sábado, 26 de março de 2011

Capitulo 18

Amanhã pela manhã nós iremos para Itália , eu tinha pouco tempo para arrumar minhas malas, fiquei um pouco nervosa, Genaro não havia morrido ele estava lá esperando a Herdeira voltar e lutar, eu não podia apenas fingir que não estava acontecendo ele estava lá comandando um reino que não é dele, é meu.
-- Querida já arrumou tudo?
-- quase.
-- depois que você terminar precisa ir até o quarto da sua tia e sabe o que fazer.
-- pode deixa.
-- precisa de ajuda?
-- só pega aqueles sapatos ali.
Ele parou e cruzou os braços na minha frente.
-- o que foi?
-- Anny, para que todos esses sapatos de salto e essas botas.
-- ah qual é, eu estou indo para Itália não posso ir de qual quer jeito.
Ele riu.
-- to falando serio.
-- Minha linda, você não precisa de nada disso.
Eu o beijei.
-- o que é isto Anny??
Minha tia gritou, olhando indignada para nós dois.
-- calma tia, ele é meu namorado.
-- e o que o seu namorado faz no seu quarto uma hora dessas? E que malas são essas?
Bom acho que chegou a hora.
-- Tia presta atenção.
Entrei em sua mente.
-- Eu estou indo para um intercambio que a senhora mesmo autorizou.
-- eu autorizei.
-- isso, autorizou e eu só vou voltar quando eu quiser, ok?
-- quando você quiser querida.
-- e agora vá dormir.
-- estou indo.
Ela se virou e foi, como se tivesse paralisada, e eu nem precisei fazer muito, eu já conseguia notar a diferença.
Peguei minhas malas e com a ajuda de Bernardo levamos até o carro.
-- hei tem um pequeno detalhe.
-- o que?
-- como vamos chegar até lá, eu não tenho passaporte nem nada.
-- relaxa já cuidei disso para você.
-- hum, menino esperto.
Voltamos para a casa dele, e fomos dormir o resto da madrugada que nos restava, nós até que tentamos mais não por muito tempo, aos poucos começamos a nos aproximar mais e mais, e quando vimos já tava tudo quente.
***
Pela manhã fomos até o aeroporto e embarcamos eu dormi a viajem inteira praticamente, desembarcamos no aeroporto de Roma e de lá seguimos até Florença, era tudo tão lindo, mais eu precisava focar no que eu vim fazer aqui.
Fomos até o pequeno vilarejo do fogo e de longe dava para ver o castelo, era enorme e lindo confesso que parecia mal assombrado, mais mesmo assim era lindo.
Bernardo segurou minha mão.
-- fique tranquilo Bê, vai dar tudo certo.
Ele sorriu.
-- eu sei.
Paramos em frente a uma casa sinistra, pintada de preto por fora com as portas de madeira roxas o lugar era bem assustador, descemos do carro e Bernardo bateu na porta, e com apenas três toques a porta abriu sozinha e Bernardo foi entrando, eu fiquei meio assustada , mas ele pegou em minha mão e foi me puxando para dentro a porta se fechou atrás de nós, ele foi me puxando por um corredor largo e escuro, de fora parecia que a casa era tão pequena, mais por dentro parecia uma mansão, só havia luz das velas na parede, continuamos andando até uma porta negra e sem ao menos toca-la ela se abriu, nós entramos, e ela se fechou.
-- que lugar é esse Bernardo?
-- a casa de Mayon.
-- que raios é Mayon?
-- Xii, fale baixo.
-- não me mande ficar quieta.
-- Anny para.
Escutei passos, e a luz se acendeu deixando tudo claro, aquela sala parecia uma biblioteca antiga, mais era linda, tirando a parte sombria da coisa.
-- Ora , ora, vejamos o que temos aqui.
Uma voz surgiu do nada.
-- quem disse isso ? – perguntei dando um passo para trás.
Um senhor com uma túnica roxa veio em nossa direção, ele tinha cabelos compridos branco, uma barba branca e aparentava ter uns setenta e poucos anos.
-- eu disse.
-- e quem é o senhor?
-- Mayon.
-- Bernardo, quem é essa garotinha?
-- garotinha? Ah pera ai, eu não to entendendo mais nada.
-- Anny por favor quieta... Mayon essa é...
-- a Herdeira.
-- sim.
-- emfim ela voltou para assumir seu trono.
-- é eu vim, e o que estamos fazendo aqui?
-- nós vamos ficar aqui.
-- vamos?
-- sim Anny, ou você acha que vai chegar no castelo, colocar suas coisas lá e fica esperando alguém vir.
-- não pensei isso, mais porque aqui?
-- porque este lugar é protegido contra os Fúrias. - Mayon disse alterando a voz.
-- entendi.
-- mais venha querida, deixa eu dar uma olhada em você.
Dei um passo para frente, ficando frente a frente com ele, ele pegou minha mão e fechou os olhos.
-- você vai ter que fazer uma escolha muito importante.
-- do que você está falando?
-- em breve saberá, mais venha vou mostrar o quarto do casal.
Nós o seguimos até um quarto enorme, com uma cama de casal enorme, era super bonito parecia um quarto de hotel daqueles bem chiques, fomos até o carro pegamos nossas coisas, pena que Vinicius não podia ficar com a gente, pois ninguém sabia que ele estava vivo, havia duas garrafinhas de Amrita em cima da comoda e eu já tomei tudo.
A noite logo chegou e o frio também, a noite Florença era fria, fria como a morte. Eu não consegui dormir, queria resolver tudo isso logo, eu olhava pela janela do quarto que dava de frente para o castelo, minha vontade era ir lá e matar Gennaro e todos os seus seguidores.
-- o que você tanto olha? - perguntou Bernardo falando baixinho em meu ouvido, me fazendo arrepiar.
-- o castelo.
Me virei, ele pressionou o corpo dele contra o meu até não ter para onde eu fugir, e eu nem queria.
Ele me beijou, ardentemente e eu correspondi, eu pressionava mais ainda nossos corpos para que sentíssemos cada parte do corpo um do outro, ele foi me alizando com suas mãos, até chegar na minha coxa apertando-a, eu brinquei.
-- pega direito.
Olhei maliciosa.
E ele apertou com vontade, me fazendo o querer mais ainda.
