sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Capitulo 10

Abro a porta lá estavam eles sentados rindo e conversando, Lara me vê e se levanta.
-- Hei, Anny já voltaram porque?
-- A- aconteceu um acide-ente.
Eu estava esgotada, os bombeiros fizeram muitas perguntas e eu menti, disse que estava sozinha na casa.
-- o que aconteceu ?
Eu fui caindo, e ela correu e me segurou.
-- Meu Deus Anny, você está péssima, o que houve?
-- Eu vou tomar um banho, depois a gente conversa.
Subi as escadas devagar e Samantha pergunta:
-- onde está o Bernardo?
Eu parei, respirei fundo e optei por não responder apenas continuei subindo, me sentia mal por estar na casa dele afinal tecnicamente eu o matei me deu um aperto no coração de imaginar que eu era uma assassina e eu matei aquele que eu estava apaixonada, mais que me escondeu grandes segredos e provavelmente era o culpado pela morte de meus pais... ou talvez não,e se eu tivesse feito tudo isso atoa? Eu não conseguia ligar mais as coisas, eu estava confusa.
Entrei no chuveiro e sentindo a água escorrer sobre mim, eu me sentia forte novamente não estava esgotada minha força estava de volta, seja lá o que eu for nem toda força do mundo apagaria a tristeza de dentro de mim, eu perdi meus pais, meu namorado, e não queria perder mais ninguém.
*
Desci as escadas e todos estavam esperando por uma explicação.
-- hei, Anny onde está o Bernardo?
Me sentei.
-- aconteceu um acidente...
Lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos.
-- o que houve? - perguntou Samantha aflita.
-- fomos para a casa de campo, e sentamos na frente da lareira e... não sei como pegou fogo eu um galho seco que estava para fora e começo a pegar fogo muito rápido e ele falou para eu correr, eu corri o mais rápido que pude por causa da fumaça e então sentei no gramado lá de fora esperando ele sair, mais a casa desmoronou e ele não saiu.
Me deu um aperto no coração por estar mentindo, e mais ainda porque tecnicamente eu causei isso, o fogo, e então logo a morte de Bernardo, bom para falar a verdade eu não tinha certeza se ele estava morto, mais é o que tudo indica.
-- pera aí, mais você tem certeza que ele morreu?
Abaixei a cabeça.
-- eu não sei, ele não saiu e a casa desmoronou, não sei se tinha outra saída.
-- mais ele não pode... meu você não chamou bombeiro?
-- eu estava desesperada ok ? E fraca porque inalei muita fumaça.
-- não pode ser possível isso, temos que achá-lo.
Senti uma forte dor na nuca, começou aquela dor outra vez ardia como se tivesse pegando fogo.
-- AI AI AIIIII.
Coloquei a mão na nuca e senti minha cicatriz como se estivesse em alto relevo e estava muito quente. Gustavo se aproximou.
-- calma, vou buscar um remédio para dor passar.
-- vai looogo está ardendo.
Ele correu até sua salinha de médico e voltou com alguns comprimidos, eu os engoli de uma vez, me dava agonia aquela dor.
Aos poucos a dor foi melhorando, então percebi que não queria mais ficar ali, quer dizer morar na casa de Bernardo sem ele? Não. Eu já estava melhor e precisava ir para casa.
Me levantei e fui até meu quarto, arrumei minhas coisas e desci as escadas.
-- onde está indo. - disse Gustavo.
-- para casa.
-- como assim?
-- não faz mais sentido eu morar aqui, e outra minha casa está sozinha vou voltar para lá.
-- você não precisa ir...
-- mais eu quero.
Me aproximei dele.
-- muito obrigada por tudo de verdade.
-- imagina, você será sempre bem-vinda, ah e leve uns comprimidos daqueles se por acaso a dor voltar.
-- Obrigada.
Segurei o saquinho de comprimidos e os coloquei na bolsa.
-- hei, vai mesmo então?
-- pois é S, vou sim.
-- se cuida menina, qualquer coisa é só chamar.
-- pode deixa, você também.
Eu estava saindo pela porte quando Gustavo grita:
-- espera aí mocinha, vai andando por acaso?
Eu sorri.
Gustavo me levou até em casa, foi realmente estranho voltar para casa depois tudo.
-- você vai ficar bem ?
--sim.
Ele saiu com o carro, e eu usei minhas antigas chaves as fechaduras eram as mesmas, os antigos moradores se mudaram e o seguro pagou eles pelo fato da morte do meus pais.
