Amanhã pela manhã nós iremos para Itália , eu tinha pouco tempo para arrumar minhas malas, fiquei um pouco nervosa, Genaro não havia morrido ele estava lá esperando a Herdeira voltar e lutar, eu não podia apenas fingir que não estava acontecendo ele estava lá comandando um reino que não é dele, é meu.
-- Querida já arrumou tudo?
-- quase.
-- depois que você terminar precisa ir até o quarto da sua tia e sabe o que fazer.
-- pode deixa.
-- precisa de ajuda?
-- só pega aqueles sapatos ali.
Ele parou e cruzou os braços na minha frente.
-- o que foi?
-- Anny, para que todos esses sapatos de salto e essas botas.
-- ah qual é, eu estou indo para Itália não posso ir de qual quer jeito.
Ele riu.
-- to falando serio.
-- Minha linda, você não precisa de nada disso.
Eu o beijei.
-- o que é isto Anny??
Minha tia gritou, olhando indignada para nós dois.
-- calma tia, ele é meu namorado.
-- e o que o seu namorado faz no seu quarto uma hora dessas? E que malas são essas?
Bom acho que chegou a hora.
-- Tia presta atenção.
Entrei em sua mente.
-- Eu estou indo para um intercambio que a senhora mesmo autorizou.
-- eu autorizei.
-- isso, autorizou e eu só vou voltar quando eu quiser, ok?
-- quando você quiser querida.
-- e agora vá dormir.
-- estou indo.
Ela se virou e foi, como se tivesse paralisada, e eu nem precisei fazer muito, eu já conseguia notar a diferença.
Peguei minhas malas e com a ajuda de Bernardo levamos até o carro.
-- hei tem um pequeno detalhe.
-- o que?
-- como vamos chegar até lá, eu não tenho passaporte nem nada.
-- relaxa já cuidei disso para você.
-- hum, menino esperto.
Voltamos para a casa dele, e fomos dormir o resto da madrugada que nos restava, nós até que tentamos mais não por muito tempo, aos poucos começamos a nos aproximar mais e mais, e quando vimos já tava tudo quente.
***
Pela manhã fomos até o aeroporto e embarcamos eu dormi a viajem inteira praticamente, desembarcamos no aeroporto de Roma e de lá seguimos até Florença, era tudo tão lindo, mais eu precisava focar no que eu vim fazer aqui.
Fomos até o pequeno vilarejo do fogo e de longe dava para ver o castelo, era enorme e lindo confesso que parecia mal assombrado, mais mesmo assim era lindo.
Bernardo segurou minha mão.
-- fique tranquilo Bê, vai dar tudo certo.
Ele sorriu.
-- eu sei.
Paramos em frente a uma casa sinistra, pintada de preto por fora com as portas de madeira roxas o lugar era bem assustador, descemos do carro e Bernardo bateu na porta, e com apenas três toques a porta abriu sozinha e Bernardo foi entrando, eu fiquei meio assustada , mas ele pegou em minha mão e foi me puxando para dentro a porta se fechou atrás de nós, ele foi me puxando por um corredor largo e escuro, de fora parecia que a casa era tão pequena, mais por dentro parecia uma mansão, só havia luz das velas na parede, continuamos andando até uma porta negra e sem ao menos toca-la ela se abriu, nós entramos, e ela se fechou.
-- que lugar é esse Bernardo?
-- a casa de Mayon.
-- que raios é Mayon?
-- Xii, fale baixo.
-- não me mande ficar quieta.
-- Anny para.
Escutei passos, e a luz se acendeu deixando tudo claro, aquela sala parecia uma biblioteca antiga, mais era linda, tirando a parte sombria da coisa.
-- Ora , ora, vejamos o que temos aqui.
Uma voz surgiu do nada.
-- quem disse isso ? – perguntei dando um passo para trás.
Um senhor com uma túnica roxa veio em nossa direção, ele tinha cabelos compridos branco, uma barba branca e aparentava ter uns setenta e poucos anos.
-- eu disse.
-- e quem é o senhor?
-- Mayon.
-- Bernardo, quem é essa garotinha?
-- garotinha? Ah pera ai, eu não to entendendo mais nada.
-- Anny por favor quieta... Mayon essa é...
-- a Herdeira.
-- sim.
-- emfim ela voltou para assumir seu trono.
-- é eu vim, e o que estamos fazendo aqui?
-- nós vamos ficar aqui.
-- vamos?
-- sim Anny, ou você acha que vai chegar no castelo, colocar suas coisas lá e fica esperando alguém vir.
-- não pensei isso, mais porque aqui?
-- porque este lugar é protegido contra os Fúrias. - Mayon disse alterando a voz.
-- entendi.
-- mais venha querida, deixa eu dar uma olhada em você.
Dei um passo para frente, ficando frente a frente com ele, ele pegou minha mão e fechou os olhos.
-- você vai ter que fazer uma escolha muito importante.
-- do que você está falando?
-- em breve saberá, mais venha vou mostrar o quarto do casal.
Nós o seguimos até um quarto enorme, com uma cama de casal enorme, era super bonito parecia um quarto de hotel daqueles bem chiques, fomos até o carro pegamos nossas coisas, pena que Vinicius não podia ficar com a gente, pois ninguém sabia que ele estava vivo, havia duas garrafinhas de Amrita em cima da comoda e eu já tomei tudo.