Eu brincava com as minhas mãos no corpo dele também, mais eu queria mais, tirei sua camiseta e deslizei minhas mãos pelo seu abdome definido, e continuei descendo minhas mãos até o botão de sua calça, ele beijava tão perfeitamente bem, que me fazia perder o folego, mais eu não queria parar não dessa vez.
Ele levantou e tirou minha blusa e beijou meu pescoço e depois mordeu.
-- virou vampiro agora?
Ele riu, maliciosamente.
-- talvez eu já seja.
Ele me pegou no colo, me encaixando nele, e me levou até a cama, minha nuca começou a arder.
-- ai.
-- o que?
-- ai ai aiii, minha nuca.
-- o que que tem?
-- ai eu não sei, ta doendo, demais.
-- deixa eu ver.
Me virei.
-- meu ta vermelho para caramba, parece que tem sangue na sua cicatriz.
-- que droga, porque isso agora?
-- ele sabe que você está aqui.
-- ele quem?
-- Gennaro.
-- como é possível?
-- ele está a sua espera, e assim que você chegou ele sentiu sua presença.
Eu arrepiei.
-- estou cansada dele.
Me levantei da cama e fui até a janela.
-- Anny calma.
-- não meu, esse cara inferniza minha vida mesmo antes de eu nascer, ele matou meus pais biológicos e os meus adotivos, meu irmão teve que se fingir de morto por causa dele, está na hora dele pagar por tudo.
Peguei minha blusa em cima da cama, vesti um casaco, coloquei um coturno preto e fui em direção a janela.
-- o que você pensa que vai fazer?
-- descobri outro dom meu.
-- qual?
-- o de matar.
-- oloco você está bem sanguinária em.
-- não é para menos, mais o dom que eu estou me referindo é que eu posso camuflar minha presença.
-- Anny você não está pensando em ir ao....
-- castelo? Mais é claro.
-- não meu, você não pode.
-- uma hora eu ia precisar fazer isso.
Ele segurou meu braço.
-- você é louca?
-- você não sabia?
Pulei a janela.
-- o.k eu vou com você.
-- Não se atreva Bernardo, isso é uma luta minha, você fica aqui.
-- ah é, e a parte que eu sou seu protetor?
-- ta ta, você que sabe.
Ele pegou uma blusa de frio, colocou o coturno preto e pulou a janela.
Nós colocamos o capuz e andamos em direção ao castelo, na portaria havia uma porta de vidro bem fininha, eu não resisti e chutei e ela se quebrou em mil pedacinhos.
-- Anny o que você pensa que está fazendo?
-- esse castelo é meu e eu faço o que bem entender.
-- e a parte de camuflar você?
Sorri ironicamente.
-- eu quero que ele saiba que eu voltei para assumir o que é meu.
-- meu, é perigoso.
-- cansei de fugir entendeu? CANSEI.
Chutei a porta de madeira, e fui em direção as escadas.
-- para Anny, por favor, ele vai te matar.
-- ou não.
Dei o primeiro passo na escada e lá no topo apareceu um homem, alto forte com aparência de uns quarenta anos, ele foi descendo lentamente as escadas.
-- e o que temos aqui.
Eu tirei o capuz.
-- uma garotinha bem corajosa, o que te traz aqui uma horas dessas?
-- vai dizer que não sabe quem eu sou?
-- não.
-- o.k então quer dizer que você não é tão bom assim, hum e acho que temos um grande problema aqui.
-- é e qual é?
-- você está no lugar errado.
-- e porque mocinha?
-- porque este castelo é MEU.
-- vejamos se não é a tão famosa Herdeira, é você é tão petulante feito sua mãe.
-- é a Herdeira que veio pegar de volta o que é meu.
-- pois bem, você quer? Vai ter que lutar por isso.
-- sem problemas.
-- mais isso é entre eu e você, então seu namoradinho já pode se retirar.
-- eu quero que ele fique.
-- você não tem que querer nada.
Gennaro ergueu suas mãos e Bernardo foi se erguendo junto com elas, ele o lançou na parede e antes que ele caisse eu o peguei no ar e o coloquei no chão.
Olhei enfurecida para Gennaro e e mandei uma ventania tão forte nele que fez ele voar e cair no chão com tudo.
-- hum isso é o máximo que consegue?
-- você ainda não viu nada.


Capitulo 17

Entrei no carro e fui com ele, chegamos em uma casa imensa e linda, parecia antiga ele saiu do carro e abriu a porta para eu descer fomos andando até a entrada, por dentro parecia aqueles palácios da era medieval mais era tudo escuro como se fosse mal assombrado, mais mesmo assim me encantava demais, passei pela sala com móveis antigos e Bernardo me deu a mão e me levou até um corredor estreito que dava até uma porta negra, ele abriu a porta e era...incrível.
-- UAU.
Ele sorriu.
Não parecia real, era um quarto todo brilhante por magia, e havia pessoas dançando, como se fosse almas, e eles não nos via e continuavam dançando, damas com aqueles vestidos da era medieval e os homens todos elegantes.
-- que lugar é esse?
-- é o portal que mostra o castelo.
-- que castelo.
-- o seu.
-- mais isso está acontecendo agora ?
-- não, são lembranças, mais com o seu poder você pode ver tudo o que acontece, ou já aconteceu em seu reino.
-- posso fazer isso agora?
-- pode.
-- e como faço?
-- você tem a chave para tudo o que quiser Anny, é só saber usar.
-- chave? Que chave?
Ele apontou meu colar.
Fechei meus olhos e pressionei meu colar contra meu coração com minha mão o segurando pensei no colar e no que eu queria ver, falei em voz alta.
-- me mostre Diana, a feiticeira do fogo... minha mãe.
Senti uma vibração forte e pude sentir o quarto mais pesado pela energia, abrir meus olhos e tudo brilhava e rodava até que a imagem de uma mulher muito bonita usava um vestido preto longo, e os cabelos eram negros e liso a pele branca, e os olhos grandes e verdes seu sorriso era encantador, ela estava feliz sorrindo para alguém que eu não via, por um momento ela se sentou e colocou a mão sobre sua barriga e sorriu novamente, passava sua mão delicadamente pela sua barriga acariciando é como se ela estivesse...grávida.
Olhei rapidamente para Bernardo.
-- ela estava grávida de mim?
Ele me abraçou.
-- sim.