Subi as escadas e entrei no meu quarto ele estava exatamente do mesmo jeito que eu deixei eles não mudaram nada.
Deitei em minha cama e fiquei olhando para o teto pensando em tudo o que aconteceu recentemente, eu estava cansada, muito cansada para pensar em tudo, então eu apenas fexei os olhos.
-- Anny eu vou estar sempre com você...
Espera essa voz, é do...
-- não pense nada, só me escute.
Fiquei com os olhos fechados esperando o que ele tinha a me dizer.
-- sei que o quanto é complicado para você, mas você pensou errado de mim não sou culpado por nada o que houve com você eu só quero protegê-la, me apaixonei por você e não posso simplesmente deixá-la.
Meu coração acelerou metade de mim estava feliz por ele não ter morrido, e por estar comigo.. mais por outro lado eu não conseguia confiar nele completamente então eu abri os olhos e dei um pulo da cama.
-- quem é você ???
Um cara alto com olhos pretos e roupa preta foi se aproximando e eu fui me afastando na minha cama.
-- quem é você?
Ele deu um sorriso malicioso e continuou se aproximando, meu coração disparou eu estava com medo, muito medo, e estava sozinha com aquele cara que eu não conhecia.
-- então...
não tinha para onde eu correr, ele tinha uma aparência de uns trinta anos, estava todo de preto e soava malicioso.
-- então o que ? Como você entrou aqui?
Ele apontou a janela.
-- mais como?
Era impossível eu estava no segundo andar só se ele voasse?
Ele sorriu mais uma vez e ele... levitou? Como se ele voasse, flutuasse.
-- o que você quer comigo?
Ele apontou para meu colar. Eu olhei com medo e o segurei, ele não poderia, porque? Entrei em desespero e me levantei e sai correndo, mais ele me segurou muito forte eu gritei.
-- ME SOLTA ME SOLTAA.
Ele não me largava e me viro e na hora que ele ia arrancar meu colar alguém o empurrou, eu corri ate a porta e vi que era o ... Bernardo, não tive reação não conseguia correr fiquei ali parada vendo ele lutar com o cara eu nunca fiquei tão feliz em vê-lo igual agora.
O cara olhou bem para ele e ia se aproximar para golpeá-lo quando Bernardo fechou as mãos fazendo uma posição como se ele fosse fazer um cumprimento japonês mais então ele foi abrindo lentamente e havia uma bola de água e ela foi ficando maior e maior até que ele a empurrou em cima do cara que voou para fora da janela, eu corri até a janela e ele havia desaparecido e então olhei para Bernardo.
-- como isso?
Ele correu e me abraço eu retribui o abraço.
-- você está bem?
-- sim, quer dizer meu Deus o que foi isso??
-- sente-se por favor.
Eu me sentei e ele se sentou a minha frente.
-- eu sou um feiticeiro.
-- o que? Como assim, essas coisas não existem Bernardo.
-- Anny por favor, como você acha que eu fiz aquilo?
-- sei lá algum truque.
-- não seja ignorante.
-- agora você está me insultando.
-- só me escute ok?
Eu fiz que sim com a cabeça.
-- Eu não sou a pessoa má que seus pais se referiam, na verdade sou seu protetor.
-- pera aí protetor?
-- Anny por favor...
-- desculpe.
-- então, na verdade esse cara era uma das pessoas más que estão atrás de você e muitos outros virão... e eu preciso estar com você.
-- ele queria meu colar, porque?
-- porque seu colar é poderoso Anny, você não faz idéia do quanto.
-- mais ele é a única coisa que eu tenho dos meus pais biológicos.
-- exatamente, olha você tem muito o que saber ok? Mais não agora e nem hoje.
-- não, pera aí você precisa me contar...
-- você vai saber ... logo, mais hoje é melhor você descansar.
Ah ok, ele fala como se eu conseguisse dormir depois de minha casa ser invadida por um cara que voa, e depois eu descobrir que meu namorado\ protetor\ não sei ao certo é um feiticeiro, ah por favor parece piada.
-- não quero descansar, quero saber a verdade.
-- tenha uma pouco mais de paciência, agora você tem que manter em segredo que eu sobrevivi.
Ops, havia me esquecido do pequeno detalhe que eu tentei matá-lo.
-- me desculpe por aquilo...
-- está tudo bem.