A noite logo chegou e o frio também, a noite Florença era fria, fria como a morte. Eu não consegui dormir, queria resolver tudo isso logo, eu olhava pela janela do quarto que dava de frente para o castelo, minha vontade era ir lá e matar Gennaro e todos os seus seguidores.
-- o que você tanto olha? - perguntou Bernardo falando baixinho em meu ouvido, me fazendo arrepiar.
-- o castelo.
Me virei, ele pressionou o corpo dele contra o meu até não ter para onde eu fugir, e eu nem queria.
Ele me beijou, ardentemente e eu correspondi, eu pressionava mais ainda nossos corpos para que sentíssemos cada parte do corpo um do outro, ele foi me alizando com suas mãos, até chegar na minha coxa apertando-a, eu brinquei.
-- pega direito.
Olhei maliciosa.
E ele apertou com vontade, me fazendo o querer mais ainda.
Eu brincava com as minhas mãos no corpo dele também, mais eu queria mais, tirei sua camiseta e deslizei minhas mãos pelo seu abdome definido, e continuei descendo minhas mãos até o botão de sua calça, ele beijava tão perfeitamente bem, que me fazia perder o folego, mais eu não queria parar não dessa vez.
Ele levantou e tirou minha blusa e beijou meu pescoço e depois mordeu.
-- virou vampiro agora?
Ele riu, maliciosamente.
-- talvez eu já seja.
Ele me pegou no colo, me encaixando nele, e me levou até a cama, minha nuca começou a arder.
-- ai.
-- o que?
-- ai ai aiii, minha nuca.
-- o que que tem?
-- ai eu não sei, ta doendo, demais.
-- deixa eu ver.
Me virei.
-- meu ta vermelho para caramba, parece que tem sangue na sua cicatriz.
-- que droga, porque isso agora?
-- ele sabe que você está aqui.
-- ele quem?
-- Gennaro.
-- como é possível?
-- ele está a sua espera, e assim que você chegou ele sentiu sua presença.
Eu arrepiei.
-- estou cansada dele.
Me levantei da cama e fui até a janela.
-- Anny calma.
-- não meu, esse cara inferniza minha vida mesmo antes de eu nascer, ele matou meus pais biológicos e os meus adotivos, meu irmão teve que se fingir de morto por causa dele, está na hora dele pagar por tudo.
Peguei minha blusa em cima da cama, vesti um casaco, coloquei um coturno preto e fui em direção a janela.
-- o que você pensa que vai fazer?
-- descobri outro dom meu.
-- qual?
-- o de matar.
-- oloco você está bem sanguinária em.
-- não é para menos, mais o dom que eu estou me referindo é que eu posso camuflar minha presença.
-- Anny você não está pensando em ir ao....
-- castelo? Mais é claro.
-- não meu, você não pode.
-- uma hora eu ia precisar fazer isso.
Ele segurou meu braço.
-- você é louca?
-- você não sabia?
Pulei a janela.
-- o.k eu vou com você.
-- Não se atreva Bernardo, isso é uma luta minha, você fica aqui.
-- ah é, e a parte que eu sou seu protetor?
-- ta ta, você que sabe.
Ele pegou uma blusa de frio, colocou o coturno preto e pulou a janela.
Nós colocamos o capuz e andamos em direção ao castelo, na portaria havia uma porta de vidro bem fininha, eu não resisti e chutei e ela se quebrou em mil pedacinhos.
-- Anny o que você pensa que está fazendo?
-- esse castelo é meu e eu faço o que bem entender.
-- e a parte de camuflar você?
Sorri ironicamente.
-- eu quero que ele saiba que eu voltei para assumir o que é meu.
-- meu, é perigoso.
-- cansei de fugir entendeu? CANSEI.
Chutei a porta de madeira, e fui em direção as escadas.
-- para Anny, por favor, ele vai te matar.
-- ou não.
Dei o primeiro passo na escada e lá no topo apareceu um homem, alto forte com aparência de uns quarenta anos, ele foi descendo lentamente as escadas.
-- e o que temos aqui.
Eu tirei o capuz.
-- uma garotinha bem corajosa, o que te traz aqui uma horas dessas?
-- vai dizer que não sabe quem eu sou?
-- não.
-- o.k então quer dizer que você não é tão bom assim, hum e acho que temos um grande problema aqui.
-- é e qual é?
-- você está no lugar errado.
-- e porque mocinha?
-- porque este castelo é MEU.
-- vejamos se não é a tão famosa Herdeira, é você é tão petulante feito sua mãe.
-- é a Herdeira que veio pegar de volta o que é meu.
-- pois bem, você quer? Vai ter que lutar por isso.
-- sem problemas.
-- mais isso é entre eu e você, então seu namoradinho já pode se retirar.
-- eu quero que ele fique.
-- você não tem que querer nada.
Gennaro ergueu suas mãos e Bernardo foi se erguendo junto com elas, ele o lançou na parede e antes que ele caisse eu o peguei no ar e o coloquei no chão.
Olhei enfurecida para Gennaro e e mandei uma ventania tão forte nele que fez ele voar e cair no chão com tudo.
-- hum isso é o máximo que consegue?
-- você ainda não viu nada.
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