quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Capitulo 12

Três dias depois do acidente, finalmente sai do hospital eu ainda sentia um pouco de dor e para andar era meio difícil mais eu estava me saindo ate que bem, depois daquele dia não vi mais o Bernardo ele simplesmente desapareceu, esperava quando eu chegasse em casa ele estivesse lá, mais não estava.
Eu perguntava sobre ele para todos e ninguém sabia responder ele estava sumido há três dias, sem dar ao menos noticias eu estava aflita mais todos falavam sempre a mesma coisa “ calma esta tudo bem , logo ele volta” não estava tudo bem faz três dias que não vejo meu namorado e não tenho noticias tudo isso por causa daqueles malditos Fúrias.
Samantha ficava comigo o tempo todo mais as vezes eu só queria ficar sozinha, mais não podia ,eles me obrigaram a voltar a morar na casa do Bernardo e toda hora vinha alguém perguntar “ você está bem?” Logico que estou, porque não estaria ? Ah claro porque meu namorado bruxo sumiu, tem um bando de cara do mal atrás de mim, eu estou toda dolorida porque um maldito Fúria me jogou escada a baixo e eu tenho uma família mais ninguém me conta absolutamente nada. Estou ótima.
De noite no jantar sentou todo mundo como se fosse uma família feliz,Lara praticamente morava lá, ela estava sentada ao lado de Gustavo, na ponta Samantha se sentava e eu me sentava do outro lado e sobrava uma cadeira ao meu lado e outra na ponta.
Eu não estava com fome só queria saber de Bernardo, mais parecia que eu era a única que me preocupava com isso, eles ficavam tão calmos como se fosse normal uma pessoa desaparecer por três dias.
-- hei gente me desculpe o atraso!
Todos olharam rapidamente para mim, eu levantei os olhei irritada e então ele apareceu.
-- A-anny? O que faz aqui?
-- recebi alta antes, e então é isso? Todos sabiam exatamente onde ele estava e não me disseram absolutamente nada?
-- calma amiga é que...
-- até você não é Lara, me viu toda aflita e não me disse nada?
Me levantei da mesa furiosa.
-- Muito obrigada a todos por me fazer de idiota, fiquei toda preocupada com ele e ninguém me fala nada, e quanto a você Bernardo onde estava?
-- acho melhor nós conversarmos a sós.
-- ah você acha?
Falei irônica.
-- sim eu acho, vamos lá para cima.
Subi as escadas por primeiro, ainda doía para andar mais eu tentei subir o mais rápido possível, entrei no quarto dele e sentei na cama, logo depois ele entrou e fechou a porta.
-- Anny, me desculpe de verdade se eu te deixei preocupada...
-- não imagina, meu namorado some por três dias q eu vou ficar bem.
Eu sorri irônica.
-- você por para com seu sacarmo?
-- claro, e você pode me dar uma boa explicação?
-- estou tentando.
-- então fale de uma vez.
-- depois do seu acidente eu vi que tinha que tomar alguma atitude como seu protetor, então fui procura por pistas dos Fúrias, e pelo o que parece eles acham que não é você a garota, mais logo eles descobrirão a verdade e você vai precisar estar pronta para enfrentá-los.
-- o que? Eles vão voltar?
-- com certeza irão, Anny eles não vão para em quanto não te acharem e pegar seu colar.
-- então é isso o que eles queriam ? Meu colar? Mais porque?
-- porque ele é a chave que abre um dos lugares mais poderosos do mundo, e os Fúrias estão atrás de vingança.
-- quem eles querem vingar?
-- Genaro ... Genaro Francisquini.
-- o.k se eu tenho que estar pronta para enfrentá-los você não acha que está na hora de eu saber a verdade?
-- você precisa saber a verdade... mais a partir do momento em você souber fica mais perigoso, exemplo na noite que os Fúrias te pegaram se você soubesse a verdade eles saberiam, ele sentiu que você não sabia por isso achou que não era você.
-- agora eu entendi o porque que você não me contou.
-- pois é, mais agora quando eles descobrirem não vai mais adiantar você não saber, então é melhor você estar pronta para quando esse dia chegar.
-- Samantha me contou algumas coisas do tipo da imortalidade e que você recebeu o dom do meu irmão para entrar no mundo dos mortos e essas coisas.
-- sim, na verdade foi seu irmão que pediu que eu cuidasse de você.
-- porque ele não veio me proteger?
Ele hesitou em responder.
-- bom, talvez seja a hora de eu te contar toda a história.
Eu o olhei e por um segundo fiquei com medo de descobrir sobre meus verdadeiros pais, meu irmão e o que esta por vir, mais eu já estava cansada de não saber das coisas e eu queria ter respostas e agora eu finalmente as teria.
-- me conte...
-- vou começar do começo, preciso que você preste a atenção muita atenção.
-- ok.
-- Há trezentos e vinte e anos atrás na Itália havia duas famílias rivais os Francisquinis e os Nosferat, eles sempre disputaram o poder das coisas, jogos, tudo. Eles eram poderosos imortais que conseguiam tudo o que queriam, Genaro Francisquini havia tido um filho com uma meia-mortal, isso porque ela era filha de um imortal com uma humana e Franchesco Nosferat havia se casado com uma imortal e tido um filho mais ela morreu no parto.
Quando o filho de Franchesco tinha cem anos, mais aparência de dezessete, apareceu na pequena cidade onde hoje é a Florença uma linda mulher encantadora com cabelos loiros e olhos verdes esmeraldas e Genaro se apaixonou perdidamente por ela, mais ao contrário ela se apaixonou por Franchesco,mais o que ninguém sabia era que essa mulher era uma feiticeira e muito poderosa, mais depois que ela contou a verdade a Franchesco nada mudou, e Genaro descobrindo que eles iam se casar ficou com ódio mortal dos Nosferat e de Diana, então ele jurou vingança e uma guerra estava para começar...
Uns meses antes do casamento Diana descobriu que estava grávida, mais ela não podia ter a criança por que aquela criança seria o motivo de matança entre os dois reinos e aquela criança seria muito poderosa pois tinha o sangue do grande rei Nosferat e de uma princesa feiticeira, mais logo a noticia chegou aos ouvidos de Genaro que jurou matar a criança.
A guerra havia começado, e as pessoas começaram a escolher seus lados da batalha ente os Nosferat e os Francisquini, muitas pessoas morreram durante dois meses até a criança nascer e Diana percebendo que sua filha corria perigo ela fez um feitiço poderoso e o trancou em uma pedra chamada Lápis-Lazúli que dá proteção a essa menina, e então ela trancou todos os seus feitiços em uma sala secreta escondida dentro do castelo dos Nosferat, e jogou um feitiço sobre a sala e a única que conseguiria abrir é sua filha que tem o seus poder em suas veias.
Mais Genaro estava perto, então Diana deu sua filha a Vinicius filho de Franchesco e pediu que ele a protegesse, e ele jurou a ela que sempre protegeria sua irmã, Finalmente Genaro invadiu o castelo matando Franchesco e Diana que já estava exausta por ter usado feitiços tão poderosos usou ainda mais um matando Genaro, e ela caiu e os servos de Genaro a pegou e colocou em uma fogueira e o filho de Genaro a matou, e depois fugiu. Mais então surgiu os Fúrias que estavam atrás da garota que estava com o poder, e ela ainda era um bebê que estava sendo cuidada por Vinicius, mais ele percebendo que os Fúrias o acharia pediu a um amigo de confiança que levasse sua irmã para bem longe onde ninguém a acharia, e deu lê grandes poderes para que ele cuidasse de sua irmã, e assim foi feito a menina foi levada para longe e Vinicius foi morto por Lord Giullian que é aquele homem que te jogou da escada, e eles procuraram por toda parte a garota mais nunca a encontraram e tentaram abri a sala secreta mais nunca conseguiram. E essa é sua história Anny, os Fúrias finalmente te encontraram e você precisa usar seus poderes para se defender.