-- hei, como eu consegui fazer aquilo? Quer dizer o fogo... tipo sempre acontece coisas estranhas comigo mais não daquele jeito , aquilo foi ... assustador.
Ele sorriu.
-- você tem um dom.
-- dom? Qual é fazer coisas pegar fogo é dom?
-- acredite, é .
-- me promete que vai manter em segredo que eu sobrevivi? E tudo o que aconteceu e tudo o que você sabe?
-- como se eu soubesse muito, mais Bê.. teu irmão a Samantha estão preocupados com você.
-- fique tranquila, no fundo eles sabem que eu não morri.
-- pera aí eles também sabem que você é um... feiticeiro?
Ele sorriu e fez que sim com a cabeça.
-- traidores, eu me senti culpada.
-- eu sei, e tem outra coisa...
-- o que?
-- não me afaste de você novamente.
-- já entendi você é meu “protetor”.
Isso soou irônico, e ele sorriu.
-- sim sou, mais ainda sou seu namorado?
Eu me senti feliz por ele não ser o culpado de tudo e eu confiava nele, não tinha o porque dele não ser, então eu o beijei.
-- isso responde sua pergunta?
Ele me beijou novamente e me deitou na cama, começamos a nos beijar e tudo começou a ficar quente, ele me apertava e eu também, eu não queria parar, e pelo jeito nem ele, não sei o que meu deu que eu apenas subi a camiseta dela e a tirei, ele fez o mesmo comigo e ele começou a beijar meu pescoço e então começou a tocar...
-- Phantom Of The Opera?
Me afastei e sorri.
-- ah não preciso atender.
E fui em direção para beijá-lo.
-- pode ser importante.
Peguei meu celular.
-- Oi.
-- hei te acordei?
-- Lara.. ah não eu estava ... lendo.
Bernardo riu e eu me segurei para não rir também.
-- ah sim, só queria saber como você está?
-- bem, muito bem.
-- fiquei preocupada, você não me disse nada que ia voltar para casa... quer que eu vá dormir ai com você?
-- Oh, não... obrigada amiga mais estou cansada e já já vou dormir, mais obrigada de verdade.
-- imagina, bom então até amanhã , vai para escola não é ? faz dias que você não vai por causas dos acontecimentos...
-- sim sim, vou sim a escola, bom está tarde amiga, vou deitar Boa noite.
-- boa noite até amanhã.
Eu me sentia péssima por estar mentindo para Lara, mais não podia simplesmente contar toda a verdade ela não entenderia.
-- serio mesmo que seu toque e Phantom Of The Opera?
-- ah qual é, eu amo essa música.
-- sim, mais seu toque não era esse...
-- eu mudei ok? E vamos mesmo fazer um debate sobre o toque do meu celular?
-- definitivamente não.
Nós dois demos risada.
-- é como você disse está tarde...
-- você não tem que ir embora não é?
-- não, quer dizer só se você quiser...
-- não não, de jeito nenhum, você pode morar aqui comigo, sabe... já que ninguém pode saber que você está vivo.
-- hum, tentador...o.k já que você insiste.
-- palhaço.
Dei um tapinha nele e dei risada, ele me fazia bem outra vez eu estava feliz por ele estar lá.
-- bom, amanhã você tem aula...
-- ai nem me lembre que droga.
-- faz parte.
Eu parei e percebi que ele estava sem camisa e eu sem blusa por um momento me senti envergonhada mais depois pensei bem e... era normal não era? Pelo menos era a coisa mais normal que me aconteceu essa noite, eu ainda pensava um pouco sobre as coisas que ele disse e... o cara sinistro que apareceu, mais me sentia protegida por ele.
Ele se deitou e me puxou para me deitar com ele, eu o abracei me senti confortável ali com ele.
-- Boa noite Anny.
-- Boa noite Bê.
***
Segunda-feira 6:45 am.
Aquele som, o terrível e irritante som do meu despertador olhei para o lado e... onde está Bernardo? Ah ok, ele já sumiu.
Me levantei, tomei banho e me troquei desci as escadas e lá estava ele sentado na mesa cheia de comida.
-- da onde veio tudo isso?
-- eu que fiz?
-- fez café para mim?
-- não seja convencida, fiz para nós.
Eu sorri e me juntei a ele.
-- então dormiu bem?
-- perfeitamente bem, e você?
-- idem.
Escuto uma buzina, olho rapidamente para Bernardo.
-- é o Gustavo.
-- o que? Mais porque?
-- vai logo, antes que ele entre.
