não era hora disso, mais eu estava preocupada com ela.
-- Cheguei lá e não havia nada, fui até a casa do Gustavo e ela estava lá com ele.
-- que bom.
-- onde você está?
-- Bê eu acho que estou morrendo...
-- o que?
-- ta ficando tudo escuro, e estou perdendo muito sangue, por favor me ajude.
-- Meu Deus Anny, onde você está ? O que aconteceu?
-- não sei onde estou, mais por favor me encontre uns caras me pegaram.
-- calma calma, vou te rastrear pelo celular mais por favor não feche os olhos.
Parecia tão simples apenas não fechar os olhos, mais naquele momento era quase impossível.
-- eu não sinto mais dor, ta tudo ficando escuro.
-- por favor aguente, já estou te achando... espera eu sei onde você está, estou indo para ai, aguente firme.
-- me ajuda.
O celular caiu da minha mão, eu estava sem força e a ultima coisa que eu escutei antes de fechar os olhos foi Bernardo no telefone.
-- estou chegando, aguente Anny por favor.
***
Abri os olhos, estava tudo embaçado mais aos poucos foi melhorando então senti meu corpo formigar. Olhei em volta eu estava em um quarto branco que parecia um... hospital, ao meu lado havia uma cadeira marrom, pisquei duas vezes eu vi Bernardo entrando pela porta.
-- como esta se sentindo?
-- não sinto meu corpo.
-- normal é por causa da anestesia.
Passei minha mão enfaixada até minha barriga onde eu havia cortado e estava com curativo e enfaixada também, ao tocar doeu.
-- que alivio ver você bem.
Ele puxou a cadeira marrom mais para perto sentou-se e pegou cuidadosamente minha mão que estava enfaixada, na verdade as duas estava.
-- sinto muito por isso Bê.
-- hei, a culpa não é sua amor.
-- o cara matou o tal de Hemert.
-- Hemert?
Perguntou ele assustado.
-- sim, é aquele mesmo cara que entrou no meu quarto aquela vez.
-- ah sim, e que cara que matou ele?
-- um cara mais velho de cabelos castanhos e com o olhas extremamente assustador.
-- eles falaram o nome dele?
-- não, mais o Hemert o chamava de “ senhor”.
Ele soltou imediatamente minha mão e olhou assustado para mim.
-- você tem certeza?
-- tenho, Bernardo por que essa cara o que isso significa.
Tarde demais ele se levantou e saiu fechando a porta do quarto, aquele olhar de Bernardo me deixou nervosa o que fazia meu corpo doer ainda mais, parecia que o efeito da anestesia estava passando e eu voltava a sentir dores.
Lara entrou pela porta sorridente com uma caixinha de bombons.
-- ai que bom que você está bem amiga.
Eu a olhei pensando, será que ela sabe?
-- claro que quando eu liguei perguntando de você e o Bernardo atendeu levei um susto por saber que ele estava vivo, caramba como você é desastrada Anny, você foi atrás do Bernardo na casa de campo e caiu da escada batendo na mesinha de vidro que tinha lá, meu Deus só você para fazer isso.
Eu demorei um pouco para entender tudo, Bernardo havia inventado uma historia para explicar isso.
-- pois é...
-- ah propósito trouxe bombons.
-- Obrigada.
-- imagina, mais me conta como você descobriu que o Bernardo não tinha morrido, sabe no acidente da casa.
Me senti mal por lembrar que eu causei tudo aquilo.
-- Bom, ele não contou?
-- contou... tipo que você brigaram e o fogo da lareira pegou no galho seco que tinha la e tudo começou a pegar fogo e daí vocês não se viram mais e você achou que ele tinha morrido, mais daí ele reapareceu ontem e você ficou brava por ele não ter aparecido logo de cara e saiu brava e caiu da escada e enfim está aqui.
Uau Bernardo tem uma boa criatividade.
-- pois é ele contou tudo já.
-- eu sei, mais e os detalhes... você sabe.
-- ai Lara eu estou um pouco cansada a anestesia me dá sono.
-- claro, desculpa amiga.
Eu apenas sorri.
Samantha e Gustavo entraram no quarto.
-- Hei sua maluca, como está se sentindo?
-- não definido.
Nós rimos.
Gustavo chamou Lara para sair e ela foi.
-- Bernardo me contou tudo.
-- pois é complicado a briga e tudo mais.
-- não Anny, sobre os Fúrias.
-- Fúrias? Do que você está falando?
-- hei não precisa disfarçar, eu sei da verdade toda que os Fúrias estão atrás de você.
-- porque Fúrias?
-- é o nome do clube do mal.
-- clube?
-- é tipo assim, nós os chamamos de Fúrias os caras que são do lado do Genaro Francisquini
-- quem é Genaro?
-- caramba o Bernardo não te explicou nada?
-- não.
Eu estava confusa, muito confusa.
-- bom, então e melhor ele explicar.
-- então quer dizer que você sabe do segredo dele.
-- que ele é um bruxo ? Ah não Feiticeiro os chamamos assim.
-- então quer dizer que você não é uma..
-- Feiticeira? Não não, sou apenas imortal.
-- imortal?
-- ai meu Deus você não sabe de nada mesmo, vou explicar.
-- acho melhor.
Ela sorriu.
-- é assim, eu tenho setenta e três anos...
-- queeee??
ela caiu na risada.
-- é, é estranho eu sei, mais continuando... quando eu tinha exatamente dezoito anos estava numa festa muito doida, e meus pais me ligaram e eu não queria ir embora mais eles foram me buscar e eu tive que ir a força então fiquei brigando no carro até meu pai perder o controle e bater, capotou e eles morreram mais quando eu estava atravessando para o mundo dos mortos Bernardo me trouxe de volta e me deu um líquido vermelho que me deu a imortalidade...
-- pera ai então é só tomar e você vira imortal?
-- logico que não, isso só funciona quando você estiver na fronteira do mundo dos mortos tipo entre os mortos e os vivos e se você tomar ganha imortalidade.
-- e como você voltou?
-- Bernardo me trouxe de volta.
-- como, ele também estava morrendo?
-- Não, ele tem o dom de ir até o mundo dos mortos, recebeu isso de presente do seu irmão.
-- meu irmão?
-- acho melhor o Bernardo te contar essa parte, mais antes você precisa sair do hospital.
-- pera aí eu tenho um irmão?
-- sim, mais o Bernardo vai te contar toda a história.
Ela saiu do quarto, e eu estava totalmente feliz por descobrir que eu tinha um irmão, eu tinha uma família, mais eu estava com dor na cabeça de tanta informação quer dizer tem Fúrias atrás de mim, Samantha é uma imortal, e meu namorado é um feiticeiro e tem o dom de visitar do mundo dos mortos e eu tenho um irmão, mais se Bernardo tem o dom de ir até, será que tem como ele me levar? Para ver meus pais...

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