Eu estava chocada, não sabia o que dizer...
-- mais se eles eram imortais como morreram?
-- existe uma lança que um líquido que se é enfincada no lugar específico mata imortais.
-- você era o amigo do meu irmão ? Que me trouxe para cá?
-- sim, antes de morrer seu irmão me pediu que cuidasse de você e transferiu todos seus poderes á mim.
-- eles me foram rivais por trezentos anos?
-- sim, mais quando sua mãe apareceu a coisa ficou pior então teve guerra por quatro anos, depois dos quatro anos você nasceu e então os Fúrias te procuram por dezesseis anos.
-- e você tem quantos anos?
-- cento e dezenove.
-- UAU estou chocada.
-- é eu sei que parece estranho.
-- então eu sou a tal garota filha de Fanchesco Nosferat e Diana.
-- sim, por isso que você tem uma cicatriz que tem forma de N é de Nosferat, e seu colar é a chave de tudo e agora que você sabe da verdade você precisa desbloquear seus poderes.
-- como assim desbloquear?
-- você tem abilidade com os quatro elementos, água, fogo, ar, terra. Mais isso é tipo o básico como se fosse uma bruxinha, mais o que você não sabe que tudo o que você consegue fazer é bem maior que isso, seu poder é inexplicável.
Ok, acho que enlouqueci, quer dizer isso existe mesmo no mundo real? Reis feiticeiros, imortais, tudo isso existe mesmo? E eu? Sou a herdeira de tantos poderes? Ou talvez eu sou o motivo de todos os problemas? Minha cicatriz N de Nosferat, bom fazia sentido mais e o colar ? Tipo essa pedrinha azul que eu sempre carreguei comigo é a chave para abrir uma sala secreta onde está o livro de magias da minha mãe, é estranho falar minha mãe quer dizer minha morreu foi assassinada por um cara chamado Hemert, um dos Fúrias que estão atrás de mim,ou melhor do meu colar.
-- Bê, se eles pegarem o colar vão conseguir abrir a sala?
-- Não, só se você fizer o feitiço mais você vai ter que estar usando o colar.
-- como eu faço o feitiço?
-- para isso você precisa desbloquear seus poderes.
-- e como?
-- fazendo um feitiço para isso.
-- mais como? Eu não sei fazer nenhum feitiço.
-- eu vou te ajudar com isso, de agora em diante vamos começar a treinar, você precisa equilibrar os quatro elementos, assim só depois poderá fazer o feitiço para desbloquear seus poderes, e a Samantha vai te ajudar com as aulas de lutas.
-- Lutas? Como assim?
-- Anny uma nova guerra começou e fique tranquila eu estarei ao seu lado, Gustavo e Samantha também.
-- pera aí o Gustavo também é?
-- sim, ele é um imortal.
-- eu não entendo isso de feiticeiros e imortais, mais como assim nova guerra?
-- eu vou te explicar tudo com calma, é uma guerra, os Fúrias querem o poder e querem vingar a morte do seu senhor o Genaro, precisamos estar preparados.
-- eu... eu não sei se quero que essa guerra comece talvez seria mais fácil só entregar o colar e pronto.
-- o que? Não Anny, a vida toda todos os aliados do seu pai lutou para proteger aquele lugar, você não pode simplesmente entregar tudo a eles, e outra você precisa voltar para Itália e assumir o trono.
-- que? Trono? Não Bernardo, eu não quero isso.
-- Anny está no seu sangue, sua família morreu por isso...
-- tem razão, minha família morreu por isso, não quero que mais pessoas morram, quer dizer guerra? Sempre tem mortes em guerras.
-- eu sei, mais você precisar voltar e pegar o livro de feitiços e assumir o trono aquelas pessoas depende da nova rainha.
-- que pessoas? Não quero ser rainha.
-- a população do pequeno vilarejo dentro de Florença eles aguardam o retorno da filha de Diana e do rei Franchesco, eles aguardam pela Paz do vilarejo, os Fúrias devastaram aquele lugar, aquelas pessoas tem esperança que um dia a herdeira retorne, você é a herdeira Anny.
Por um momento eu pensei nas pessoas que eu nem conhecia e que esperava que eu retornaria, mais eu não quero isso, não queria começar nenhuma guerra contra aqueles homens maus, e quem era meu exército? Bernardo, Samantha e Gustavo? Não eu não poderia lutar contra o mal.
-- eu preciso pensar, quer dizer é muita coisa de uma hora só.
-- entendo, vou deixar você pensar mais lembre-se de tudo o que eu te disse e também que não temos muito tempo você precisa começar a treinar.
-- está bem.
Bernardo saiu do quarto, e eu fiquei lá sem saber o que fazer porque eu? Eu só queria fugir, sumir por um tempo onde ninguém me ache principalmente aqueles malditos Fúrias eu precisava tomar minha decisão, mais como? Não posso dar um de heroína e tentar salvar a pátria, ou simplesmente abandonar tudo o que meus pais lutaram e acaba com tudo, quer dizer sem ao menos tentar? Talvez eu devesse aceitar a ajuda de Bernardo e aprende tudo o que eu preciso saber, ele não disse que eu sou poderosa? Então esse poder deve me servir de alguma coisa, vai ser isso, eu vou lutar e vou acabar com os Fúrias vou me vingar pela morte de meus pais, de meu irmão e de todos os outros que lutaram para me proteger, cansei de ser a protegida está na hora de agir e o próximo passo é fazer uma visitinha a Itália.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Capitulo 11

-- Ok? Se você não quer me ajudar tudo bem, mais agora você não pode me impedir de salvar minha melhor amiga.
-- Anny, não seja boba é uma armadilha... quando você aparecer lá eles vão te pegar.
-- eu não me importo!! Bernardo não é qualquer uma é a Lara e você disse que eles são maus, podem machucar ela.
Eu já estava em pânico eu tinha que ir salvar Lara, eu ouvi a voz dela não posso deixar que a machuquem por minha causa.
-- olha, eu vou até lá e você me espera aqui pode ser?
-- o que? Está louco? Não vou ficar de braços cruzados.
-- Anny é você que eles querem, não vão fazer nada comigo e nem com a Lara.
-- mais...
-- mais nada, ou é isso ou nada.
-- tudo bem, mais não demore qualquer coisa me liga.
Ele colocou seu casaco e saiu eu fiquei vendo o carro sumir naquela escuridão era terrível simplesmente não poder fazer nada, minha melhor amiga estava em perigo e agora meu namorado estava indo até lá tudo isso por minha culpa só minha...
Fiquei sentada no sofá com o celular na mão esperando noticias.
-- BUUM!!
O que foi isto? O barulho vinha do meu quarto eu estava assustada lembrei daquele cara que entrou pela janela não sabia se eu ia ver o que era ou apenas deixava para lá, então continuei parada no mesmo lugar e ouvi o barulho de novo mas dessa vez bem mais alto, dei um pulo meu coração acelerou e eu comecei a suar frio.
Um passo de cada vez, fui subindo as escadas lentamente minhas mãos estavam molhadas, minhas pernas bambas fui subindo até chegar ao ultimo degrau andei em direção ao meu quarto a porta estava aberta e eu entrei não havia nada só as cortinas da janela balançando fui até lá e fechei a janela e quando me virei.
-- Olá garota!
Aquele sorriso malicioso, aquele homem eu estava em pânico não conseguia gritar não conseguia me mover e então não fiz absolutamente nada, ele se aproximou meu coração já estava saltando para fora.
-- onde está seu namoradinho dessa vez?
Meus olhos começaram a lacrimejar e fiquei lembrando das coisas que o Bernardo disse “ é você que eles querem”...” não seja boba é uma armadilha”, era uma armadilha e nós caímos talvez Lara nem estava em perigo e agora não importava mais.
-- O que você quer?
Finalmente consegui falar.