Levantei correndo peguei minha bolsa e dei um beijo nele.
-- boa aula.
-- obrigada.
Sai e tranquei a porta.
-- Bom dia garota.
-- bom dia para vocês.
-- entre amiga.
-- uau, Lara você dormiu na casa dele ou ele passou para te pegar?
-- dormi lá.
Eu fiz cara de maliciosa.
-- ah pode para, nós dormimos ok?
-- não estou dizendo nada, você que está se entregando.
-- engraçadinha.
Gustavo estacionou na frente do colégio Lara o beijou e saiu do carro e eu sai junto com ela, nós duas estava sorridente e de bom humor.
-- senti sua falta lá na casa do Gustavo.
-- sei. Duvido que o Gustavo te deu tempo para você sentir minha falta.
-- hoje você está bem engraçadinha em.
-- OPS. Foi mal.
Entramos na sala de aula sorrindo atoa.
-- uau, que felicidade a de vocês em, pelo jeito a noite foi boa.
-- ah Lola, a da Lara foi, a minha foi normal.
-- o que você fez Lara?
-- qual é gente, não fiz nada.
-- duvido.
-- eu também.
-- tá tá, vocês venceram...
-- vencemos?
-- é então... aconteceu.
-- AAA SERIO ? CONTA CONTA.
-- fale baixo Lola, pois é aconteceu e tipo foi muito bom.
-- to chocada com você Lara.
-- porque Anny?
-- ah não, você foi primeiro que eu, não acredito.
-- sua boba.
Eu dei risada.
-- Meninas, pelo jeito o papo está bom mais pode ir se separando e prestar atenção na aula.
-- estava bom demais para ser verdade.
-- tinha que ter esse chato do professor de Física.
-- estraga prazeres.
Fomos cada uma para uma carteira e eu olhei para Lara e disse baixinho.
-- Depois você me conta tudo.
-- pode deixa.
Senti meu celular vibrar dentro da bolsa, o peguei escondido era mensagem de texto.
Voltarei só a noite.”
B.R
Eu sorri, e respondi.
Provavelmente irei para casa da Lara
ela tem coisinhas para me contar. “
logo chegou outra.
coisinhas é? Já sei coisa de garotas”
Discretamente olhei para o professor e ele estava concentrado em explicar as leis de newton e continuei nas mensagens.
tecnicamente não, precisa de um Homem junto.''
logo chegou outra.
estamos falando de nós ou da Lara?”
-
da Lara e do meu cunhadinho”
-
Gustavo?”
-
tenho outro?”
-
uau, esses dois em “
-
para você ver”
-
hei, vou resolver umas coisas e daí qualquer coisa você me manda mensagem aqui nesse número.. e não se esqueça segredo em... a propósito te amo.”
Ai que fofo, eu estava parecendo uma boba olhando para a tela do meu celular, e então Lara me cutuca.
-- você está bem?
Fechei meu celular imediatamente e o coloquei na bolsa.
-- sim porque não estaria?
-- sei la você fica rindo atoa.
-- logico que não , para de ser boba.
Virei para frente peguei meu celular e mandei outra.
te vejo de noite, pode deixa segredo absoluto e a proposito também te amo.”
Depois do colégio fui para casa da Lara, ela me conto como foi a primeira vez dela com o Gustavo e ficamos lá rindo, comendo besteiras como antes, quando começou a escurecer fui para casa não podia ficar até tarde, era perigoso.
-- Cheguei!!
Entrei e nem sinal dele, subi as escadas e fui ate o quarto e nada...talvez ele ainda não chegou, mais ele não podia demorar quer dizer eu não podia ficar sozinha em casa, fui tomei banho e deitei na cama e peguei um livro para ler mais toda hora ficava olhando pela janela,escutei um barulho... fiquei olhando atenta para ver se era o Bernardo, os passos foi aumentando subindo as escadas, meu coração já estava acelerado o trinco da porta girou e...
-- demorei?
-- ah graças a Deus, achei que fosse...
-- desculpa ter demorado.
-- você me assustou.
Meu telefone tocou.
-- oi.
-- você tem duas horas para vir até o prédio abandonado vermelho e resgatar sua amiguinha.
-- que? Quem é?
-- Anny, por favor me ajuda...
Era a Lara e ela estava chorando, e alguém a pegou.
-- Lara fica calma.
Desligaram o telefone, eu entrei em desespero.
-- Bernardo raptaram a Lara.

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