Fiquei olhando aquela imagem e pensando como seria minha vida se eu tivesse sido criada com ela, como tudo seria diferente se eles não tivessem morrido, meus olhos encheram de lágrimas eu queria ter a conhecido, eu fiquei com raiva, e com sede de vingança Genaro havia destruído uma família.... a minha família. Agora mais do que nunca eu queria lutar para vingar a morte de meus pais e assumir meu trono, por culpa de Genaro, meus pais morreram, meu irmão teve que forjar sua própria morte e viver exilado por dezesseis anos, eu vivi em um mentira a minha vida toda, eu queria vingança.

BERNARDO.
Anny ficou emocionada quando viu a imagem de sua mãe, mais por um momento os olhos dela mudaram parecia que havia fogo dentro deles, queria entender o que se passava na cabeça dela, se fosse por mim ela não precisaria passar por nada do que ela passou e vai passar , mais infelizmente eu não podia fazer nada para mudar isso, apenas ficar ao seu lado por toda eternidade.
Ela me olhou e sorriu, e eu simplesmente parecia um bobo admirando ela.
-- o que foi Bê? – ela disse se aproximando mais de mim.
-- só estou te observando.
-- ah, normal você me observou minha vida inteira.
-- mais agora você sabe que te olho com outros olhos.
Ela me beijou.
-- que bom.
Eu gostava de levar Anny em lugares diferentes, gostava da expressão dela de surpresa, me fazia bem vê-la feliz.
-- está com fome?
-- sim.
-- pois venha, aqui perto tem um ótimo restaurante italiano.
-- adoro.
Ela me abraçou e saímos de lá, eu a levei para o restaurante e pedimos vários tipos de massa.
-- hei Bê, não tenho que treinar meus poderes hoje?
-- não, hoje você está de folga. Temos a tarde todinha para nós.
-- interessante.
Ela abaixou a cabeça.
-- o que foi Anny? Não está feliz?
-- claro que estou, mais confesso que estou com medo de amanhã.
-- eu sei, não sabemos como vai ser mais fique tranquila eu estarei com você o tempo todo.
Ela segurou minha mão.
-- eu te amo.
Beijei suavemente sua mão.
-- eu também te amo.

ANNY.
Passar a tarde toda com Bernardo foi simplesmente maravilhoso, ele sempre tão carinhoso e dedicado, depois do restaurante andamos pelo parque e sentamos a beira do lago negro, nos beijamos , demos risadas, até parecíamos um casal normal eu me senti bem, precisava ter um dia traquilo assim, sem preocupações, nem feitiços, cada pequeno detalhe fazia a diferença, pois coisas pequenas tinham grandes valores para mim.
Cada gesto dele, cada momento foi especial por mais que nós não tivéssemos feito nada demais, o normal me encantava e me deixava melhor, como tudo o que é bom dura pouco logo escureceu e ele teve que me levar para casa, não queria que o dia acabasse, mais infelizmente acabou.
-- você quer que eu venha esta noite?
-- não precisa, quero ficar um pouco só com meus pensamentos.
-- está bem, nos vemos amanhã então.
-- sim.
Eu o beijei.
-- boa noite.
-- boa noite Anny.
Sai do carro, e entrei em casa.
-- não para mais em casa mesmo em prima.
Dei um pulo e acendi a luz.
-- que susto caio, o que faz ai no escuro?
-- te esperando.
-- para que?
-- conversar, você anda meio estranha por esses tempos.
Eu forcei uma risada.
-- o único estranho aqui é você meu bem, agora boa noite quero dormir.
-- sempre fugindo.
Deixei ele falando sozinho e subi as escadas, entrei no meu quarto e tranquei a porta fui direto para o banheiro tomar banho e depois cama.
* * *
O despertador tocou e a primeira coisa que me veio em mente foi que hoje é o eclipse lunar, mais não. pare , não posso ficar pensando nisso não quero me preocupar vai dar tudo certo. Desci as escadas e fui direito para a porta, escutei o carro de Bernardo estacionar.
-- bom dia meu amor.
Ele sorriu.
-- bom dia linda.
Entrei no carro dando-lhe um beijo de bom dia, e fui para a escola.
-- Bê, hoje é meu ultimo dia na escola?
-- porque fala isso?
-- porque não sei, se voltarei, não sei como será minha vida depois de hoje a noite.
-- procure não pensar muito nisso, eu estarei com você ok?
Eu o abracei.
-- obrigada Bê.
-- pare com isso, agora vá para a aula.
Desci do carro, e fui andando até o portão, vi Lara sorridente.
-- bom dia Anny.
-- bom dia, uau que sorriso é esse?
-- Gustavo me ligou ontem.
-- serio e ai?
-- nos acertamos.
-- e a viajem?
-- ele disse que vai depois, mais que é para eu esperar ele.
-- ah que bom.
Senti que tinha dedo do Bernardo nessa história, mais fiquei feliz por eles.
Fiquei olhando para aquele colégio, onde estudei praticamente minha vida inteira e senti um friozinho por pensar que eu talvez não voltaria para cá tão cedo.
O dia passou tão rápido, e eu passei a tarde toda lendo livros de feitiços que Vinicius havia deixado em minha mesa quando voltei da escola, eu não conseguia decifrar direito as coisas, mais confesso que era bem interessante o que eu podia fazer.
Logo chegou a noite e eu comecei a ficar nervosa, Bernardo foi me buscar e eu fui com ele até o campo de treinamento, Vinicius estava lá.
-- você está bem?
-- com um pouco de medo, confesso.
-- o eclipse será daqui alguns minutos, então vou te explicar o que você vai ter que fazer.
-- o.k.
Fiquei prestando atenção em cada coisa que ele me dizia.
-- você vai até o centro, que tem um circulo que eu fiz e se concentra em todos seus poderes, pega seu colar coloca na palma de suas mãos e diga em voz alta “ Que o poder do colar venha para mim AGORA.!” , fecha os olhos e levante o colar em direção a lua, quando ela estiver totalmente coberta a transformação começará.
-- só isso?
-- só, mais lembre-se você tem que se concentrar muito, ah, e já ia me esquecendo você tem que fazer uma camada de proteção com ar em volta do colar.
-- como assim?
-- como uma bolha, ele não vai estar na palma na sua mãe , ele tem que flutuar.
-- entendi.
-- já está quase na hora, vá para o circulo.