-- Venha comigo tem alguém que quer te ver.
Ele se moveu tão rápido até mim, que eu não conseguir nem dizer nada quando eu reparei já estava desmaiando.
**
Meus olhos ardem, eu os abro lentamente não consigo ver muito e espera... estou amarrada ... em uma cadeira. Dois homens de preto se aproxima.
-- então você é a garota?
-- que garota?
Ele olhou para o outro cara sem paciência.
-- que sabe do segredo, então seja boazinha e nos diga onde está?
-- onde está o que?
Eu realmente não sabia do que eles estavam falando, que segredo? O que eles querem? Eu já estava ficando cheia de tantos mistérios.
-- não me irrite garota, fale logo onde está?
-- não sei do que você está falando...onde está o que?
Ele veio rapidamente até mim igual o outro cara no meu quarto que estava logo atrás dele sorrindo, aquele sorriso me dava arrepios.
-- o.k vou falar só mais uma vez, onde é que está a chave?
Agora ele endoido de vez, caramba que chave? Eu não estou entendendo mais eu vi que ele estava sem paciência comigo e se eu não desse o que ele queria sua raiva poderia me matar, mais essa é a parte ruim, eu não faço a minima idéia do que dizer eu não sei do que ele estava falando e eu estava com medo.
-- estou falando sério não sei do que você está falando.
Ele gritou.
-- HEMERT!! VOCÊ DISSE QUE ESSA ERA A GAROTA.
O cara que estava atrás dele, que foi o que me capturou e que pelo jeito se chamava Hemert ficou assutado e deu um passo a frente.
-- tenho certeza que é ela senhor.
-- então porque ela não sabe do que estamos falando?
-- ela está mentindo só pode.
-- Não estou mentindo!! não sei do que vocês estão falando.
-- essa não é a garota seu idiota.
-- tem que ser ela.
-- não está vendo? Ela não faz a minima idéia do que estamos falando você me trouxe a garota errada.
Não fazia a minima idéia mesmo, mais eu estava com medo da fúria daquele cara parecia que ele ia matar o tal do Hemert.
Enfim eu olhei para trás e vi o lugar que eu estava, era uma casa enorme e eu estava amarrada em uma cadeira no topo da escadaria em baixo havia uma grande janela de vidro que dava para ver o outro lado, havia uma sala abandonada.
-- você é um tremendo de um idiota!!
Olhei rapidamente para os dois e então o cara segurou Hemert pelo pescoço e o levantou, agora eu estava apavorada.
-- Não senhor por favor me dê outra chance.
-- Há dezesseis anos estamos atrás dessa garota e você não a encontra.
-- eu a achei, é ela, procurei por pistas e então achei os pais dela e eu os matei para eles sairem do caminho.
O que? Ele matou meus pais... eu fiquei com muita raiva e desejei que o tal “senhor” o matasse e ele o fez.
-- você é um idiota Hemert.
Ele simplesmente apertou com tanta força o pescoço dele que quebrou e o cara caiu morto no chão e então ele me olhou.
-- e quanto a você...
eu estava com medo do que ele ia dizer.
-- bom, você não me serve de nada.
Com uma pancada na cadeira eu voei longe rolando pela escada rapidamente e batendo contra a grande janela de vidro a fazendo quebrar.
A Cadeira havia quebrado e eu me soltei, olhei para cima e ele havia sumido então veio a dor minhas mão estavam sangrando, minha perna havia enfiado cacos de vidro nela e também sangrava meu braço esquerdo acho que o quebrei na hora que bati com força contra a janela de vidro, mais havia um grande pedaço de vidro enfiado do lado direito da minha barriga perto do quadril eu olhei apavorada e vi o sangue sair tentei tirar com calma mais doía demais, lá estava eu toda machucada, sangrando deitada no chão de um lugar que eu nem sabia onde era.
Phanton Of The Opera começou a tocar... espera era meu celular e estava caído a um metro de distância de onde eu estava, não sei como não quebrou então me arrastei até ele e atendi.
-- Oi.. - minha voz parecia mais como um gemido de dor.
-- onde você está ??
-- B-bernardo... eu, não sei.
-- como não sabe?
-- a Lara está bem?
Não era hora disso, mais eu estava preocupada com ela.
-- Cheguei lá e não havia nada, fui até a casa do Gustavo e ela estava lá com ele.
-- que bom.
-- onde você está?
-- Bê eu acho que estou morrendo...
-- o que?
-- ta ficando tudo escuro, e estou perdendo muito sangue, por favor me ajude.
-- Meu Deus Anny, onde você está ? O que aconteceu?
-- não sei onde estou, mais por favor me encontre uns caras me pegaram.
-- calma calma, vou te rastrear pelo celular mais por favor não feche os olhos.
Parecia tão simples apenas não fechar os olhos, mais naquele momento era quase impossível.
-- eu não sinto mais dor, ta tudo ficando escuro.
-- por favor aguente, já estou te achando... espera eu sei onde você está, estou indo para ai, aguente firme.
-- me ajuda.
O celular caiu da minha mão, eu estava sem força e a ultima coisa que eu escutei antes de fechar os olhos foi Bernardo no telefone.
-- estou chegando, aguente Anny por favor.
***
Abri os olhos, estava tudo embaçado mais aos poucos foi melhorando então senti meu corpo formigar. Olhei em volta eu estava em um quarto branco que parecia um... hospital, ao meu lado havia uma cadeira marrom, pisquei duas vezes eu vi Bernardo entrando pela porta.
-- como esta se sentindo?
-- não sinto meu corpo.
-- normal é por causa da anestesia.
Passei minha mão enfaixada até minha barriga onde eu havia cortado e estava com curativo e enfaixada também, ao tocar doeu.
-- que alivio ver você bem.
Ele puxou a cadeira marrom mais para perto sentou-se e pegou cuidadosamente minha mão que estava enfaixada, na verdade as duas estava.
-- sinto muito por isso Bê.
-- hei, a culpa não é sua amor.
-- o cara matou o tal de Hemert.
-- Hemert?
Perguntou ele assustado.
-- sim, é aquele mesmo cara que entrou no meu quarto aquela vez.
-- ah sim, e que cara que matou ele?
-- um cara mais velho de cabelos castanhos e com o olhas extremamente assustador.
-- eles falaram o nome dele?
-- não, mais o Hemert o chamava de “ senhor”.
Ele soltou imediatamente minha mão e olhou assustado para mim.
-- você tem certeza?
-- tenho, Bernardo por que essa cara o que isso significa.
Tarde demais ele se levantou e saiu fechando a porta do quarto, aquele olhar de Bernardo me deixou nervosa o que fazia meu corpo doer ainda mais, parecia que o efeito da anestesia estava passando e eu voltava a sentir dores.
Lara entrou pela porta sorridente com uma caixinha de bombons.
-- ai que bom que você está bem amiga.
Eu a olhei pensando, será que ela sabe?
-- claro que quando eu liguei perguntando de você e o Bernardo atendeu levei um susto por saber que ele estava vivo, caramba como você é desastrada Anny, você foi atrás do Bernardo na casa de campo e caiu da escada batendo na mesinha de vidro que tinha lá, meu Deus só você para fazer isso.
Eu demorei um pouco para entender tudo, Bernardo havia inventado uma historia para explicar isso.
-- pois é...
-- ah propósito trouxe bombons.
-- Obrigada.
-- imagina, mais me conta como você descobriu que o Bernardo não tinha morrido, sabe no acidente da casa.
Me senti mal por lembrar que eu causei tudo aquilo.
-- Bom, ele não contou?
-- contou... tipo que você brigaram e o fogo da lareira pegou no galho seco que tinha la e tudo começou a pegar fogo e daí vocês não se viram mais e você achou que ele tinha morrido, mais daí ele reapareceu ontem e você ficou brava por ele não ter aparecido logo de cara e saiu brava e caiu da escada e enfim está aqui.
Uau Bernardo tem uma boa criatividade.
-- pois é ele contou tudo já.
-- eu sei, mais e os detalhes... você sabe.
-- ai Lara eu estou um pouco cansada a anestesia me dá sono.
-- claro, desculpa amiga.
Eu apenas sorri.
Samantha e Gustavo entraram no quarto.
-- Hei sua maluca, como está se sentindo?
-- não definido.
Nós rimos.
Gustavo chamou Lara para sair e ela foi.
-- Bernardo me contou tudo.
-- pois é complicado a briga e tudo mais.
-- não Anny, sobre os Fúrias.
-- Fúrias? Do que você está falando?
-- hei não precisa disfarçar, eu sei da verdade toda que os Fúrias estão atrás de você.
-- porque Fúrias?
-- é o nome do clube do mal.
-- clube?
-- é tipo assim, nós os chamamos de Fúrias os caras que são do lado do Genaro Francisquini
-- quem é Genaro?
-- caramba o Bernardo não te explicou nada?
-- não.
Eu estava confusa, muito confusa.
-- bom, então e melhor ele explicar.
-- então quer dizer que você sabe do segredo dele.
-- que ele é um bruxo ? Ah não Feiticeiro os chamamos assim.
-- então quer dizer que você não é uma..
-- Feiticeira? Não não, sou apenas imortal.
-- imortal?
-- ai meu Deus você não sabe de nada mesmo, vou explicar.
-- acho melhor.
Ela sorriu.
-- é assim, eu tenho setenta e três anos...
-- queeee??
ela caiu na risada.
-- é, é estranho eu sei, mais continuando... quando eu tinha exatamente dezoito anos estava numa festa muito doida, e meus pais me ligaram e eu não queria ir embora mais eles foram me buscar e eu tive que ir a força então fiquei brigando no carro até meu pai perder o controle e bater, capotou e eles morreram mais quando eu estava atravessando para o mundo dos mortos Bernardo me trouxe de volta e me deu um líquido vermelho que me deu a imortalidade...
-- pera ai então é só tomar e você vira imortal?
-- logico que não, isso só funciona quando você estiver na fronteira do mundo dos mortos tipo entre os mortos e os vivos e se você tomar ganha imortalidade.
-- e como você voltou?
-- Bernardo me trouxe de volta.
-- como, ele também estava morrendo?
-- Não, ele tem o dom de ir até o mundo dos mortos, recebeu isso de presente do seu irmão.
-- meu irmão?
-- acho melhor o Bernardo te contar essa parte, mais antes você precisa sair do hospital.
-- pera aí eu tenho um irmão?
-- sim, mais o Bernardo vai te contar toda a história.
Ela saiu do quarto, e eu estava totalmente feliz por descobrir que eu tinha um irmão, eu tinha uma família, mais eu estava com dor na cabeça de tanta informação quer dizer tem Fúrias atrás de mim, Samantha é uma imortal, e meu namorado é um feiticeiro e tem o dom de visitar do mundo dos mortos e eu tenho um irmão, mais se Bernardo tem o dom de ir até, será que tem como ele me levar? Para ver meus pais...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Capitulo 10

Abro a porta lá estavam eles sentados rindo e conversando, Lara me vê e se levanta.
-- Hei, Anny já voltaram porque?
-- A- aconteceu um acide-ente.
Eu estava esgotada, os bombeiros fizeram muitas perguntas e eu menti, disse que estava sozinha na casa.
-- o que aconteceu ?
Eu fui caindo, e ela correu e me segurou.
-- Meu Deus Anny, você está péssima, o que houve?
-- Eu vou tomar um banho, depois a gente conversa.
Subi as escadas devagar e Samantha pergunta:
-- onde está o Bernardo?
Eu parei, respirei fundo e optei por não responder apenas continuei subindo, me sentia mal por estar na casa dele afinal tecnicamente eu o matei me deu um aperto no coração de imaginar que eu era uma assassina e eu matei aquele que eu estava apaixonada, mais que me escondeu grandes segredos e provavelmente era o culpado pela morte de meus pais... ou talvez não,e se eu tivesse feito tudo isso atoa? Eu não conseguia ligar mais as coisas, eu estava confusa.
Entrei no chuveiro e sentindo a água escorrer sobre mim, eu me sentia forte novamente não estava esgotada minha força estava de volta, seja lá o que eu for nem toda força do mundo apagaria a tristeza de dentro de mim, eu perdi meus pais, meu namorado, e não queria perder mais ninguém.
*
Desci as escadas e todos estavam esperando por uma explicação.
-- hei, Anny onde está o Bernardo?
Me sentei.
-- aconteceu um acidente...
Lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos.
-- o que houve? - perguntou Samantha aflita.
-- fomos para a casa de campo, e sentamos na frente da lareira e... não sei como pegou fogo eu um galho seco que estava para fora e começo a pegar fogo muito rápido e ele falou para eu correr, eu corri o mais rápido que pude por causa da fumaça e então sentei no gramado lá de fora esperando ele sair, mais a casa desmoronou e ele não saiu.
Me deu um aperto no coração por estar mentindo, e mais ainda porque tecnicamente eu causei isso, o fogo, e então logo a morte de Bernardo, bom para falar a verdade eu não tinha certeza se ele estava morto, mais é o que tudo indica.
-- pera aí, mais você tem certeza que ele morreu?
Abaixei a cabeça.
-- eu não sei, ele não saiu e a casa desmoronou, não sei se tinha outra saída.
-- mais ele não pode... meu você não chamou bombeiro?
-- eu estava desesperada ok ? E fraca porque inalei muita fumaça.
-- não pode ser possível isso, temos que achá-lo.
Senti uma forte dor na nuca, começou aquela dor outra vez ardia como se tivesse pegando fogo.
-- AI AI AIIIII.
Coloquei a mão na nuca e senti minha cicatriz como se estivesse em alto relevo e estava muito quente. Gustavo se aproximou.
-- calma, vou buscar um remédio para dor passar.
-- vai looogo está ardendo.
Ele correu até sua salinha de médico e voltou com alguns comprimidos, eu os engoli de uma vez, me dava agonia aquela dor.
Aos poucos a dor foi melhorando, então percebi que não queria mais ficar ali, quer dizer morar na casa de Bernardo sem ele? Não. Eu já estava melhor e precisava ir para casa.
Me levantei e fui até meu quarto, arrumei minhas coisas e desci as escadas.
-- onde está indo. - disse Gustavo.
-- para casa.
-- como assim?
-- não faz mais sentido eu morar aqui, e outra minha casa está sozinha vou voltar para lá.
-- você não precisa ir...
-- mais eu quero.
Me aproximei dele.
-- muito obrigada por tudo de verdade.
-- imagina, você será sempre bem-vinda, ah e leve uns comprimidos daqueles se por acaso a dor voltar.
-- Obrigada.
Segurei o saquinho de comprimidos e os coloquei na bolsa.
-- hei, vai mesmo então?
-- pois é S, vou sim.
-- se cuida menina, qualquer coisa é só chamar.
-- pode deixa, você também.
Eu estava saindo pela porte quando Gustavo grita:
-- espera aí mocinha, vai andando por acaso?
Eu sorri.
Gustavo me levou até em casa, foi realmente estranho voltar para casa depois tudo.
-- você vai ficar bem ?
--sim.
Ele saiu com o carro, e eu usei minhas antigas chaves as fechaduras eram as mesmas, os antigos moradores se mudaram e o seguro pagou eles pelo fato da morte do meus pais.
Subi as escadas e entrei no meu quarto ele estava exatamente do mesmo jeito que eu deixei eles não mudaram nada.
Deitei em minha cama e fiquei olhando para o teto pensando em tudo o que aconteceu recentemente, eu estava cansada, muito cansada para pensar em tudo, então eu apenas fexei os olhos.
-- Anny eu vou estar sempre com você...
Espera essa voz, é do...
-- não pense nada, só me escute.