Abracei Bernardo, e o beijei, e abracei Vinicius fui em direção ao circulo tirei meu colar e criei a bolha de ar, fechei os olhos e me concentrei em todos os meus poderes, minha mente ficou uma loucura, mais eu não perdi o foco, abri lentamente os olhos e vi que a lua estava quase coberta, então disse em voz alta.
-- Que o poder do colar venha para mim, AGORAAA!
Senti a terra ficar escura, e então abri os olhos, era como se não tivesse dado certo, mas permaneci no mesmo lugar, um raio brilhou na escuridão atingindo o colar que flutuava em minhas mãos, houve um clarão e eu não enxergava mais nada, senti, como se eu voasse, não conseguia sentir meus pés no chão, comecei a sentir meu corpo queimar, e a doer, como se cada músculo meu se partisse a dor era terrível e eu gritava, a dor foi tanta que perdi a consciência.

BERNARDO.
Ver Anny levitar foi incrível, mais logo após ela começou a gritar agonizando de dor,eu queria poder fazer algo, realmente queria. Os gritos eram cada vezes mais fortes como se algo a machucasse muito, mais eu não conseguia vê-la , havia uma grande luz em volta dela que nos impedia de vê-la, ela gritou de novo e de novo, fui em direção a ela, mais Vinicius me segurou.
-- o que pensa que está fazendo?
-- não consigo vê-la sofrer.
-- e você acha que eu gosto? Mais não há nada que possamos fazer.
-- mais Vinicius, ela está gritando.
-- e se você interromper ela agora, ela poderá morrer.
Ela parou de gritar, e a luz foi diminuindo até que eu pude vê-la, ela estava com os olhos fechados e ainda flutuando, o colar estava a sua frente flutuando também, quando a luz acabou ela abriu os olhos, e seus olhos estavam vermelhos, como se houvessem fogo neles, ela nos olhava e logo em seguida um novo clarão apareceu e ela gritou mais ainda, mais foi apenas por um instante porque a luz apagou-se novamente a fazendo cair e o colar caiu logo em seguida, dei um passo para ir até ela.
-- espere, a lua precisa aparecer para acabar a transformação.
Esperei por um momento, e a lua começou a aparecer novamente, corri até ela e me agachei para segurá-la, ela abriu lentamente os olhos.
-- Anny, querida, você está bem?
-- B-Bernardo.
-- como está se sentindo.
-- zonza, e minha cabeça está doendo demais.
-- calma, já passou.
-- o que aconteceu?
-- como assim?
-- lembro de estar fazendo a transformação, mais então apareceu um clarão e eu não vi mais nada.
-- já acabou, agora vai ficar tudo bem.
Ela tentou se levantar, e eu a ajudei, Vinicius veio até nós.
-- como está irmãzinha.
-- muito zonza, minha cabeça dói, por favor vamos sair daqui.
Eu a peguei no colo, e a levei até o carro.
-- para onde quer ir?
-- sua casa.
-- está bem.
No caminho até minha casa , ela foi dormindo, ela estava fraca, dirigi o mais rápido que pude até lá, eu a tirei do carro carregando-a no colo, e a levei para meu quarto,logo ela acordou.
-- está se sentindo melhor?
-- sim, sinto minhas forças voltarem, Bê você tem Amrita?
-- claro.
Peguei um frasco de Amrita para ela, e ela bebeu tudo e um só gole, sem nem fazer cara feia.
-- deita aqui comigo.
Eu deitei ao seu lado e ela me abraçou.
-- eu me sinto normal, como se nada tivesse mudado.
-- acho que isso é bom, não é?
-- é sim.
Ela sorriu, o que me fez bem melhor.

ANNY.
Aos poucos iam voltando ao normal, confesso que fiquei muito zonza e fraca e minha cabeça doía, mais devagar eu me recuperava e estava feliz por estar com Bernardo nesse momento e o olhei e ele estava me olhando, daquela forma tão apaixonada que me fazia delirar, eu me aproximei mais de sua respiração o beijando, e ele correspondeu me puxando para tão perto que não passava nenhuma corrente de ar entre nós dois corpos, eu o beijei lentamente aproveitando cada momento, cada instante ao seu lado e naquele momento só existia nós dois, me inclinei fazendo eu subir em cima dele, eu deslizava minhas mãos pelo seu corpo e ele fazia o mesmo comigo.
-- hei Anny, espera acho melhor você descansar.
-- confesso que estou cansada mais, você não quer...?
-- claro que quero, mais teremos muito tempo para isso.
Eu o beijei novamente, e depois me deitei ao seu lado, alguém bateu na porta.
-- entre.
-- olá casal, hei irmãzinha vim ver como está se sentindo.
-- estou melhor.
-- pelo jeito não precisa de nada não é.
-- pois é, mais obrigada pela preocupação.
-- deixarei vocês a sós, boa noite.
-- boa noite.
Olhamos um para o outro e não conseguimos nos conter nas risadas.
Meus olhos começavam a fechar de sono, e minha cabeça latejar.
-- está com sono ?
--estou sim.
-- então durma meu amor.
Ele me deu um beijo na testa.
-- boa noite.
-- boa noite Bê.
Me virei, e ele me abraçou e logo adormeci.
-- Filha!.
Abri os olhos devagar e olhei direito, dei um pulo da cama olhei Bernardo e ele continuava dormindo, fiquei a olhando sem saber o que dizer.
-- Anny, minha filha, você não me reconhece?
Olhei mais uma vez.
-- Diana?
-- sim.
Ela sorriu e me abraçou.
-- mais como? Você não está...
-- morta?
-- não exatamente...
-- como assim?
-- sim, eu morri neste mundo, estou em outra dimensão agora.
-- como é possível?
-- filha, não tenho muito tempo, quem sabe outra hora eu te conto exatamente como, mais eu preciso que você me ajude.
-- como?
-- você pode me libertar.
Meu coração acelerou.
-- te libertar? Claro o que eu preciso fazer.
-- ir até o castelo, tem uma sala secreta que só você pode entrar, e lá vai ter meu livro de feitiços e um pequeno baú, lá dentro tem uma chave você precisa pegá-la e no livro de feitiços ta ensinando como você faz para abrir o portal para o mundo inferior, e quando o portal abrir você precisa entrar, filha cuidado lá é escuro você vai passar por um túnel até que vai ter uma porta indicando que é o mundo dos mortos, não entre, apenas faça o feitiço que está no meu livro e peça para me trazer de volta e se tudo correr bem eu sairei de lá com você.