Fiquei com os olhos fechados esperando o que ele tinha a me dizer.
-- sei que o quanto é complicado para você, mas você pensou errado de mim não sou culpado por nada o que houve com você eu só quero protegê-la, me apaixonei por você e não posso simplesmente deixá-la.
Meu coração acelerou metade de mim estava feliz por ele não ter morrido, e por estar comigo.. mais por outro lado eu não conseguia confiar nele completamente então eu abri os olhos e dei um pulo da cama.
-- quem é você ???
Um cara alto com olhos pretos e roupa preta foi se aproximando e eu fui me afastando na minha cama.
-- quem é você?
Ele deu um sorriso malicioso e continuou se aproximando, meu coração disparou eu estava com medo, muito medo, e estava sozinha com aquele cara que eu não conhecia.
-- então...
não tinha para onde eu correr, ele tinha uma aparência de uns trinta anos, estava todo de preto e soava malicioso.
-- então o que ? Como você entrou aqui?
Ele apontou a janela.
-- mais como?
Era impossível eu estava no segundo andar só se ele voasse?
Ele sorriu mais uma vez e ele... levitou? Como se ele voasse, flutuasse.
-- o que você quer comigo?
Ele apontou para meu colar. Eu olhei com medo e o segurei, ele não poderia, porque? Entrei em desespero e me levantei e sai correndo, mais ele me segurou muito forte eu gritei.
-- ME SOLTA ME SOLTAA.
Ele não me largava e me viro e na hora que ele ia arrancar meu colar alguém o empurrou, eu corri ate a porta e vi que era o ... Bernardo, não tive reação não conseguia correr fiquei ali parada vendo ele lutar com o cara eu nunca fiquei tão feliz em vê-lo igual agora.
O cara olhou bem para ele e ia se aproximar para golpeá-lo quando Bernardo fechou as mãos fazendo uma posição como se ele fosse fazer um cumprimento japonês mais então ele foi abrindo lentamente e havia uma bola de água e ela foi ficando maior e maior até que ele a empurrou em cima do cara que voou para fora da janela, eu corri até a janela e ele havia desaparecido e então olhei para Bernardo.
-- como isso?
Ele correu e me abraço eu retribui o abraço.
-- você está bem?
-- sim, quer dizer meu Deus o que foi isso??
-- sente-se por favor.
Eu me sentei e ele se sentou a minha frente.
-- eu sou um feiticeiro.
-- o que? Como assim, essas coisas não existem Bernardo.
-- Anny por favor, como você acha que eu fiz aquilo?
-- sei lá algum truque.
-- não seja ignorante.
-- agora você está me insultando.
-- só me escute ok?
Eu fiz que sim com a cabeça.
-- Eu não sou a pessoa má que seus pais se referiam, na verdade sou seu protetor.
-- pera aí protetor?
-- Anny por favor...
-- desculpe.
-- então, na verdade esse cara era uma das pessoas más que estão atrás de você e muitos outros virão... e eu preciso estar com você.
-- ele queria meu colar, porque?
-- porque seu colar é poderoso Anny, você não faz idéia do quanto.
-- mais ele é a única coisa que eu tenho dos meus pais biológicos.
-- exatamente, olha você tem muito o que saber ok? Mais não agora e nem hoje.
-- não, pera aí você precisa me contar...
-- você vai saber ... logo, mais hoje é melhor você descansar.
Ah ok, ele fala como se eu conseguisse dormir depois de minha casa ser invadida por um cara que voa, e depois eu descobrir que meu namorado\ protetor\ não sei ao certo é um feiticeiro, ah por favor parece piada.
-- não quero descansar, quero saber a verdade.
-- tenha uma pouco mais de paciência, agora você tem que manter em segredo que eu sobrevivi.
Ops, havia me esquecido do pequeno detalhe que eu tentei matá-lo.
-- me desculpe por aquilo...
-- está tudo bem.
-- hei, como eu consegui fazer aquilo? Quer dizer o fogo... tipo sempre acontece coisas estranhas comigo mais não daquele jeito , aquilo foi ... assustador.
Ele sorriu.
-- você tem um dom.
-- dom? Qual é fazer coisas pegar fogo é dom?
-- acredite, é .
-- me promete que vai manter em segredo que eu sobrevivi? E tudo o que aconteceu e tudo o que você sabe?
-- como se eu soubesse muito, mais Bê.. teu irmão a Samantha estão preocupados com você.
-- fique tranquila, no fundo eles sabem que eu não morri.
-- pera aí eles também sabem que você é um... feiticeiro?
Ele sorriu e fez que sim com a cabeça.
-- traidores, eu me senti culpada.
-- eu sei, e tem outra coisa...
-- o que?
-- não me afaste de você novamente.
-- já entendi você é meu “protetor”.
Isso soou irônico, e ele sorriu.
-- sim sou, mais ainda sou seu namorado?
Eu me senti feliz por ele não ser o culpado de tudo e eu confiava nele, não tinha o porque dele não ser, então eu o beijei.
-- isso responde sua pergunta?
Ele me beijou novamente e me deitou na cama, começamos a nos beijar e tudo começou a ficar quente, ele me apertava e eu também, eu não queria parar, e pelo jeito nem ele, não sei o que meu deu que eu apenas subi a camiseta dela e a tirei, ele fez o mesmo comigo e ele começou a beijar meu pescoço e então começou a tocar...
-- Phantom Of The Opera?
Me afastei e sorri.
-- ah não preciso atender.
E fui em direção para beijá-lo.
-- pode ser importante.
Peguei meu celular.
-- Oi.
-- hei te acordei?
-- Lara.. ah não eu estava ... lendo.
Bernardo riu e eu me segurei para não rir também.
-- ah sim, só queria saber como você está?
-- bem, muito bem.
-- fiquei preocupada, você não me disse nada que ia voltar para casa... quer que eu vá dormir ai com você?
-- Oh, não... obrigada amiga mais estou cansada e já já vou dormir, mais obrigada de verdade.
-- imagina, bom então até amanhã , vai para escola não é ? faz dias que você não vai por causas dos acontecimentos...
-- sim sim, vou sim a escola, bom está tarde amiga, vou deitar Boa noite.
-- boa noite até amanhã.
Eu me sentia péssima por estar mentindo para Lara, mais não podia simplesmente contar toda a verdade ela não entenderia.
-- serio mesmo que seu toque e Phantom Of The Opera?
-- ah qual é, eu amo essa música.
-- sim, mais seu toque não era esse...
-- eu mudei ok? E vamos mesmo fazer um debate sobre o toque do meu celular?
-- definitivamente não.
Nós dois demos risada.
-- é como você disse está tarde...
-- você não tem que ir embora não é?
-- não, quer dizer só se você quiser...
-- não não, de jeito nenhum, você pode morar aqui comigo, sabe... já que ninguém pode saber que você está vivo.
-- hum, tentador...o.k já que você insiste.
-- palhaço.
Dei um tapinha nele e dei risada, ele me fazia bem outra vez eu estava feliz por ele estar lá.
-- bom, amanhã você tem aula...
-- ai nem me lembre que droga.
-- faz parte.
Eu parei e percebi que ele estava sem camisa e eu sem blusa por um momento me senti envergonhada mais depois pensei bem e... era normal não era? Pelo menos era a coisa mais normal que me aconteceu essa noite, eu ainda pensava um pouco sobre as coisas que ele disse e... o cara sinistro que apareceu, mais me sentia protegida por ele.
Ele se deitou e me puxou para me deitar com ele, eu o abracei me senti confortável ali com ele.
-- Boa noite Anny.
-- Boa noite Bê.
***
Segunda-feira 6:45 am.
Aquele som, o terrível e irritante som do meu despertador olhei para o lado e... onde está Bernardo? Ah ok, ele já sumiu.
Me levantei, tomei banho e me troquei desci as escadas e lá estava ele sentado na mesa cheia de comida.
-- da onde veio tudo isso?
-- eu que fiz?
-- fez café para mim?
-- não seja convencida, fiz para nós.
Eu sorri e me juntei a ele.
-- então dormiu bem?
-- perfeitamente bem, e você?
-- idem.
Escuto uma buzina, olho rapidamente para Bernardo.
-- é o Gustavo.
-- o que? Mais porque?
-- vai logo, antes que ele entre.
Levantei correndo peguei minha bolsa e dei um beijo nele.
-- boa aula.
-- obrigada.
Sai e tranquei a porta.
-- Bom dia garota.
-- bom dia para vocês.
-- entre amiga.
-- uau, Lara você dormiu na casa dele ou ele passou para te pegar?
-- dormi lá.
Eu fiz cara de maliciosa.
-- ah pode para, nós dormimos ok?
-- não estou dizendo nada, você que está se entregando.
-- engraçadinha.
Gustavo estacionou na frente do colégio Lara o beijou e saiu do carro e eu sai junto com ela, nós duas estava sorridente e de bom humor.
-- senti sua falta lá na casa do Gustavo.
-- sei. Duvido que o Gustavo te deu tempo para você sentir minha falta.
-- hoje você está bem engraçadinha em.
-- OPS. Foi mal.
Entramos na sala de aula sorrindo atoa.
-- uau, que felicidade a de vocês em, pelo jeito a noite foi boa.
-- ah Lola, a da Lara foi, a minha foi normal.
-- o que você fez Lara?
-- qual é gente, não fiz nada.
-- duvido.
-- eu também.
-- tá tá, vocês venceram...
-- vencemos?
-- é então... aconteceu.
-- AAA SERIO ? CONTA CONTA.
-- fale baixo Lola, pois é aconteceu e tipo foi muito bom.
-- to chocada com você Lara.
-- porque Anny?
-- ah não, você foi primeiro que eu, não acredito.
-- sua boba.
Eu dei risada.
-- Meninas, pelo jeito o papo está bom mais pode ir se separando e prestar atenção na aula.
-- estava bom demais para ser verdade.
-- tinha que ter esse chato do professor de Física.
-- estraga prazeres.
Fomos cada uma para uma carteira e eu olhei para Lara e disse baixinho.
-- Depois você me conta tudo.
-- pode deixa.
Senti meu celular vibrar dentro da bolsa, o peguei escondido era mensagem de texto.
Voltarei só a noite.”
B.R
Eu sorri, e respondi.
Provavelmente irei para casa da Lara
ela tem coisinhas para me contar. “
logo chegou outra.
coisinhas é? Já sei coisa de garotas”
Discretamente olhei para o professor e ele estava concentrado em explicar as leis de newton e continuei nas mensagens.
tecnicamente não, precisa de um Homem junto.''
logo chegou outra.
estamos falando de nós ou da Lara?”
-
da Lara e do meu cunhadinho”
-
Gustavo?”
-
tenho outro?”
-
uau, esses dois em “
-
para você ver”
-
hei, vou resolver umas coisas e daí qualquer coisa você me manda mensagem aqui nesse número.. e não se esqueça segredo em... a propósito te amo.”
Ai que fofo, eu estava parecendo uma boba olhando para a tela do meu celular, e então Lara me cutuca.
-- você está bem?
Fechei meu celular imediatamente e o coloquei na bolsa.
-- sim porque não estaria?
-- sei la você fica rindo atoa.
-- logico que não , para de ser boba.
Virei para frente peguei meu celular e mandei outra.
te vejo de noite, pode deixa segredo absoluto e a proposito também te amo.”
Depois do colégio fui para casa da Lara, ela me conto como foi a primeira vez dela com o Gustavo e ficamos lá rindo, comendo besteiras como antes, quando começou a escurecer fui para casa não podia ficar até tarde, era perigoso.
-- Cheguei!!
Entrei e nem sinal dele, subi as escadas e fui ate o quarto e nada...talvez ele ainda não chegou, mais ele não podia demorar quer dizer eu não podia ficar sozinha em casa, fui tomei banho e deitei na cama e peguei um livro para ler mais toda hora ficava olhando pela janela,escutei um barulho... fiquei olhando atenta para ver se era o Bernardo, os passos foi aumentando subindo as escadas, meu coração já estava acelerado o trinco da porta girou e...
-- demorei?
-- ah graças a Deus, achei que fosse...
-- desculpa ter demorado.
-- você me assustou.
Meu telefone tocou.
-- oi.
-- você tem duas horas para vir até o prédio abandonado vermelho e resgatar sua amiguinha.
-- que? Quem é?
-- Anny, por favor me ajuda...
Era a Lara e ela estava chorando, e alguém a pegou.
-- Lara fica calma.
Desligaram o telefone, eu entrei em desespero.
-- Bernardo raptaram a Lara.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Capitulo 9

Tudo era tão lindo, o gramado verde, as árvores floridas e eu caminho em direção as flores e de longe consigo ver duas pessoas...
-- Olá... quem está ai?
Mais ninguém responde, eu corro em direção a eles , quando me aproximo os reconheço.
-- mãe? Pai?
-- Anny querida.
Eu os abraço.
-- mais como? Achei que vocês tivessem morrido...
-- sim, morremos, mais vamos estar sempre com você filha.
-- mais mãe, eu queria tantas respostas...
-- calma filha, você vai ter todas as respostas que precisa, mais não agora.
-- porque? Quem está atrás de mim ? O que tem nesse colar?
-- uma coisa de cada vez, mais agora precisamos ir.
-- NÃO!! , por favor fiquem.
Eles me abraçaram.
-- filha, tome cuidado, gente muito má está atrás de você.
-- quem?
De repente, tudo ficou escuro, o céu ficou preto e as árvores começaram a pegar fogo.
-- está na hora.
-- NÃAO !! PAI, MÃE , não me larguem novamente.
-- é preciso.
Eu me virei para olhar o fogo, e quando viro novamente eles não estão mais lá.
O fogo se aproximava cada vez mais de mim e eu começo a ficar com calor muito calor e não tem saída, seria meu fim ? Morrer queimada? Fecho meus olhos e desejo sair de lá, mais nada acontece, e então o fogo começa a subir na barra do meu vestido ... mais espera, eu não o sinto, o fogo está tomando meu corpo e eu não sinto queimar como isso é possível ? É como se eu o dominasse, eu podia pegar o fogo em minhas mãos, isso era impossível, porém divertido eu começo a brincar com o fogo e quando me vejo estou em chamas LITERALMENTE, quando olho longe vejo uma onda gigantesca de fogo eu começo a correr, mais parece em vão e eu entro em desespero e então eu caio e corto minha mão em um galho de árvore, e o a onde fogo se aproxima.
-- Não , nãaao.
Dou um pulo da cama, oh meu Deus foi um sonho.
-- Samantha?
Eu a olho e ela está sentada na beira da minha cama.
-- boa dia Anny.
-- o que você faz aqui, e cadê o Bernardo?
-- só estou observando e ele saiu cedinho.
-- me observando?
-- ah esquece, e então o que tem de bom para fazer nesta cidade?
-- ah podemos dar umas voltas.
-- ok, então se troque.
Me levanto e vejo que o lençol está com pingos de sangue olho para minha mão, e ela está...cortada e sangrando. Como ? Como eu me cortei durante a noite? Espera como é possível eu me cortei no sonho, vou até o banheiro e limpo o sangue e enfaixo minha mão com um pano de primeiros socorros.
Troco de roupa e desço as escadas Bernardo está lá em baixo conversando com Samantha, ao descer sinto uma forte dor na minha nuca, onde está minha cicatriz, começa a doer demais e eu desacordo.
Abro lentamente meus olhos, minha cabeça dói olho para o lado, Lara está lá.
-- Anny, você está bem?
-- L-lara.
Só para falar minha cabeça dói, olho meu braço e ele está todo enfaixado.