-- eu posso tirar qualquer um que morrer?
-- sim, mais você só pode salvar uma pessoa.
-- entendi.
-- filha, preciso ir meu tempo está acabando, muito cuidado.
-- mãe espere.
E ela sumiu, me deitei na cama novamente e fiquei inquieta,Bernardo acordou.
-- bom dia linda.
-- bom dia Bê.
-- você já estava acordada?
-- é acordei faz alguns minutos.
Ele sorriu e me abraçou.
-- Bê, queria te pedir uma coisa...
-- claro, o que quiser.
-- me leve até aquele lugar onde eu pude ver minha mãe, preciso ver uma coisa.
-- levo sim, já quer ir?
-- se puder.
-- claro, vamos nos trocar e vamos.
--o.k
E foi o que fizemos, nos trocamos e ele me levou até lá, entrei no quarto e fiz que nem na ultima vez.
-- me mostra a vila do fogo e o castelo!!
Apareceu uma vila muito bonita, com pessoas normais, mais algo estava errado eles pareciam como robôs fazendo as mesmas tarefas e havia uma cara comandando tudo um homem com um olhar mal vestido todo de preto, e no castelo tinha um senhor sentado no trono que era de meu pai e eles estava dando ordens para os criados.
-- quem é esse Bernardo?
-- Gennaro.
-- mais como ? Ele não havia morrido?
-- parece que alguem o liberou.
-- Anny,nós precisamos voltar.
-- quando iremos?
-- amanhã.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Capitulo 16

Após alguns minutos Bernardo chegou, quando ele desceu do carro ele paralisou.
-- caramba não pode ser?
-- quanto tempo em Bernardo.
-- meu mais você havia...
-- morrido? Era para eles pensar que eu morri, mais na verdade eu fugi.
-- cara, eu pensei que você tinha morrido todos esses anos porque você nunca me procurou?
-- sinto muito por isso, mais todos precisavam achar que eu morri até você.
-- hey, então é verdade eu tenho um irmão?
Vinicius abriu os braços e eu já com os olhos cheios de lágrimas o abracei.
-- que bom que você está bem minha irmãzinha.
-- meu, eu não acredito que eu tenho um irmão.
-- alguém precisa cuidar de você não é?.
-- epa, eu cuido dela tá Viní.
-- é que história é essa que você namora minha irmã cara?
Bernardo começou a rir e não parava mais e eu também.
-- po, tu é bem mais velho que ela.
-- meu impossível não se apaixonar por ela.
-- ai que lindo.
Eu o abracei.
Eu estava tão feliz que não conseguia me conter, tudo muda agora e as coisas começam a fazer sentindo, se eu tenho um irmão mais velho ele tem direito ao trono, então como ele é mais experiente ele lutará.
-- Isso muda tudo!!
Ops, acho que falei um pouco alto.
-- o que muda ?
-- já que eu tenho um irmão, você tem direito ao trono Vinicius, e não eu.
-- engano seu minha querida, você é filha de Diana eu não.
-- mais o rei não era nosso pai?
-- sim. Mais o trono foi designado para você minha pequena.
Não acredito.
-- então eu terei que enfrentar todos aqueles seguidores de Gennaro do mesmo jeito ?
-- sim, mais eu serei sua arma secreta.
-- como assim?
-- Ninguém sabe que eu sobrevivi a guerra dos tronos, e então eu posso te ajudar secretamente.
-- entendi, mais um aliado.
Bernardo sorriu mais depois fico sério novamente.
-- o que foi Bê? - perguntei me aproximando mais dele.
-- não há mais tempo, você tem que viajar até a Itália e lutar pelo o que é seu Anny.
-- mais como? Não estou preparada.
Vinicius sorriu.
-- porque sorri? Não tem graça, não tem motivos para sorrir , eu não estou pronta para uma nova guerra.
-- nós estaremos ao seu lado.
-- Isso não basta!!! - Gritei.
-- calma, por favor se acalme. - Vinicius me abraçou.
Lágrimas começaram a escorrer de meus olhos, eu estava feliz de ter um irmão, mais eu não queria lutar, e eu estava com medo, e outra o que eu falaria para minha tia? Tia estou indo para a Itália lutar pelo meu trono e pegar os poderes de minha mãe.
-- eu não estou pronta, não sei usar meus poderes...
-- foi exatamente por isso que eu voltei Anny, em três dias a lua terá um eclipse e com a escuridão total seus poderes serão maiores, eu apareci agora para te ajudar a desbloquear seus poderes, e então você estará pronta e forte o suficiente para lutar.
Olhei para Bernardo esperando que ele fale que era uma piada, e que nada disso aconteceria, mais ele segurou minha mão e olhou em meus olhos.
-- esterei contigo, quando isso acontecer, não sairei do seu lado em nenhum momento, mais lembre-se você terá que ser forte, não será fácil mais estaremos do seu lado.
Não sabia o que fazer ao não sei chorar.
-- eu preciso voltar, sem minha tia ver, não posso ficar aqui fora... podemos nos ver amanhã?
-- sim, nos veremos amanhã. - disse Bernardo.
-- com certeza minha irmãzinha, tenha uma boa noite a até amanhã, amanhã teremos que conversar muito sobre essa mudança , você tem que estar preparada para desbloquear seus poderes.
-- sim, eu só preciso processar tudo isto. E prometo não decepcioná-los.
-- sei que não vai.
Dei um abraço no Vinicius e disse baixinho.
-- estou feliz em ter você.
-- eu também estou.
Beijei sua bochecha e fui para Bernardo, o abracei.
-- fique tranquila, dará tudo certo.
-- eu confio em você... e eu te amo.
-- eu também te amo.
Ele me beijou delicadamente e Vinicius deu risada.
-- ah qual é , respeitem eu ainda estou aqui.
Nós rimos, e eu sai.
Entrei em casa de fininho e subi as escadas sem que ninguém percebesse, deitei em minha cama e fiquei alguns segundos sem pensar em absolutamente nada, mais logo depois milhões de pensamentos vieram a minha cabeça, o que será de mim? Como eu irei viajar? E minha tia, meus amigos, a escola? Não posso simplesmente abandonar tudo, irei dizer o que? Que vou lutar pelo meu reino? Eu nunca tinha respostas, mais ainda assim estava feliz porque ter conhecido meu irmão mais agora, algo me dava mais medo do que lutar era daqui três dias no eclipse lunar, o que a lua tinha haver em desbloquear meus poderes? Tantas perguntas, e novamente nenhuma resposta minha cabeça começava a doer, e meu coração a acelerar, agora faltava pouco para eu enfrentar meu maior medo, e para desvenda o grande mistério do meu colar, no fundo eu queria conhecer o castelo, e achar coisas de meus pais biológicos mais não queria passar por tudo isso, mais dizem que nada se consegue tão fácil na vida.
* * *
o som do despertador me fazia acordar de um sonho onde tudo era normal e nada sobrenatural, ah qual é ? diz que uma garota de dezesseis anos ser filha de uma feiticeira, namorar um imortal e possuir grandes poderes não é sobrenatural? Para mim isso só existia em filmes, talvez minha vida se tornou um e espero que no final seja feliz igual nos filmes, sem mais tragédias, tomei meu banho coloquei uma roupa leve e desci as escadas, quando me sentei a mesa me lembrei que agora faltam dois dias para o eclipse lunar e menos tempo para eu viajar a Itália, vendo por outro ângulo viajar para Itália com seu namorado parece uma coisa romântica e perfeita, sempre amei a Itália, mais na minha situação não há nada de romântico e muito menos perfeito está bem mais para um pesadelo.
-- bom dia priminha.
-- Bom dia Caio, por onde esteve ontem a noite?
-- te faço a mesma pergunta.
Ergui a sobrancelha esquerda.
-- como assim? Em casa ué.
-- claro, fui no seu quarto e você não estava.
-- fui tomar ar no jardim.
-- estava sozinha?
-- o que te interessa?
-- então o que te interessa onde eu estive ontem?
-- ah dane-se não me importo mesmo.
Ele riu.
-- bom dia crianças, fiz bolinhos de chocolate.
-- ah tia desse jeito vou acabar engordando.
-- imagina querida, você está magrinha.
-- na verdade gostosa – Caio disse em voz baixa no meu ouvido.
Eu o olhei com desprezo e o ignorei, comi meus bolinhos e escutei a o barulho da buzina de Bernardo do lado de fora, levantei rapidamente e fui em direção a porta.
-- hei mocinha.
Parei, e olhei para minha tia.
-- um dia quero conhecer seu namoradinho.
-- claro.
Abri a porta e sai, só de vê-lo pela manhã me deixava feliz e me fazia esquecer os problemas.
-- Bom dia Bê.
-- Bom dia linda.
Eu o beijei delicadamente.
-- como passou a noite?
-- meio confusa, mais bem. E você e o Vinicius?
Ele sorriu.
-- fomos para minha casa, ele vai ficar lá, passamos boa parte da noite conversando.
Eu sorri, e ele ligou o motor e arrancou com o carro para a rua.
No caminho para a escola nós só nos olhamos e eu liguei o som, as músicas cooperavam para o clima. Ele estacionou em frente ao colégio.
-- Te espero na saída, seu irmão quer te ver.
-- está bem.
Me inclinei para beijá-lo e ele correspondeu me puxando para mais perto me beijando fogosamente. Sai do carro até meio zonza mais toda feliz.
-- Anny , ah te achei.
-- que foi Lara?
-- hoje tem prova, e das bravas.
Eu não me importava mais com a escola.
-- de que?
-- matemática.
Ignorei e comecei a andar.
-- qual é Anny, é uma das provas que decidem se passamos ou não.
-- e daí?
-- e daí? Hei acorda, você faltou vários dias, me diz que você estudou , se não vai acabar repetindo.
-- não gosto de matemática, e não, não estudei.
-- quer que eu te ajude a estudar nessa primeira aula, a prova será na segunda.
-- não se preocupe, dará tudo certo.
-- não entendo como você pode ficar tão tranquila em etapa de decisão.
Era engraçado a preocupação de Lara com meu desemprenho escolar, mais isso era o menor dos meus problemas. 
Na prova, quando a professora me entregou a avaliação olhava aqueles números e não entendia absolutamente nada, me deu vontade de entregar a prova em branco, mais então quando a sala ficou em silêncio, números vinham em minha cabeça, eu ão conseguia entender, até o momento de eu começar a escutar os pensamentos dos outros alunos e inclusive da professora, percebi que ela estava resolvendo a mesma avaliação que nós por passatempo, me concentrei em escutar apenas seus pensamentos e ia escrevendo de acordo com o que ela pensava, os minutos foram passando e minha prova foi ganhando respostas, quando o tempo foi esgotado entreguei a prova e sai.
Minha vista estava um pouco embaçada, deve ter sido o efeito do dom da mente, pelo o que eu entendi antes de eu desbloquear meus poderes , qualquer poder que eu usar me afetaria em algo, mais claro temporário.
Logo minha vista voltou ao normal e veio Lara preocupada.
-- como acha que foi?
-- bem, e você?
-- ah bem, mais como pode ter ido bem sendo que não veio em quase nenhuma aula de matemática.
-- ah era meio lógica.
Lara ficou me encarando e eu comecei a rir, comecei a ver o lado bom de ser uma feiticeira tudo bem que era desleal com quem estudava e usar meus dons para me aproveitar de certas situações, mais me diz quem não usaria esse dom , se você conseguisse ver as respostas de uma prova? Iria simplesmente ignorar? Fingir que não estava acontecendo? Já que eu tenho esse dom, posso usá-lo ao meu favor, nada mais justo.
As outras aulas foram tranquilas procurei não forçar minha mente em certas coisas, precisava manter o controle, e segurar durante esses dois dias, eu ficava numa certa ansiedade para saber o que estava por vir, como seria me sentir poderosa, era emocionante pensar, mais confesso que me dava um pouco de medo, um pouco não, muito medo.
Na saída ele estava lá como combinado, sempre lindo e com aquele olhar misterioso que me encantava, a cada dia que passa eu me encanto mais por ele e não dá para negar que estou completamente apaixonada por ele e afinal para quer negar? Confessar seria mais digno.
-- para onde vamos ? - eu o olhei maliciosamente.
-- há há há mocinha, não provoca, Vinicius está a nossa espera.
-- nem uma fugidinha? - fiz cara de triste
ele sorriu, ah aquele sorrisso.
-- não atenta.
Ele entrou no carro e eu entrei logo em seguida.
-- ah como você é malvado.
-- você nem sabe o quanto. - agora foi ele que me olhou com malicia.