-- xii, é melhor não falar.
-- o que aconteceu?
Eu falo com muita dor na cabeça e no corpo.
-- acho que você teve uma tontura e despencou da escada.
-- onde está o Bê?
-- já está vindo.
Bernardo e Samantha aparece na porta, mais eles não entram, e eu não sei porque, Gustavo vem atrás e entra,.
-- como está se sentindo?
-- está tudo doendo.
-- imagino, sua desastrada.
Eu tento sorrir, mais dói.
-- você tem que ficar calma, sei que está doendo.
Minha cicatriz começa a arder e doer de novo muito, eu começo a gritar.
-- AI, AI AIII , está doendo demais? O que é isto? Porque dói?
-- calma, calma.
Bernardo entra correndo e segura em minha mão, mais é como se desse um choque e ele solta imediatamente.
-- fique calma querida, vai dar tudo certo.
Lara sai do quarto, ela não consegue ver ninguém com dor que dá agonia.
-- Bê, o que está acontecendo comigo?
Ele olha para Gustavo e depois para Samantha na porta.
-- transformação.
-- O QUE?
Gustavo aplica uma injeção que me faz adormecer no mesmo segundo.
***
Após horas eu acordo, Bernardo está ao meu lado.
-- hei Anny, como se sente?
-- estou melhor, mais não sinto meu corpo, como se estivesse adormecido.
-- é normal.
-- o que está acontecendo comigo?
-- xi , não se esforce muito a dor pode voltar.
-- não mude de assunto, por favor o que está acontecendo comigo?
-- quando você melhorar, vamos conversar sobre isto.
-- Bê, coisas estranhas andam acontecendo.
-- tipo o que?
-- eu sonhei com meus pais, e de repente tudo começou a pegar fogo, mais o fogo não me queimava e então eu cai e machuquei minha mão e hoje quando eu acordei minha mão estava sangrando exatamente onde eu machuquei no sonho.
Ele fez cara de medo.
-- você conversou com seus pais no sonho?
-- sim.
-- e o que eles falaram?
-- que eles estariam sempre comigo, e que tem gente muito má atrás de mim.. e também que com o tempo todas as respostas para as minhas perguntas viriam.
-- Anny preste a atenção, muita coisa está por vir, eu preciso que você tenha paciência.
-- como assim? Você sabe o que está atrás de mim ?
-- agora não posso falar muito sobre isso, mas aos poucos você vai ter todas as suas respostas.
-- porque todo mundo diz isto, porque ninguém me conta as coisas, Bê você é meu namorado, por favor não esconda isso de mim, eu preciso saber.
-- sim, mais não agora.
Ele se levantou e saiu do quarto, tentei impedir mais não consegui, meu corpo não reagia.
Eu sentia medo do que estava por vir, estava com medo de tudo isso o que estava acontecendo, eu queria minha vida normal de volta, tudo era normal antes... antes de eu conhecê-lo, talvez essa fosse a chave de tudo, quando Bernardo entro em minha vida trouxe com ele todos esses problemas, talvez se eu não começasse a namorá-lo meus pais não teriam morrido, e eu não passasse por tudo isso, isto não era nenhum sonho ou pesadelo era real e o real me dava medo,como eu queria que as coisas voltassem a ser como era, antes dele, podia ser egoismo da minha parte mais eu o culpava, não gostaria de sentir isso mas a única coisa que eu conseguia era culpá-lo, tentei afastar estes pensamentos da minha cabeça, mais era impossível as coisas apenas vinham em pensamento desde do dia que eu o conheci que eu o vi na livraria, talvez não fosse destino as vezes ele trombou comigo de propósito e depois quando o Gustavo me atropelou, era isso que eles queriam se aproximar de mim, mais porque? Porque eu? Minha cabeça voltava a doer, mais os pensamentos não saía, como no dia do lago que ele estava lá no mesmo momento em que eu cai, como ele sabia? Ou talvez foi ele mesmo que me empurrou, meu Deus e se ele for a pessoa má que meus pais se referiam ? Meus pais morreram logo depois de conhecer ele, e aquele sonho, em que ele e o Gustavo era cúmplices e que eles pegavam meu ... COLAR, então é isso, ele quer que eu confie nele para entregar meu colar a ele, agora tudo faz sentido e eu preciso sair daqui, rápido.
Meu corpo doía e minha cabeça também eu não tinha forças para sair de lá, então eu vou jogar o jogo deles e fingir que eu não sei de nada e quando eu tiver forte o suficiente eu o desmascaro.
-- Anny querida, está melhor?
Como ele era lindo, e cínico.
-- minha cabeça ainda dói um pouco mais estou melhorando aos poucos.
-- que bom. Você quer alguma coisa?
Que claro, que ele mostre quem ele realmente é.
-- Não obrigada.
Ai esse papo de ser falso me dava nos nervos, tudo bem que eu posso estar enganada, mais agora tudo faz sentido essas coisas horríveis começaram acontecer logo depois que ele entrou em minha vida e eu tão boba acreditei nele, e sempre me senti protegida com ele, talvez fosse isso que ele quisesse que eu que eu achasse que ele é o Herói, mais chega de me enganar... uma lágrima desceu em meus olhos, eu estava sozinha.
-- hei, você parece triste? O que foi amor.
PARA TUDOOO, ele me chamou de amor ? É serio isso ? Calma calma, ele só está fingido , mas e se não estiver? Então quer dizer que ele realmente gosta de mim de verdade , ai ai minha cabeça voltava a doer de tanto pensar eu acho, não que eu não sou muito de pensar, mais depois de tudo o que houve comigo eu estava cansada demais para decidir isso, mais a minha teoria de que tudo é culpa do Bernardo ainda é a primeira opção.
-- só estou cansada.
-- vou deixar você descansar.
-- Obrigada.
Ele sorriu, e veio me dar um beijo na testa e depois saiu.
***
As vezes eu me sentia horrível de estar pensando horrores dele, mais eu precisava ser realista e meus pais disseram que há alguem malvado atrás de mim, eu queria entender o porque, PORQUE EU ? O que há de tão importante neste colar, eu o olho e não entendo é apenas um colar com uma pedra azul, eu queria ter minha vida normal de volta e confesso...estou com medo do que há por vir, quer dizer antes eu não tinha parado para pensar porque eu tinha o Bernardo, mas e agora? Se minhas suspeitas forem verdadeiras e se eu tiver quem enfrentá-lo ? Não sei se consigo sozinha, e pensar nisso me deixa desesperada, quem é ele ? E o que ele quer de mim?.
São tantas perguntas e nenhuma resposta, Samantha entra no quarto.
-- e ai mocinha, como você está?
-- melhor.
-- você nos deu um susto em.
-- sinto muito por isso.
-- que isso, acontece, mais e ai estou atrapalhando você descansar?
-- não, pelo ao contrario só queria conversar um pouco.
-- ah ok, sobre o que quer conversar?
-- me conte sobre você.
-- ok, o que você quer saber?
-- tudo.
-- está bem, então eu nasci na Itália e quando eu tinha seis anos meus pais foram assassinados por um povo muito malvado, e eu fiquei com a minha irmã mais velha a Raquel, ela cuido de mim desde então, mais daí ela teve que viajar para Inglaterra e me deixou sozinha, eu era adolescente e morar sozinha me deixou assutada mais era preciso, daí eu estava indo para uma festa com umas pessoas erradas e a gente sofreu um acidente e o carro capotou e um amigo meu morreu, e a outra menina saiu correndo e eu fiquei presa no carro, a gasolina começo a vazar e eu me vi morrendo naquele lugar mais então apareceu o Bernardo e me salvou e eu fiquei na casa dele e ...
-- Já sei, vocês tiveram um caso.
-- mais tipo, foi por carência, a gente não se gostava desse jeito e na verdade ele se tornou meu melhor amigo, e depois minha irmã voltou e ele veio para cá, e dese então nunca mais nos vimos.