-- me mostra o quanto é malvado.
-- logo verá.
Ele dirigiu até o campo mágico onde eu fui da outras vezes o tempo estava virando para chuva e começava a ventar.
-- ai está o casal – disse Vinicius abrindo a porta para eu descer.
Eu o abracei.
-- ah irmãzinha mais linda de todas?
Cruzei os braços.
-- por acaso você tem outra?
-- não bobinha, mais venha preciso ver até onde você sabe.
Eu o segui até o campo, de folhas secas e as folhas voavam por causa dos fortes ventos.
-- parece um dia de batalha.
Bernardo se aproximou mais e me abraço por trás.
-- sim, realmente parece.
Ah como seu abraço me fazia sentir protegida.
-- bom Anny me faça ver fogo.
Eu sorri.
-- sem problemas.
Pensei em fogo e como nem um passe de mágicas ele apareceu em minhas mãos, mais eu queria mais , queria mostrar para meu irmão que eu sabia lidar com fogo, então me concentrei e fiz aparecer uma bola imensa de fogo em minhas mãos a fiz flutuar no ar e fui fazendo cresce-la cada vez mais, me sentia poderosa por isso , e esperava que Vinicius ficasse com orgulho de mim.
-- nada mal irmãzinha.
Eu sorri
-- agora, segura a bola de fogo no ar, e ao mesmo tempo faça uma capsula de proteção em volta de você.
-- como faço isso?
-- canalize o ar com o fogo, mantenha ele lá em cima e crie uma barreira em sua volta.
-- barreira de que?
-- água.
-- mais para isso preciso de água por perto.
-- pois bem, ache-a procure água com a sua mente.
Comecei a procurar água com a minha mente, mais sem desconcentrar da bola de fogo, eu estava perdendo o equilíbrio da imensa bola de fogo, mais não queria desistir, não podia.
Continuei tentando achar água e a encontrei havia uma mangueira desligada há uns metros dali, mais não sabia ao certo como fazê-la chegar até mim, desejei a água e senti ela mais próxima, ela chegou até mim e então fiz o que meu irmão pediu criei uma barreira contra mim, mais usando a água para fazer isso minha mente se desconectou do fogo fazendo-o cair sobre mim, antes que pudesse me atingir Vinicius me salvou o puxando para ele.
-- faça parar Anny – ele gritou.
E acabei de desconcentrando de tudo fazendo toda a água cair sobre mim e me encharcando,olhei meu irmão tendo dificuldades para lidar com o fogo então o ajudei fazendo parar, e a bola diminuiu até desaparecer.
No mesmo momento minha cabeça doeu, mais eu não me permitia parar. Fechei os olhos e conectei minha mente em água, e a trouxe para mim com mais facilidade desta vez, não sei se era porque eu estava toda molhada, e então eu criei uma cúpula em volta de mim feita de água, era inexplicável a sensação de estar dentro de uma cúpula de água feita por mim mesma, eu era uma feiticeira e agora estava agindo como tal.
-- aguente essa irmãzinha, vamos brincar.
Eu sorri.
-- venha.
Com o poder das mãos ele a estendeu e raios começaram a sair e vir em minha direção eu os parei com a força da água e foi surpreendente, ele sorriu e mandou mais e eu continuei bloqueando os raios. Olhei Bernardo e ele só ria sentando no gramado, olhei para Vinicius e pisquei, ele entendeu , juntei toda água que fazia a cúpula fazendo se tornar uma grande bola de água e lancei em direção ao Bernardo fazendo-o tomar um super banho, ele veio correndo como um flash em minha direção e eu corri dele, dando gargalhadas, mais ele era bem mais rápido que eu e então me pegou, estava todo molhado e me empurrou no gramado me fazendo deitar ele caiu em cima de mim.
-- ah você está todo molhado Bê.
-- e quem me molhou?
Eu sorri feito uma criança.
Por um momento nós paramos e nos olhamos eu o amava isso estava em meus olhos e o desejava, e ele sorriu, retribui o sorriso e ele me beijou, nosso beijo era ardente como o fogo que havia dentro de mim, eu precisava dele , eu queria que fossemos adiante, coloquei minhas mãos por dentro de sua camiseta e o arranhei, ele se arrepiou.
-- hei cara, poxa ela é minha irmã.
Não consegui segurar o riso, e cai na gargalhada.
-- qual é Vinicius , sua irmã já tem quase dezessete anos.
-- mais continua sendo minha irmãzinha.
-- meninos, estou aqui ok?
Ele riram.
-- e eu estou com fome, esses treinos me dão fome.
-- normal – disse Bernardo, saindo de cima de mim.
-- tome, beba. - Vinicius me entregou uma garrafinha preta.
-- Amrita?
-- sim.
-- tem gosto de tequila.
-- não tem não, e você precisa beber.
-- Já sei, Bernardo já me disse isso.
Abri a garrafa e virei tudo em um gole, parecia que o gosto estava melhor, mais ainda parecia que contia álcool naquilo.
Começava a chover, muito.
Bernardo e eu entramos no carro e Vinicius em outro, meu celular tocou.
-- Oi Lara.
-- Anny, Caio está atrás de você.
-- porque raios?
-- sei lá, disse que você tem que voltar para casa.
-- estou indo então, obrigada pelo recado.
-- imagina.
Olhei Bernardo com cara de tédio.
-- o que foi?
-- tenho que voltar para casa.
-- o.k.
-- me visita a noite?
-- se quiser...
-- lógico que quero.
-- então estarei lá.
Ele me levou até em casa, eu o beijei rapidamente e entrei.
-- Anny, até que enfim.
-- o que?
-- umas caras estranhos deixaram esta carta para você, tentei abrir mais não abre.
-- que falta de educação abrir as coisas dos outros.
Peguei a carta o envelope era preto coloquei na minha bolsa e subi as escadas, entrei em meu quarto e fechei a porta, o envelope abriu normalmente comigo.
Princesa, pedimos sua ajuda... somos do reino de Franchesco e Diana e zelamos pelo castelo, mais os inimigos andam vindo constantemente para cá, e ficamos sabendo por fontes seguras que a herdeira está viva! Pedimos que nos ajude.”
  • - Moradores da vila do fogo.
Que? Como assim? Moradores da vila do fogo? Só pode ser alguma armadilha dos Fúrias, como que eles me achariam aqui no Brasil, preciso falar com Bernardo, esperarei ele vir me visitar mais a noite.
Bernardo não demorou para chegar, e entrar pela minha janela, e até hoje não sabia como ele fez isso.
-- Oi Linda.
Eu o beijei.
-- Bê, recebi um envelope preto, tome leia.
Ele tentou abrir o envelope, mais não abria.
-- está com algum tipo de feitiço, só você pode abrir.
Peguei-o de suas mãos e abri, e o entreguei.
Seu rosto parecia serio.
-- o que foi Bê?
-- Moradores da vila do fogo...
-- sim sim, só pode ser alguma armadilha certo? Porque como eles me achariam?
-- Não, não é nenhuma armadilha, de fato são os moradores da vila do fogo, é uma sociedade secreta criada pela sua mãe e eles são seus aliados.
-- como conseguiram me achar?
-- eles tem esse dom, porque quando descobriram que a herdeira está viva eles poderiam enviar uma carta para ela, sem mesmo saber onde você está.
-- entendi, e o que isso significa.
-- que você precisa voltar logo.
-- logo quanto?
-- daqui dois dias seus poderes serão desbloqueados, então iremos logo em seguida.
-- mais Bê , e minha tia, meus amigos, o colégio...
abaixei minha cabeça.
-- fique calma, você vai ter que usar sua mente para mudar o pensamento deles.
-- tipo mudar as coisas, como se eu tivesse sumido.
-- sim, vai colocar na mente de todos que você foi em uma viajem de escola.
Eu o abracei.
-- vai dar tudo certo – ele disse baixinho.
Me deitei, e ele se deitou ao meu lado me abraçando.
-- agora durma, você precisa descansar.
-- fique aqui comigo.
-- para sempre.
Adormeci em seus braços.
* * *
Pela manhã, ele não estava mais lá era sexta-feira isso significava que amanhã a noite teria o eclipse lunar, isso não saia da minha cabeça, fiz minha higiene pessoal e desci as escadas pronta para ir para escola.
-- hei priminha, vamos sair hoje?
-- não posso, tenho compromissos.
-- minha mãe não está gostando nada dessas suas tardes foras com seu namorado.
-- paciência não é?
O deixei falando sozinho, ah me poupe de tudo o que eu to enfrentando eu ainda tinha que me preocupar com a minha tia? Logo eu não estaria mais aqui, e nem sei se retornarei, abri a porta e ele estava lá como todos os dias, encostado no carro sorrindo, o sol refletia em seus cabelos loiros, e seus olhos verdes iluminavam o dia.
-- Bom dia!
-- um ótimo dia Bê.
Eu o beijei, ah sério, nós formamos um casal perfeito.
-- diga adeus a seu ultimo dia de normalidade.
-- nunca fui normal.
Eu estava com um ótimo humor hoje e pelo jeito ele também, ele acelerou e aquela velocidade me fazia sentir bem, eu amava isso, eu amava ele.
Ele estacionou perfeitamente na frente do colégio e abriu a porta do carro para mim, eu estava radiante. Ele me beijou.
-- Bê, eu retornarei para cá?
-- quando tudo estiver resolvido sim.
-- sentirei falta disso tudo.
-- tenho certeza que sim.
Dei mais um pequeno beijo e me virei, ele segurou meu braço e me puxou novamente para perto dele, eu o olhei nos olhos e ele me beijou novamente.
-- te amo.
-- eu também.
Ele soltou minhas mãos e eu pude ir, cheguei e encontrei Lara com uma cara não muito boa.
-- o que houve?
-- Gustavo terminou comigo.
-- porque?
-- disse que teria que viajar e não saberia se retornava, e então não queria me deixar esperando.
Meu coração ficou apertado, certamente ele terminou com ela por minha causa, a viajem para Itália, ele iria lutar como meu aliado e eu não me perdoaria se algo acontecesse a ele.
-- não sei o que te dizer amiga.
-- eu o amo Anny, queria poder ir com ele.
Por um momento tive a idéia de levá-la comigo, seria bom ter minha melhor amiga ao meu lado, mais seria egoismo arriscar a vida dela por um capricho meu.
-- talvez seja para seu bem.
-- meu bem? Ah não sei onde, ai amiga ainda bem que eu tenho você.
Meus olhos encheram de lagrimas, nem a mim mais ela tinha em poucos dias eu iria embora também, para o mesmo lugar que Gustavo, para uma guerra que não saberia se eu voltaria.
Eu a abracei e comecei a chorar, e ela também.
-- amiga porque está chorando.
-- não gosto de te ver triste.
-- já passou, sempre teremos uma a outra isso que importa e eu irei esquecê-lo.
-- isso mesmo, sempre estarei contigo amiga.
Me doía dizer aquilo, mais eu precisava dizer, independente e qualquer coisa eu sempre estarei por perto, não sou uma feiticeira? Pois bem eu sempre me conectarei com Lara, não vou perde-la nunca.
Não entramos na escola, matamos aula e fomos para o parque dar risada como sempre fazíamos, ficar com Lara me lembrava quem eu sempre fui antes de descobrir a verdade, viver em mentiras parecia ser bom, eu era feliz e estar com ela me lembrava da felicidade que eu sentia quando tinha meus pais, a escola, meus amigos, as meninas, as festas , os garotos...
Tudo mudou, e mudará mais em uma noite, amanhã eu me transformarei completamente, amanhã deixarei de ser Anny Venturelli , e me transformarei em uma Nosferat. E não é só uma mudança de sobre-nome, é uma mudança de vida, de adolescente normal, para uma herdeira, e uma guerreira que terei que lutar para vingar meus pais, muita mudança em pouco tempo.
As horas passaram rápido e logo eu tive que voltar para frente da escola precisava encontrar Vinicius e Bernardo, Lara e eu voltamos para a frente do colégio ela foi para sua casa e eu esperei por Bernardo não demorou muito para ele chegar.
-- ué saiu mais cedo?
-- nem entrei...
-- porque?
-- fiquei com Lara, ela não estava muito bem porque Gustavo termino com ela.
-- ele me disse, ele também não está muito bem...
-- meu, acho que eles não deveriam terminar, meu não quero ver ela mal.
-- ah mais isso eles decidam.
-- não Bê, o Gustavo largo ela , porque vai viajar com a gente.
-- eu sei Anny, mais não podemos nos meter, venha quero te levar a um lugar.