-- e então você resolveu vir para cá?
-- é , minha irmã voltou para Inglaterra e pergunto se eu queria ir, eu ate ia mais e por causa do noivo dela eu o odeio, então eu vim atrás do meu melhor amigo passar um tempo com ele.
-- e porque você odeia o noivo da sua irmã ??
-- Charllie é um cara metido e grosso, tudo bem que ele é lindo, mais a chatice dele não compensa a beleza, mais minha irmã o ama então eu o respeito, mais não me peça para morar com eles.
-- complicado isso.
-- é sim, mais agora sua vez de me conta a sua história.
-- ah , sempre tive a vida normal até agora, eu conheci o Bernardo depois meus pais morreram e muitas coisas andam acontecendo comigo.
-- sinto muito pelo seus pais.
Ela parecia sincera, mais eu não podia mais confiar plenamente nas pessoas e eu mal a conhecia.
Gustavo entra no quarto.
-- como está minha paciente preferida.
-- muito melhor, e para falar a verdade estou cansada de ficar aqui deitada.
-- que bom, mais você tem que ficar mais um pouco, e a cabeça parou de doer?
-- parou sim.
Minha cabeça dolorida era o de menos, eu estava com medo de quando eu saísse daqui do que estava por vir, eu queria respostas e não as tinhas e então eu vou procurar onde elas estão, não vou parar até desvendar esses mistérios todos, e preciso descobrir se o Bernardo é confiável ou não. 
No dia seguinte eu já estava bem melhor, e pude sai daquele quarto o que me deixava nervosa por ter que enfrentar as coisas.
-- Anny, fico tão feliz por você estar bem.
-- eu também Bê.
-- hei, nós podíamos fazer uma viajem este final de semana.
-- para onde?
-- Bento Gonçalves.
-- pode ser, só vai nós dois?
-- sim.
Já era bom começar a arrumar as coisas porque o final de semana já era amanhã, hoje era quinta, e ele queria viajar amanhã é claro.
-- vamos amanhã então?
-- pode ser, depois do colégio, eu preciso entregar alguns trabalhos você sabe andei faltando por causa da morte dos meus pais, depois a viajem e depois o acidente.
-- claro, claro, você tem razão.
-- hei, e seu estágio de História?
-- eu abandonei, não daria muito certo eu morando com uma aluna.
-- é tem razão.
***
Bento Gonçalves a cidade até que é bonita, fomos até uma casa de campo em bonita por sinal, deixamos nossas coisas e fomos andar pelo campo florido.
-- sabe Bê eu queria achar respostar para todas as minhas perguntas...
-- queria poder te ajudar a encontrá-las.
-- as vezes sinto como se você pudesse me ajudar.
-- como assim?
-- ah esquece.
Continuei andando na frente, eu queria abrir o jogo e dizer tudo o que eu estou pensando, mas quando eu o olho penso que ele não poderia ser capaz de me fazer passar por tudo isso.
Mas, não tinha outra explicação desde quando ele entrou na minha vida as coisas começaram a acontecer...
O tempo passou rápido e logo anoiteceu, eu e ele sentamos na beira da lareira e vendo aquele fogo eu me lembrava do meu sonho, eu não podia mais fingir tinha que falar.
-- Bernardo...
-- Oi Anny..
-- eu andei pensando muito sobre tudo o que anda acontecendo, e eu não vejo outra explicação para as coisas...
-- do que está falando ?
-- Meu, não aguento mais fingir, desde que você aparaceu na minha vida...
Eu hesitei, eu podia estar cometendo um grande erro, mais não conseguia mais fingir.
-- o que você quer dizer com “ desde que você aparaceu na minha vida “ ?
--que foi depois que você apareceu, que as coisas começaram a acontecer.
Ele se levantou.
-- espera ai , você esta dizendo que eu sou o culpado?
-- me fale você.
Eu me levantei também, e meu coração acelerou.
-- Anny, tem certas coisas que não dá para falar.
-- então quer dizer que minhas suspeitas estão corretas?
-- Não, o que você está achando ? Que eu matei seus pais?
Eu comecei a chorar, meu corpo ficou quente muito quente.
-- Só quero que me conte as coisas, você tem alguma coisa haver com esses atentados.
-- não do jeito que você está pensando.
-- então você tem. Eu sabia.
Me virei e sai andando, mais ele me puxou pelo braço.
-- Anny espere, eu me apaixonei por você.
-- ah claro, você só estava tentando estragar minha vida mais acabou se apaixonado...
-- nunca quis acabar com a sua vida, você tem que confiar em mim.
Meu corpo estava como se estivesse pegando fogo, e eu olhei para lareira e o fogo dançava lá dentro cada vez mais forte.
-- Se você não me contar as coisas, fica impossível confiar em você. Sinto muito, mais acabou.
-- Por favor, não diga isso, eu não posso ficar longe de você.
-- claro, você quer meu colar, mais porque você precisa dele? O que tem nesse colar.
-- talvez seja melhor eu ir.
-- então eu estava certa... como você pode fazer isso comigo?
-- cansei de tentar explicar, não quer confiar em mim então tchau.
Ele virou as costas.
-- NÃO VIRE AS COSTAS PARA MIM.
Quando eu pronunciei estas palavras o fogo da lareira subiu, e começo a tomar conta da sala eu me assustei, foi como naquela noite do dia 23 de outubro, estava acontecendo de novo, mais dessa vez eu estava com tanta raiva de Bernardo que desejei que ele morresse.
-- Anny, tente se acalmar.
-- Eu não quero me acalmar.
-- mais você precisa, não vê o fogo?
-- vejo, é exatamente isso que eu quero que acontece que tudo pegue fogo.
-- Anny pare, isto é perigoso.
-- serio?
Eu estava fora de mim, é como se algo poderoso me consumisse e eu me sentia bem, extremamente bem.
-- FAÇA PARAR.
-- você não se preocupou em fazer parar minha dor, e então agora é minha vez de fazer você sentir dor.
O fogo estava cada vez mais próximo, e tudo que tocava destruía.
-- você se lembra da ultima vez que isso aconteceu?
-- do que está falando?
-- Dia 23 de outubro, uma casa abandonada, você e Marcello juntos foi o dia em que vocês prometeram amor eterno um para o outro, só que então você descobriu que ele ia embora para Itália jogar futebol e ficou nervosa pedindo para que ele não fosse, e então começou a pegar fogo e você correu para se salvar mais acabou desmaiando de tanto inalar fumaça, quando acordou viu que estava salva, mais infelizmente ele havia morrido ou no caso forjado sua morte.
Meu coração acelerou, e eu comecei a tremer.
-- como você sabe disso? Só estava eu e ele lá.
-- Anny, faça parar.
-- NÃO. Me conte como sabe disso?
-- eu estava lá, você acha que sobreviveu como?
-- o que? Mais eu nem te conhecia...
-- eu sempre estive por perto Anny.
Ele se aproximou.
-- Saia de perto de mim, quem é você e o que quer comigo?
-- por favor pare o fogo.
-- quem é você e o que quer comigo??
-- PARE O FOGO.
-- VOU PERGUNTAR PELA ULTIMA VEZ... QUEM É VOCÊ E O QUE QUER COMIGO?
-- Eu preciso que confie em mim..
-- esse papo de novo não.
Me virei e corri, corri o máximo que pude para desviar do fogo e sair da casa, meu coração estava saindo pela boca, minhas pernas estavam bambas, mais eu não parei de correr, corri o máximo que pude para o mais longe possível de lá e então escutei um grande estouro, me viro e o fogo havia acabado com a casa, e não tinha nem sinal de Bernardo.
Me sentei de baixo de uma árvore e de lá via a casa desmoronando, comecei a chorar então, o que eu era? Era um monstro ? Que tinha o poder de fazer coisas pegarem fogo, eu não queria isso, eu só queria ir embora, para longe daqui, para longe de tudo para sempre.